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quinta-feira, agosto 28, 2014

The Lion King

Kimba ou Simba
by Soaroir 28/8/14

TODAS AS FOTOS SÃO DE AUTORIA DE SOAROIR

(1º rascunho)



Eu poderia ter escolhido assistir a um outro musical, mas optei pelo Rei Leão que, como todos sabem,  é a encenação do filme da Disney  que canta o ciclo da vida .

Localizado no West End de Londres o Lyceum Theatre, segundo li, existe desde 1765 e a construção atual data de 1834. O atual Lyceum é uma "amalgamation" - mistura de estilos e épocas o que nos presenteia com características singulares. Seu interior é magnífico - eu garanto.  A história deste teatro é rica e longa. Assim que possível traduzo e volto ao assunto.

The Lion King -  Primeira apresentação no Lyceum Theatre foi 19 de Outubro de 1999 e desde então a lotação dos 2.100 lugares é completa em todas as sessões.




Fui privilegiada com a primeira fila  no Grand Circle. Após subir uma infinidade de degraus cheguei ao último andar. De lingua de fora e garganta seca perguntei a um dos atendentes do mini bar na entrada: Still time for a bear?   E ele: certainly . Neste copo voce bebe enquanto assiste ao espetáculo. Ah se isso pega por aí!  Trocaremos o boteco pelo teatro...

Desnecessário dizer que todo o espetáculo é maravilhoso. Até agora me encasqueta a perfeição técnica dos cenários. Especial aplauso para a orquestra.

Para registro: tem uns 10 dançarinos/intérpretes brasileiros neste espetáculo.





Antes que eu me esqueça: atras de cada cadeira tem um pequeno binóculo que é liberado após introduzir uma libra. Não ajuda muito, mas é suficiente para apreciar os detalhes dos trajes.










Hakuna Matata a todos!
Soaroir de Campos
St. Neots - August 28/2014






Nota de rodapé: (Dizem que o material usado pela Disney para criar O Rei Leão é plagio de Jungle Taitei (Kimba, o Leão Branco - As aventuras de Leo, o Leão) obras de Osamu Tezuka (1928/1989)  - considerado o pai do mangá moderno.)

terça-feira, agosto 26, 2014

Idoso Abandonado


Vida Longa às Calçadas
© Soaroir de Campos
St. Neots/UK – Agosto 26/2014

(Sem revisão)

Reprodução autorizada em: Caderno Humanismo n° 3: Idoso abandonado 


                       
I        INTRODUÇÃO

"Viver quer dizer ser cruel e implacável contra tudo o que em nós se torna fraco e velho".

Pensamento atribuído a Friedrich Nietzsche.  Não sendo contra sinônimo de com, fica minha dúvida se é de defesa ou acusação seu pensamento quanto a ser velho e fraco. Mas, segundo esse mesmo filósofo, (que aliás ontem, 25/8 foi aniversário de sua morte em 1900) não há fatos, mas sim interpretações.

Nesse sentido, a verdade em relação ao abandono do idoso, de acordo com minha visão e de dentro da sociedade em que vivo, pode depender da perspectiva (perspectivismo) que utilizarmos para interpretá-lo.


O que alavanca a vida é a vontade, o poder e a fé em um Deus que elegemos e que pode ser atitudes e até mesmo expectativas em algo ou em alguém.  No entanto, como os fatos não são eternos tampouco as verdades, na velhice tudo desaba com a dos deuses que elegemos. “Morte de Deus”


 Não há argumentos contra o fato de que ao envelhecer os animais se tornam fracos e incapazes de exercer suas habituais tarefas, a diferença é que só os humanos têm consciência disso, embora não se preparem psicologicamente para isso. Acreditam que ao largar a pesada carroça e parar de comer o embolorado feno, partirão desprovidos das ferraduras para um haras com verdes pastos e muita água fresca.

Bons tempos aqueles em que os velhos eram os sabidos...Os conselheiros e os exemplos, origem de nossos dicionários. Mas isso não interessa mais, agora temos Wikipédia, Google e Facebook que, contrariando Nietzsche, comprovam que fatos são eternos. Um deles é que velho é velho e o mundo ficou pequeno, sem espaço para o que é obsoleto. Nem e-bay ou OLX aceitam publicar (procura-se uma família.  Em troca de um cigarro de palha e uma dose de pinga, conto histórias de ninar – carrego algum feno se precisar – não muito pesado – no mais o que eu ainda aguentar – por favor sem ferraduras, pois estou cansado da vida me “trolar” des do berço no primeiro abandonar).

