Copyright Disclaimer

Do not reproduce any of my texts published here. Plagiarism will be detected by Copyscape.



quinta-feira, dezembro 31, 2009

Ilumine a Virada

Na saída, por favor, acenda a Luz
©Soaroir de Campos
Dez.31 - 2009

se meio vazia a lamparina,
recorra àquele velho, meio cheio
esquecido lampião
lá no sótão da poesia

ilumine as palavras gordas
como volúpia e concubinato;
as escorregadias como pistache,
e as tristes como orfanato

se o combustível ficar escasso
afaste o calço das portas
abra as cortinas todas
e o caminho para o lado de fora

as sombras emparedadas, todas
sucumbirão a sua Luz

........ilumine a Virada!

quarta-feira, dezembro 30, 2009

a barreira do som

Soaroir
29/12/2009

"silêncio para ouvir o universo"


No espaço entre o vácuo e o grito
Vejo o som do universo aflito
Que se propaga onde eu habito.

Esse barulho infinito
Não são vozes, são atritos


Continua...um dia (rss)

soundtrack:
http://www.pote-de-poesias.com/audio/victory.mp3

Brotamento

(um título provisório)
Soaroir
28/12/09


"somos o que pensamos e sentimos"


podada na primavera
para expandir logo depois
do derrame de minha seiva

sou cada dia mais vertical
cada qual com mais vigor
um novo ramo da Videira

de frutos cada vez mais doces
como fruto de muita Gente.

O que desperta um poeta é...

Soaroir
27/12/09

"Despertar do Poeta"



liberdade de expressão
bloquinhos amassados
qualquer coisa
que descreva
a imagem do coração -
da chuva no telhado
ao vento no varal -
é a bem calçada junta
caligrafia torta
e folha incerta
o que basta...
para acordar um poeta!

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Aos tapeceiros do Recanto

Soaroir
23/12/09


por aqui falamos do tempo, do vento
águas passadas e pontes quebradas
tocamos em degraus dos prantos
e nos amplos batentes das preces
oficio de varrição de folhas
farfalhantes dentro de cada um
poeta de onde tira as fibras
para tecer a poesia mágica
que voa para mais um ano
feliz como um bem-te-vi
logo depois da chuva.

sábado, dezembro 26, 2009

I Ato de Morte

Soaroir
26/12/09


coisa de fato
vai além do tato
para ser entendida

o tempo na passagem
recolhe a imagem
da cena esmaecida

vida banal
lavagem cerebral
palco da sorte

Primeiro ato de morte.


mote:
A força de um ato
Dura o tempo exato
Para ser compreendida

Depois disso é bobagem
Vira longa-metragem
Por acaso estendida

Fora o essencial
Nada mais é natural
Vira apenas suporte

Pena a vida não ter corte
Martha Medeiros

um mundo de papel

Soaroir
25/12/09

Natal vai, Natal vem
trocando presentes
enrolados diferente
nada muda, nem a gente
catando o mundo de papel
abandonado num canto
para o dia seguinte...

quinta-feira, dezembro 24, 2009

É Natal!

Soaroir
24/12/09


Karol Wojtila/João Paulo II



cá estou a assar o lombo


com alho, cravo e cominho


e depois da Missa do Galo


cearemos com pão e vinho...

quarta-feira, dezembro 23, 2009

A história de Jeribá

Soaroir
22/12/09

veio - na rede junto à pesca
entre pets, algas mortas e águas vivas
um infante e desvalido jeribá
ilegítima desova das águas doces
largado nos salobros dos cascalhos
nas idas e nas vindas ... então reluz !
ele entre sombras e a luz da lua
após de se deixar tanto navegar...
e contar... a seus coquinhos
sobre a fantástica noite de sua vida.

Mote:  “Uma Noite Maravilhosa”

(Noites Brancas)
Fiódor Dostoiévski
Fiódor Mikhailovich Dostoiévski (em russo Фёдор Миха́йлович Достое́вский,; Moscou, 11 de Novembro de 1821 — São Petersburgo, 9 de Fevereiro de 1881) foi um escritor russo, considerado um dos maiores romancistas da literatura russa e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos. É tido como o fundador do existencialismo, mais frequentemente por Notas do Subterrâneo, descrito por Walter Kaufmann como a "melhor proposta para existencialismo já escrita."
A obra dostoievskiana explora a autodestruição, a humilhação e o assassinato, além de analisar estados patológicos que levam ao suicídio, à loucura e ao homicídio: seus escritos são chamados por isso de "romances de idéias", pela retratação filosófica e atemporal dessas situações. O modernismo literário e várias escolas da teologia e psicologia foram influenciadas por suas idéias.

Dostoiévski, aos 17 anos, teve uma grande crise de epilepsia após saber que seu pai havia sido assassinado pelos próprios colonos, e deixou o exército cinco anos depois para dedicar-se integralmente à atividade literária. Dostoiévski passou a afastar-se das armas, mas acabou envolvendo-se em conspirações revolucionárias, das quais passou pela prisão e pela condenação de morte, embora a pena tenha sido comutada. Alguns autores acreditam que essas dificuldades pessoais auxiliariam Fiódor a se estabelecer como um dos maiores romancistas do mundo, mas de fato seu reconhecimento definitivo como "escritor universal" veio somente depois dos anos 1860, com a publicação de seus grandes romances: O Idiota e Crime e Castigo, este publicado em 1866, considerado por muitos como uma das obras mais famosas da literatura mundial.

