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terça-feira, fevereiro 28, 2012

Segundo Einstein

Insanidade: s. f. (latim insanitas, -atis, loucura)
Atitude daqueles que se repetem e esperam resultados diferentes.


Conclusão... Ser ou não ser humano?

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Sempre estou por aqui

Resposta
By Soaroir 27/2/12
Sou mesmo é tupiniquim. Minhas passagens pela Europa e USA fazem com que meu voto vá para o Brasil, certeza ao ouvir por lá nosso hino e o hasteamento da nossa bandeira. Não tenho competência para fazer quaisquer julgamentos, embora sinta, na pele, que muito ainda nos falte.

Razões pelo que sou ou não fui não há desculpas, nem culpados ou responsáveis. Pelos acertos e tropeços, sou a lembrança que ficou na memória, emersa como pessoa melhorada, mesmo que pela inferência de aleivosias.

Sou aquela que sai para dentro
Para então entrar pra fora - sem dó
E nenhuma autopiedade.


Mas nada disso importa. De extraordinário mesmo é que “The more I study the more I know, the more I know the more I forget. The more I forget the less I know, so why study?" (conferido a W. Shakespeare) e me valendo deste pensamento o que sei é que sei sobre nada. Somente meu instinto me instiga, o qual, dentro do possível, sigo com os pés no chão e cabeça no horizonte. Mesmo quanto à vida, que sempre me surpreende.

Como viver não é uma receita de bolo, temos que seguir em frente, e vamos. Embora seja muito difícil esquecer o que a enxurrada levou.

No mais, virei antissocial. Para MSN, Twitter e outras redes não tenho paciência. Meu limite é meu espaço no RL. Em resumo...


Sem Garantias
Soaroir 23/7/10


Eta vida bendita
historiadora de mim...

Aceite me assim
se possível...
se não, me evite
você que passa e passa.

Sem palmas nem penas
é só o que peço...

No mais,
sou nova como um carvalho,
e ladina como um pé de couve.

É pouco...Mas adianto
já fui de Blake inspiração
para o Grande Dragão Vermelho.

Hoje sou apenas poeta.
Se você não se importar...





imagem/Net
Soaroir
Enviado por Soaroir em 27/02/2012
Reeditado em 27/02/2012
RL Código do texto: T3523648

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (© Soaroir Maria de Campos em "link para obra original" - "data de publicação no recanto"). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Relatos do Cárcere






http://www.recantodasletras.com.br/biografias/3481388


Pode até ser comum, mas para mim é um relato impressionante. Vale a pena conhecer o relato de Jose Davi.

(imagem/Net)
Soaroir
Código do texto: T3520727

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (© Soaroir Maria de Campos em "link para obra original" - "data de publicação no recanto"). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, fevereiro 25, 2012

Página de Rosto



Página de Rosto
Copyright Soaroir
25/2/12


Mágoa é como aqueles ferimentos
A gente sempre machuca
No mesmo lugar.

Precisa-se de proteção
Para cicatrizar.



“Toda mudança física vem de um processo mais antigo do inconsciente...”

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Mandamentos da Publicação Digital

Fonte:
http://www.bookess.com/blog/22-12-2011/mandamentos-da-publicacao-digital.html


(...)
Veja algumas dicas que a escritora Maurem Kayna levantou, em forma de mandamentos, que ajudam a se pensar criteriosamente em termos de Publicação Livre, Independente, Acessível.

1. Não te atreverás a autodenominar-se escritor se não puderes fazer com a mesma ênfase a declaração de que és um leitor;
2. Não tomarás em conta, para a decisão de publicar ou não, apenas a opinião de teu cônjuge, pais ou filhos, ou ainda de teus subordinados diretos;
3. Não publicarás um eBook sem antes submeter o texto à revisão gramatical e ortográfica, pelo menos uma do próprio editor de texto;
4. Não entregarás teu livro para a edição em eBook para uma editora que demonstre descaso com a forma, que não se preocupe com as diferenças de apresentação do arquivo final em diferentes dispositivos de leitura (especialmente no caso de poesia);
5. Não acreditarás que o mundo tem o dever de conhecer e reverenciar tua obra, pelo simples fato dela ter sido disponibilizada e mencionada em suas redes sociais;
6. Não elogiarás outra obra de autor independente em vão, apenas para obter retribuições;
7. Não depreciarás a obra alheia no intuito de fazer parecer maior a sua própria;
8. Não copiarás;
9. Revisarás, muitas vezes e com muita autocrítica, cada parágrafo, cada figura de linguagem, o enredo e mesmo o título antes de dar sua obra como passível de edição;
10. Não desistirás diante de qualquer dificuldade que se lhe apresente e insistirás acreditando e usando toda criatividade disponível para fazer do eBook (o seu e os demais) uma realidade acessível e prazerosa para o público leitor brasileiro (aplicável somente após rigorosa atenção aos mandamentos anteriores).