Certamente o primeiro abandono vem do berço e do desmame , depois o da escola quando não se passa de ano mesmo com todo o empenho, quando da necessidade de abandonar os estudos; do trabalho quando sem aviso prévio se perde o emprego para alguém mais bem preparado e principalmente mais jovem; consequentemente sem fundos nem reservas não se atualiza, não há verba para se vestir adequadamente, para o dentista, o perfume, atender aos aniversários e casamentos ou dividir um jantar com amigos que depois de três negativas não convidam mais.  Some a tudo isso os divórcios, inclusive dos filhos que crescem. Como último e único recurso apela-se para a aposentadoria e é ai que a coisa “fede” de vez. Dá para enxergar o implantado aplicativo luminoso chamado rejeição?  Mas pensemos um pouco... Alguém soube de algum endinheirado que tenha sido abandonado na velhice? Eu não. A não ser aqueles que têm afetadas as faculdades mentais e outorga procuração “de plenos poderes” sem prazo de validade. Estes ricos são os únicos que morrem nos haras de verdes pastos e águas frescas porque têm um “nome” a zelar. Para os demais pouco sobra a não ser virar um cágado e assumir que não têm lar.

Não é de mão beijada que a entrega se dá. Primeira reação é não se dar crédito a rejeição:  - “vai passar, vai passar”, depois racionalizá-la: - “onde foi que eu errei” e se encher de culpa; em seguida duvidar: - “devo estar ficando louco. Pura imaginação minha”.
E finalmente a aceitação, acolhimento e introspecção que cada um pode ter consigo mesmo, antes do inevitável autoabandono.

Se contra fatos não existem argumentos , só resta aceitar a rejeição e por último culpar alguém, pois o fardo é muito pesado para ser carregado sozinho. Primeiro culpa-se a si mesmo, depois a sorte, a família e por último o Estado.

II       CONCLUSÃO

- Amadureci, e agora? Crescimento psíquico...Quando a vida cobra o lado adulto chega-se ao vazio que na maioria das vezes é defendido com mecanismos de compulsões para saciar o buraco emocional.

Julgado e condenado sem direito a defesa, rechaçado e rotulado só lhe resta o autoexílio - terras onde não  importam mais arremedos de diplomacia e as falsas boas maneiras.

Os abastados podem mastigar de boca aberta, fazer barulho tomando sopa, arrotar à mesa, limpar a boca com a manga da camisa, mas se o velho fizer isso ... “demência” logo gritam; perdeu o equilíbrio? É um “alcoólatra”. 


Família é um pé no saco. Então, vida longa às calçadas que os recebem de ruas abertas onde o único incômodo é ouvir de um discípulo da hipocrisia eventual  “Coitadinho!”. Ou ONGs justificando serviço.

segunda-feira, agosto 25, 2014

A Dama da Chuva

By Soaroir 25/8/14


Quando chove
entorna
molha tudo.
De noite então...


imagem por Soaroir
Reflexo da chuva iluminada pela luz do post  as 22  e poucos, numa rua de St. Neots/UK

Bardolatria

By Soaroir 
Stratford-upon-Avon
August 2014

Dooryard of Fame







domingo, agosto 24, 2014

Anemia

Spleen: Uma espécie de melancolia pensante-
 segundo George Byron ou Lord Byron.

Termo inglês que se refere originalmente a uma víscera glandular, vulgo “baço”, que tem a função 
de destruir os glóbulos vermelhos. Torna-se termo literário quando os poetas decadentistas da segunda metade do século XIX o tomam simbolicamente como a origem da destruição de algo mais intangível: a alegria de viver. Por isso esse órgão é tido como o responsável por todos os estados de melancolia, ou estados mórbidos de languidez.


"to vent one's spleen" significa "…expressar sua ira".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Spleen


sexta-feira, agosto 22, 2014

Solidão

By Soaroir



a gente vai se moldando para ficar insensível, até que  explode na hora e lugar errados - quando tocam em nossas feridas. Soaroir 22/8/14

we shape up to be insensitive, until  explode on wrong time and place -
when our wounds are touched...

Porta Inglesa

Acho ímpar as portas inglesas.






quinta-feira, agosto 21, 2014

A lua daqui e a lua de lá

Quarto crescente no hemisfério norte





William B.Yeats

13/6/1865 Irlanda - 28/1/1939 França


When You Are Old
BY WILLIAM BUTLER YEATS

When you are old and grey and full of sleep,
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once, and of their shadows deep;

How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true,
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face;

And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd of stars.

Source: The Collected Poems of W. B. Yeats (1989)

domingo, agosto 17, 2014

Poesias da I Guerra Mundial



Entre poemas tocantes este de Rudyard Kipling  a meu ver se destaca. Escrito em 1915 após o desaparecimento do filho John Kipling, durante the Battle of Loos. ¹

Have you news of my boy Jack?”
Not this tide.
“When d’you think that he’ll come back?”
Not with this wind blowing, and this tide.

“Has any one else had word of him?”
Not this tide.
For what is sunk will hardly swim,
Not with this wind blowing, and this tide.

“Oh, dear, what comfort can I find?”
None this tide,
Nor any tide,
Except he did not shame his kind —
Not even with that wind blowing, and that tide.

Then hold your head up all the more,
This tide,
And every tide;
Because he was the son you bore,
And gave to that wind blowing and that tide!

