Copyright Disclaimer

Do not reproduce any of my texts published here. Plagiarism will be detected by Copyscape.



quinta-feira, dezembro 29, 2011

Cantiga de Ano Novo

Cantiga pro Ano Novo
Soaroir 20/12/09



Feliz Ano Novo, Feliz Ano Novo
Famílias, amigos e colegas, também
Brindemos com todo esse povo
O velho e o novo no ano que vêm
Juntos erguendo o provo
Da taça onde somos alguém
Que se cai levanta de novo
Mais forte e dizendo amém!
 
 
 
Soaroir
RL Soaroir em 23/12/2009
Código do texto: T1992096

Abra Novos Caminhos

Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminhos,
como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão
...

(Saint-Exupéry)




sábado, dezembro 24, 2011

Pensamento Resignatorvn

Felicidade é apreciar o que se tem



We tend to forget that happiness doesn't come as a result
of getting something we don't have, but rather of recognizing
and appreciating what we do have.
Frederick Keonig

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Às vezes me grito


Às vezes me grito

copyright Soaroir 20/06/2008
São Paulo - SP
soaroir@yahoo.com.br



- Quem és? Como te chamas?
Sou tantas e tão pouco!
Ao mesmo tempo, separadamente
Do quarto ao banheiro, da cozinha à sala ...
De frente, de lado, de costas
Nos bares, nos espelhos dos cafés
Nas borras do azeite
Da chávena ao caneco em punho
Num gargalo direto ou no gargarejo de um porto...
Sou um sopro na arte do vidro
Fascínio, transparência e brilho
Mistério, transcendência e leveza
Ao bel-prazer do Artista.
Eu me chamo, às vezes me grito
Pelas narinas das coisas,
Nos ouvidos dos sonhos
Num vinho de muito corpo
Ou cachaça no fundo dum copo
Em alguns lugares eu me creio
Bruxa, fada, duende
Sem registro de qualquer nome
Chamo-me alquimista
A bel-prazer da artista.

sábado, dezembro 17, 2011

Cheiros de Natal

É Natal
By Soaroir Dez 2009







cá estou a assar o lombo

com alho, cravo e cominho

depois da Missa do Galo

cearemos com pão e vinho




sexta-feira, dezembro 16, 2011

Acróstico de Aniversário


Veni, vidi, vici
Intellectus - não há quem duvide
Tens de sobra perceverança
Os caminhos vais roçando
Realizações conquistando...

Parabens filhão
Soaroir 16/12/11

terça-feira, dezembro 13, 2011

Estímulo Luminoso



Natal 2011

Copyright Soaroir
texto&imagem
14 de Dezembro de 2011

As imagens chegam  às retinas e o nosso cérebro se encarrega de inverte-las.  Daí hoje eu estar a elucubrar que talvez  este seja o motivo do  mundo sempre  nos apresentar de ponta cabeça, crescentemente,  com o passar do tempo, quando as  máculas do passado nos perseguem  tentando diagnosticar  degeneração da nossa boa visão de presente e de futuro.

Diferentemente das abelhas identificamos a cor vermelha, esta que comumente utilizamos para pintar corações cheios de amor ou de rasgos abertos pelos sofrimentos que enxergamos quando  a  nós se apresentam  eternos e malvados. Momentos em que temos nenhum outro foco de futuro.  Mas o tempo passa e mais adiante descobrimos que tudo que nos acontece é para a evolução da nossa visão para que percorramos os caminhos que nunca são estreitos ou sem saída.

 “O conflito está no homem. A menos que seja resolvido ali, não poderá ser resolvido em nenhum outro lugar”. Diz o Mestre Osho;  nenhum  outro homem tem capacidade de nos ferir a ponto de tingir de negro qualquer coração¹, tampouco vir em nosso socorro por mais que por ele gritemos, independentemente das Estações ou feriados cristãos, como no meu Natal passado quando fui destituída de meus direitos de humano, sem dó ou piedade, por aqueles mesmos que pouco antes se refestelavam pousando para álbum de família.