sábado, fevereiro 18, 2012

Passando o amor a limpo

Copyright Soaroir



na primeira minuta
amor não tem senso crítico
nem julga os sentimentos
se debulha em louvor
emprega verbos franzinos
conjugados no presente

no segundo rascunho
vai suprimindo clichês
e os pronomes tediosos
que possam causar entojo
deixa artigos definidos
e os verbos mais robustos

ao passar a limpo
no papel definitivo
o amor mantém a pauta
com verbos no condicional

pronomes possessivos


e novos predicados do sujeito


domingo, fevereiro 12, 2012

Um conto de fadas




Queria ser como a Fiona, a mais bonita
entre as princesas de contos de fada...
Ela se aceita como é, diferente de todos como eu;
vive com quem a ama e que ela ama  de verdade.
Ela tem um burro que fala, aceita morar no pantano...
Fiona é feliz mesmo sem castelos ou homem bonito.
Queria um Shrek para mim, imperfeita
e ter um final feliz...

 (adaptação de texto enviado p Gloria Pires)

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

sábado, fevereiro 04, 2012

Rilke sem Crítica

Cartas a um jovem poeta
(I carta)
Rainer Maria Rilke
Texto extraído do livro "Cartas a um jovem poeta",
tradução de Paulo Rónai, Editora Globo – Rio de Janeiro, 1995.


 




Paris, 17 de fevereiro de 1903

Prezadíssimo Senhor,

Sua carta alcançou-me apenas há poucos dias. Quero agradecer-lhe a grande e amável confiança. Pouco mais posso fazer. Não posso entrar em considerações acerca da feição de seus versos, pois sou alheio a toda e qualquer intenção crítica. Não há nada menos apropriado para tocar numa obra de arte do que palavras de crítica, que sempre resultam em mal-entendidos mais ou menos felizes. As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizívies quanto se nos pretenderia fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nenhuma palavra nunca pisou. Menos suscetíveis de expressão do que qualquer outra coisa são as obras de arte, — seres misteriosos cuja vida perdura, ao lado da nossa, efêmera.

Depois de feito este reparo, dir-lhe-ei ainda que seus versos não possuem feição própria, somente acenos discretos e velados de personalidade. É o que sinto com a maior clareza no último poema Minha alma. Aí, algo de peculiar procura expressão e forma. No belo poema A Leopardi talvez uma espécie de parentesco com esse grande solitário esteja apontando. No entanto, as poesias nada têm ainda de próprio e de independente, nem mesmo a última, nem mesmo a dirigida a Leopardi. Sua amável carta que as acompanha não deixou de me explicar certa insuficiência que senti ao ler seus versos sem que a pudesse definir explicitamente. Pergunta se os seus versos são bons. Pergunta-o a mim, depois de o ter perguntado a outras pessoas. Manda-os a periódicos, compara-os com outras poesias e inquieta-se quando suas tentativas são recusadas por um ou outro redator. Pois bem — usando da licença que me deu de aconselhá-lo — peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, — ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?” Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para se produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes. Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate suas mágoas e seus desejos, seus pensamentos passageiros, sua fé em qualquer beleza — relate tudo isto com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas do seu ambiente, as imagens dos seus sonhos e os objetos de sua lembrança. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente. Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre sua infância, esta esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? Volte a atenção para ela. Procure soerguer as sensações submersas deste longínquo passado: sua personalidade há de reforçar-se, sua solidão há de alargar-se e transformar-se numa habitação entre o lusco e fusco diante do qual o ruído dos outros passa longe, sem nela penetrar. Se depois desta volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por esses seus trabalhos, pois há de ver neles sua querida propriedade natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Neste caráter de origem está o seu critério, — o único existente. Também, meu prezado Senhor, não lhe posso dar outro conselho fora deste: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra sua vida; na fonte desta é que encontrará resposta à questão de saber se deve criar. Aceite-a tal como se lhe apresentar à primeira vista sem procurar interpretá-la. Talvez venha significar que o Senhor é chamado a ser um artista. Nesse caso aceite o destino e carregue-o com seu peso e a sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora. O criador, com efeito, deve ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si e nessa natureza a que se aliou.

Mas talvez se dê o caso de, após essa decida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o Senhor de renunciar a se tornar poeta. (Basta como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo). Mesmo assim, o exame de sua consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.

Que mais lhe devo dizer? Parece-me que tudo foi acentuado segundo convinha. Afinal de contas, queria apenas sugerir-lhe que se deixasse chegar com discrição e gravidade ao termo de sua evolução. Nada a poderia perturbar mais do que olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas a que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa.

Foi com alegria que encontrei em sua carta o nome do professor Horacek; guardo por este amável sábio uma grande estima e uma gratidão que desafia os anos. Fale-lhe, por favor, neste meu sentimento. É bondade dele lembrar-se ainda de mim; e eu sei apreciá-la.

Restituo-lhe ao mesmo tempo os versos que me veio confiar amigavelmente. Agradeço-lhe mais uma vez a grandeza e a cordialidade de sua confiança. Procurei por meio desta resposta sincera, feita o melhor que pude, tornar-me um pouco mais digno dela do que realmente sou, em minha qualidade de estranho.

Com todo o devotamento e toda a simpatia,