 My Boy Jack é o nome da peça de 1997 escrita por David Haig ator Inglês. Ele examina como a dor afeta Rudyard Kipling e sua família após a morte de seu filho, John (conhecido como Jack), na batalha de Loos em 1915. (fonte wiki)

¹ http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Loos
http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Loos

A Queda das Folhas

The Falling Leaves 
Margaret Postgate Cole ( 1893-1980)

Today, as I rode by,
I saw the brown leaves dropping from their tree
In a still afternoon,
When no wind whirled them whistling to the sky,
But thickly, silently,
They fell, like snowflakes wiping out the noon;
And wandered slowly thence
For thinking of a gallant multitude
Which now all withering lay,
Slain by no wind of age or pestilence,
But in their beauty strewed
Like snowflakes falling on the Flemish clay.


Do livro:" Poems from de First World War" - selected by Gaby Morgan
in association with IWM (Imperial War Museum)

sábado, agosto 16, 2014

Na Casa do Bardo deixei meu nome

Soaroir
Stratford-upon-Avon
Agosto 15/2014

No livro de visitas da casa de Shakespeare deixei meu nome... Quem sabe, um dia...


Arte está em toda parte

Fotos´ Copyright Soaroir
UK-August 16/2014



sexta-feira, agosto 15, 2014

No Berço da Arte

Soaroir
Stratford-upon-Avon
August 15/2014

They said "Grab the bull by the horns", I heard "Grab the bard by the balls".

quinta-feira, agosto 14, 2014

Pax, in ad aeternum



A Lebre Morta

Só eu parei para apreciar esta obra de extraordinário nível de detalhes.
A opacidade do olho sem vida impressiona

Oil on copper
Peeter Snijers 1681 - 1752
Fritzwilliam Museum

domingo, agosto 10, 2014

O Encanto do Parque


A Magia do Parque (first draft) Soaroir 10/8/2014




Olá. Bem vindo ao meu charming parque ou seja, encantado ao final de um sábado inteiro estalando num sol de 30 e um vento de vários nós.

A princípio você poderá sentir alguma dificuldade para descobrir por onde começar a se divertir; pode se sentir meio enfadado por ter que passar por toda a experiência que há mais de 20 anos era um “barato”. - acompanhar suas crianças descobrindo a natureza.

Mas vamos lá. O parque chama-se Thurleigh – pronuncia-se mais ou menos “ Turli” ; em uma fazenda situada no condado de Bedford, Leste da Inglaterra. Distante de casa bem uma hora e dependente de carona, o jeito foi me conformar e esconder os bocejos.

Depois de verem plantas e animais falantes dos cartoons, quem quer saber de ver bodes que só fazem “béééé” e llamas que só cospem?




Eles só pulam! Pensei. Olhar cavalos, cabras, galinhas, coelhos, correr com os gansos... Nada disso. Vamos é andar de trator, entrar no velho carro de bombeiro para ver por onde sai a água...




Jogar golfe? Muito trabalhoso. Escalar paredão e “pula pula” prendem a atenção por alguns instantes, mas logo em seguida saem correndo sem olhar para trás, como se para alcançar o próximo não sei o quê e em velocidade supersônica não mais compatível com o fôlego dos avós.

Troca fralda de um, procura da lixeira própria para jogar cocô;
- Ô, volta aqui, aí não... O outro resolve mijar em público e molha as calças e as sandálias...Troca tudo, ensaca e põem na mochila que pesa mais do que as dos universitários daqui de Cambridge.




Meu deus... Como consegui um dia ter sobrevivido a tudo isso? E por duas vezes distintas...

Com um dos meus filhos, o de 36, relembramos os dias nos parques lá de São Paulo e nossas diversões no Parque Nacional de Itatiaia. Realmente os parques são eternamente mágicos.


Sem revisão

Feliz Dia dos Pais

Ser pai é...
Ver o mundo lá de cima.

Parabéns filho, pelo pai que você é

Photo by Soaroir Agosto/2014
UK - Maize Maze.


quarta-feira, agosto 06, 2014

Sem Tempo pra Odiar

foto by Soaroir Agosto/2014 -
 uk/entrance´s garden Anglesay Abbey


I had no time to Hate --
  Because
  The Grave would hinder Me --
  And Life was not so
  Ample I
  Could finish -- Enmity --
  
  Nor had I time to Love --
  But since
  Some Industry must be --
  The little Toil of Love --
  I thought
  Be large enough for Me --
  ~Emily Dickinson - USA 1830/1886























Para o Ódio nunca tive –
Tempo –
pois que a Morte espreita –
E a vida nunca foi
tanta
Que uma Aversão se acabasse.

Nem tempo tive de Amar –
Ocupar-me
Era preciso –
Do amor o simples Trabalho –
Como achei –
Que Me bastava.
~Ana Luisa Amaral - Lisboa 1956

Alvenaria

Alvenel
De: Soaroir Maria de Campos
SP-SP-Brasil Março 2008


Esta pedra não lavrada
É pra se juntar à areia e cal
Na construção dos arcos
Que cada poeta alevanta.
Infiltrando-se pelos sentidos
Modificaremos os olhares
Do indivíduo às nações
À paz faremos ainda altares.

© Soaroir
(Paz e Poesia)

por Soaroir em 12/03/2008

Código do texto: T897716