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sábado, junho 25, 2011

À Xilo

Poesia do Amapá, autorizada pelo autor

À Xilo
Fere a madeira
A madeira da xilo
Fere a goiva na mão do artista
Como ser dominador, do amante
na força, no metal cortante, o sulco
Ferida que não é dor
A dor é o prazer que deveras sente
Este que com a mão fere
E a poesia assim escreve
No êxtase do contemplar da obra
A cicatriz é a obra, o belo
E não a matriz, a qual deu à luz
A vida, a gravura, a imagem
Que sangra no corte sem sangue
É trocada pela sua cópia
Num choro sem lágrimas
É agora abandonada e esquecida
Queira seu criador chamá-la de arte.


À Xilo, 21 de junho de 2011.
Naldo Martins

Querida Soaroir estou lhe enviando a cópia de minha poesia,
para que poste em seu blog, como gentilmente me pediu. Obrigado, beijos!

sexta-feira, junho 24, 2011

Raiz Quadrada


art/google


Raiz Quadrada
©
Soaroir de Campos
jun/21/11

Duas portas bem me servem/

Pra entrar e pra sair/

uma frente... outra fudos/

primeira pra abduzir/

a outra pr´outros mundos/

Muito além desse gradil/

e cercado infecundo/


nessa vida de servil//

falando nisso...



achei maravilhoso, inclusive a declaração da artista

http://quashieart.blogspot.com/2010/10/triple-monday-grant-wood-and.html

ponto de vista

tem urubú que avoa alto...
Uns tão alto que daqui
até parecem gaivotas...

ao entardecer todos somem
da Brig. Faria Lima...

© Soaroir Jun/20/11


obra de : Reno Bonzon/net


continua...

sexta-feira, junho 17, 2011

corrente de papier mâché


Meu Deus, meu Deus...
e
m que caserna me metestes...
e
por que meu Deus - me encontro  

solta neste vazio repleto de amarras
onde eu mesma, até sem perceber,
me boicoto...

by Soaroir
Jun/17/11
imagem/google

...continua...

domingo, junho 05, 2011

ainda que















ainda que caminhes
por passeios, por preceitos;
pelas ruas, alamedas
por oficio, por missão
sem códigos
com projetos
acimentados nos andaimes
e
às vezes pensamentos
noutras rastejante -
pelas cinzas
das lembranças
marcadas na poeira

por fineza...
deixa não!

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 03/06/2011
Código do texto: T3012297

Um Sonho Dentro de um Sonho

(tradução livre)

Tome este beijo sobre a testa!
E, na despedida de você agora,
Assim, muito mais deixe-me confessar-
Você não está errado, que considerem
Que meus dias têm sido um sonho;
Ainda se a esperança foi embora
Em uma noite, ou em um dia,
Em uma visão, ou nenhuma,
É, portanto, o menor foi?
Tudo o que vemos ou parecemos
É só um sonho dentro de um sonho.

Eu estou no meio do rugido
De uma praia de surf atormentado,
E eu seguro dentro de minha mão
Grãos de areia dourada,
Quão poucos! No entanto, como eles rastejam
Através de meus dedos ao fundo,
Enquanto eu choro, enquanto eu choro!
Ó Deus! não consigo entender
Los com uma fivela apertada?
Ó Deus! não posso salvar
Uma da onda impiedosa?
É tudo o que vemos ou parecemos
Mas um sonho dentro de um sonho?


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
A Dream within A Dream

Take this kiss upon the brow!
And, in parting from you now,
Thus much let me avow-
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.
I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand-
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep- while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
But a dream within a dream?

Edgar Allan Poe

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 27/05/2011
Código do texto: T2996532