Mas o tempo avoa, e como quando uma abelha voa de flor em flor para coletar o pólen, uma série de adaptações alteram o organismo e ajudam nessa função,  o meu desenvolveu  mecanismos  para iluminar  este novo Natal. Temos muito a aprender com as abelhas...

depois continuo...


Reedificação
Copyright Soaroir
Dezembro 2/2011


Como um João-de-barro
Deste Natal em diante,
Daqui para frente,
Reconstruirei o lar

E aos charros -
Vida longa!

Eu os verei passar...

¹Volenti non fit iniuria"
(Não se faz injúria àquele que consente)

Glossolalia

Aprender várias línguas é questão de um ou dois anos;
ser eloquente na sua própria exige a metade de uma vida.

Voltaire



terça-feira, dezembro 06, 2011

Como conquistar um inimigo


A cada bela impressão que causamos,
conquistamos um inimigo.
Para ser popular
é indispensável ser medíocre.
Oscar Wilde

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Reedificação




Reedificação
Copyright Soaroir
Dezembro 2/2011



Como um João-de-barro
Deste Natal em diante,
Daqui para frente,
Reconstruirei o lar

E aos charros -
Vida longa!


Eu os verei passar...

Tem vez que é preciso rezar




Biblia on Line
http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/91

(sic) Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro")[1][2]

segunda-feira, novembro 28, 2011

Tempo Composto


Recuo

Tempo Composto
Soaroir 18/4/09

Resultado de imagem para do alto da montanha


Recuei para olhar

um muito nada do tempo

porque foi rugido

porque é passado

aguçando pelos ares

nas fendas

nas brechas

o indefinido -

como espantalho

que mete medo.

muito - porque foi rugido

nada - porque é passado.

sábado, novembro 19, 2011

Decantação

Copyright Soaroir




Num átimo, o tempo subo

Dia a dia –

ao remoto rumo

do vício

do prazo

e do sossego sumo...


quarta-feira, novembro 16, 2011

Tristeza Boba

sensibilidade

Copyright Soaroir


Sinto uma tristeza boba - por dentro
algum arranhão parece aberto

Não sei não - qual a razão...

O horário de verão - ou esta
primavera nublada?

Hoje sinto uma profunda vontade
de sentir nada...

Soaroir em 18/10/2010
Publicado em RL
Código do texto: T2563510

sábado, novembro 12, 2011

Lúpus - doença autoimune


Divulgando conhecimento


Mais in:

http://superandolupus.org.br/site/5-auto-ajuda/auto-ajuda/



"Atitude


(...) Devemos ter coerência em nossas atitudes, pois irão gerar novos comportamentos. Precisamos ter coragem para refletir, se sensibilizar e se conscientizar, ou seja, é necessário estarmos com o coração e principalmente a mente abertos para agregar o conhecimento que adquirimos. Ter atitude é ter coragem para agir e mudar o que preciso for. Muitas das nossas atitudes são reflexos do que convivemos em nossas vidas, ou seja, uma reprodução das atitudes de nossos avôs, pais, amigos, do nosso círculo religioso e de relacionamento.
Ter atitude é preciso ter certeza que podemos executar algo e não ter dúvida se somos capazes para tal responsabilidade, é não deixar que a dúvida paralise o seu destino, siga a razão para tudo se tornar possível. O fracasso não pode estar presente em nossas mentes, busque sempre o sucesso, através da sua auto-afirmação, procure sempre andar com fé para que o medo não te alcance.
Ter atitude é nunca desistir dos seus sonhos, problemas sempre irão existir, mas faça deles desafios para você conquistar seus objetivos, então não há motivos para você desistir ou julgar inferior a ninguém, não permita que pensamentos negativos entrem na sua mente, deixe apenas que a determinação de vencer faça parte dos seus pensamentos, pois assim será um grande vencedor.
Ter atitude é refletir, encontrar novos caminhos e comportamentos, para o enfrentamento das situações que se apresentar, devemos fazer tudo isso como uma oportunidade para o nosso crescimento, utilizando para isso muito sorriso, pois a felicidade será o nosso grande combustível, tendo como rumo a determinação, coragem, confiança e paciência.
Ter atitude é reconhecer seus erros, é pedir perdão, é agir com humildade, é ajudar as pessoas, é saber ser ajudado, é não ter preconceito. (...)"