Seu último romance, Os Irmãos Karamazov, foi considerado por Sigmund Freud como o melhor romance já escrito. A obra de Dostoiévski exerce uma grande influência no romance moderno, legando a ele um estilo caótico, desordenado e que apresenta uma realidade alucinada.
Noites Brancas
O livro que mais aproxima Dostoiévski do romantismo, foi escrito em 1848, antes de sua prisão.


Como personagem central se tem o Sonhador, que em uma das noites brancas da capital São Petersburgo apaixona-se por Nástienka. Nesta obra, diferentemente de outras, em que a preocupação social é a diretriz para o enredo, desta vez encontramos um Dostoiévski romântico, lúdico. O personagem principal, que ao contrário das versões teatrais e cinematográficas, não tem nome, vaga errante pela "noite branca" de São Petersburgo.

"Noite branca" refere-se a um fenômeno comum na Europa em que, mesmo à noite, o sol não chega a se pôr completamente, causando uma atmosfera onírica. Um encontro casual muda completamente a vida do até então solitário protagonista: conhece a ingênua e também sonhadora Nástienka, que aos prantos, espera aquele a quem um ano antes tivera prometido o seu amor.

Ao longo das quatro noites seguintes, o protagonista se apaixona pela moça e conhece a sua inusitada história: Nástienka vive atada com um alfinete à saia da avó cega e ao lado da criada surda. Quando um novo inquilino chega a sua casa, ela vê a possibilidade de escapar de sua solidão. O misterioso homem um dia deixa a casa, prometendo que voltaria depois de um ano, quando tivesse condições de casar-se com ela. Quando o protagonista encontra Nástienka na ponte sobre o rio Nieva, estamos exatamente no dia marcado para o reencontro. Mas nenhum dos três personagens pode prever o que o destino preparou para eles. Essa obra teve várias adaptações para o teatro.

Noites brancas representa o puro romantismo na época de Dostoiévski. o escritor já se encontrava envolvido por este movimento romântico, mas é com esta obra que captamos a essência deste movimento. A decadência espiritual do protagonista encontra-se espalhada por várias simbologias : o quarto decadente, a solidão e isolamento e o amor não correspondido. Só no final (a manhã) poderá dar a luz ao triste protagonista, sendo o seu final incerto...

Fonte: : Wikipédia

Edição usada para a citação do mote: Noites Brancas - F. Dostoievski - tradução de Carlos Loures - Santiago, Chile: Ed. Santiago lda. - 1988, 93 p., p. 5

domingo, dezembro 20, 2009

"Tuvalu mo te Atua"

©Soaroir 20/12/09


Que vergonha, meu Deus
Trinta moedas de novo
Para trair Seu povo
Nesse firmado acordo

Em geladas terras acima
Dos pobres e flagelados
Vítimas do novo clima
Causado pelos poderosos

Mercadores do Sistema
Que na pele de cordeiros
Oferecem a solução
Igualmente a alma nua

Por moedas ao Capeta
Como (se) filhos (gente) de outro planeta...


Mote: De que adiantam leis quando há miséria interior e esplendor externo?
( Chuang Tzu)

sexta-feira, dezembro 11, 2009

CRUZ DE VIDRO

Soaroir 7/12/09

imagem google




ao oco do mundo me remetes
ó ilusão de parecer-me gente
importante junto aqueles entes
enaltecedores de meus sobejos

enquanto as carnes e os dentes
abocanhavam as mesas fartas
entre afagos no leito quente
de meu soberano viço

santa expiação...
que persigna com a cruz da escora
da fronte ao peito os dias bentos
resilidos glacialmente agora.

temporário flúmen que aos anjos vai
no encalço desta que se de mim aparta.


“Por que fogem os anjos na pegada de toda a ilusão que nos perdeu?"
 Manuel de Jesus Ferreira Guimarães - Portugal 1916/1992



quinta-feira, dezembro 03, 2009

Te vejo em Copenhague

Assine já



Tô no Clima para Salvar o Planeta,
da Campanha TicTacTicTac,
será o maior evento brasileiro de mobilização pública
às vésperas de Copenhague.

Até o equilíbrio

© Soaroir de Campos
http://pote-de-poesias.blogspot.com/
Dez/03/2009 -São Paulo/SP


................................"Balanço"


Soluços e solavancos.
Poesia de Balanço,
Nos flancos e barrancos
Um dia te alcanço...
No ar
Entre up and downs
Das fronteiras
E clowns.

Beabá

Soaroir
01/12/09


”Quando a gente cresce um pouco
é coisa de louco
o que fazem com a gente”
até na hora de brincar
nos enfiam o beabá...
nos mandam desenhar ondas
e bolotas bem redondas
com um traço para separar
depois de muito treino
dizem que é pra gente juntar!
tudo com A, E, I,O e o U
e lá vamos nós soletrando
até chegar no we e vous...

Evolução

Evolução Estelar
Soaroir 30/11/09

Até as estrelas morrem
Assim como os amantes -
Mas brilham mesmo depois
Por muito, muito tempo...