Fonte: Superando Lúpus
Soaroir
Enviado por Soaroir em 12/11/2011
Reeditado em 12/11/2011
Código do texto: T3331353

terça-feira, novembro 08, 2011

A Roda da Fortuna

Mudança
Copyright Soaroir


Quando se trata de mudança o destino ou a vida, como queiram, é sacana. Principalmente quando relutamos em admitir que mudamos nós perante aquelas crenças que professávamos (até há pouco) e que no fundo nem eram nossas, mas assimiladas por esta ou aquela conveniência. E é ai que a sorte se intromete.
A princípio eu achava que na roda da fortuna reincidiam a sorte e desventuras de nossos ascendentes, como uma espécie de purificação que as gerações seguiam refinando as mitocôndrias, paulatinamente, se decantando até celebrarmos, no ritual da espécie, o discernimento ao qual pudéssemos entender que somos o maior acionista do nosso destino, cujas ações podem ser preferenciais, ordinárias ou entre amigos.
De repente, lá pelos idos de 2007 me surpreenderam as pragas de gaveta. Enquanto eu arrastava os móveis me deparei com um mágico pó vindo do (meu) passado onde aranhas bem instaladas em suas confortáveis teias e tineas assustadas me indagaram: o que foi que fizemos? A final tecemos com a mais pura seda seus tapetes e rouparia...
Aí fui ao desvão e do sótão ao porão; despejei as antigas pragas, assumi minha habitação; moradia hoje invadida pelos novos habitantes, pragas- sobejo das mudanças... quais nem mesmo em sonho eu prediria. Nesse mecanismo pelo qual se faz passar uma correia de uma polia do destino para a outra me encontrei rastejando dentro do meu casulo, que nada tinha a ver com meus ascendentes se não, com a minha própria história que a Roda da Fortuna tomou a seu cargo engabelar.
Longe de ser taróloga, no entanto vale conhecer um pouco desse arcano.
(sic) Na lírica de Carmina Burana, do século XIII, já aparece claramente a idéia de uma roda que é movida pela Fortuna. A deusa da sorte gira um círculo, que é, de certa maneira, um símbolo do eterno retorno que Maquiavel trabalha: uma ascendência seguida de uma descendência.
Numa iconografia próxima do século XV, no topo da Roda estava um rei com orelhas de burro, símbolo da cegueira do poder; ele dizia uma frase em latim traduzida por “eu reino”; subindo a roda, uma criatura dizia: “eu reinarei”. Descendo, “eu reinei”. Exatamente embaixo, uma criatura dizia: eu não tenho reino algum. Resumindo, é o caminho da mudança.
Segundo resumo de um pensamento atribuído a Aristóteles “virtude nasce-se com elas, “fortuna” fazemos. Compreendido como “bens materiais”, concluo que destino a nós pertence.
Mas e quando fazemos tudo tido como certinho, de acordo com a época em que se vive e, no entanto, o resultado sai desfigurado? Por mais que posterguemos não enrolamos o destino, ele faz parte do pacote e da roda da fortuna não se escapa, concluo.
Qual a parcela de livre arbítrio tem a humanidade? Quero e vou emperrar, reverter o eixo dessa roda. Não tenho todas as respostas, mas começarei pelo lado mais fácil, me desapegando das antigas caras e obsoletas roupas como casacos de chamois, antílope, chinchila, além daquelas de seda pura, inconsistentes com minha atual realidade.
Em seguida obedecerei a orientação médica: tabaco, caipirinha, on the rocks, Heineken... fora. Todas as pílulas, inclusive aquela para me lembrar de tomar as demais, dentro. Ainda bem que não são supositórios!
Não estou vendo “dead people”; adotei um cachorro abandonado; não ataco ninguém fisicamente. Estou bipolar-afetivo, mas deve ser derivado do LES, mas ainda desengraxo essa engrenagem. 
 

mero rascunho
sem revisão

quinta-feira, novembro 03, 2011

Gota d´agua



by Soaroir

na tristeza de viver alegre
a lágrima teima, desiste
engole em seco a gota -
e o eco do homem triste

Lágrima


Dominação
Copyright Soaroir



Não há lágrima sem motivo
Miúdo ou muito forte...
Choro alto, choro baixo -
Há lágrima pra todo o porte.

Na igreja, na milonga
Na cantiga, na escrita
Moderna ou cafona
A lágrima não se limita

Não há calço nem há peia
Que a assegure um lugar
Ela tem vontade própria
Quando se decide a rolar

Nem se importa com a razão
Se de rir ou de chorar
Tampouco com a cara (feia) -
Na qual ela vai tombar.


original publicado
em 6/7/2009
by Soaroir

quarta-feira, novembro 02, 2011

Dos Finados

Dia dos Finados

A teorização da dor vem dos gregos e romanos, passando por Da Vinci até René Descarte que comparou a sensação de dor com o soar de um sino. A produção e percepção da dor estão ligadas com o sistema nervoso central .


Cada indivíduo apreende a palavra “dor” através de experiências relacionadas com lesões nos primeiros anos de vida. Os biologistas afirmam que os estímulos causadores de dor são capazes de lesão tecidual. A dor é aquela experiência que associamos com lesão tecidual real ou emocional que pode conduzir a lesão tecidual. Assim, experiências anormais desagradáveis (diestesias) também podem ser dolorosas, porém não o são necessariamente porque subjetivamente podem não apresentar as qualidades sensitivas usuais da dor. (sic)


A abordagem que se faz da dor, atualmente, é que ela é um fenômeno ‘biopsicossocial’ que resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e culturais e não uma entidade dicotômica.


Segundo relatos de estudiosos do assunto, na antiguidade o homem primitivo relacionava dor ao mal, magia e demônios e o alívio era responsabilidade de feiticeiros, shamans e sacerdotes, que utilizavam ervas, rituais e cerimônias no manejo... Mas e a dor da ausência, será que havia remédio ou explicação?


Acredito que para a dor da saudade, dor subjetiva como outra qualquer que o sistema nervoso central se encarrega de disseminar, de acordo com a combinação dos fatores cada um tenha sua própria percepção e teoria. Após um exame de consciência percebo que não sofro de tal dor. Tenho sim, lembranças boas e algumas nem tanto daqueles com quem cruzei neste plano.


Neste dia de Finados, agradeço e reverencio os que por mim passaram e deixaram suas pegadas, sem as quais eu jamais teria encontrado o caminho nas encruzilhadas da vida. E àqueles com atitudes menos angelicais também agradeço por terem colaborado para a minha evolução e rogo a Deus que os perdoe.

Que todos descansem em Paz

Copyright Soaroir
2/11/2011


imagem/google
pesquisa/wikipedia

quarta-feira, outubro 26, 2011

Nos termos do destino
Copyright Soaroir


passo às mãos do legítimo
fiel depositário -
essa massa falida

acervos de que abro mão –

que se vire o destino
com os ativos e os passivos
junto aos seus credores
eu cansei...

cansei de desviar
o curso dos (meus) rios
investir em mundos
e fundos de direito e (de) paz

que se destampem os olhos dos furacões
enxerguem as verdades
e varram as mentiras (patranhas)...


sábado, outubro 22, 2011

A Mulher de Lata
Copyight Soaroir


imagem/GildoCarvalho

O cachorro me acordou as cinco. Providencial já que coincide com a hora que devo engolir “ciprofloxacino” para combater um ataque de mau imunodepressor,entre outros, segundo o Google, porque remédio da rede publica não vem com bula e as informações impressas no verso da cartela metálica não se consegue ler, o que de certa forma é uma benção. A última bula que li trazia 1% de indicação e 99% de possíveis efeitos colaterais.

Não dá para voltar para a cama embora estejamos no horário de Verão fato que o cachorro desconhece e insiste em querer descer, mas eu ainda que toscanejando aproveito o silêncio para dar ouvidos ao que repentinamente, como vazamento de um dique, goteja pelas brechas do meu inconsciente enchendo minha moringa e então me rendo a análise das injúrias, das injustiças e das maldades que me intoxicaram juntamente com a tentativa de esquecê-las; me debilitaram ao me acumpliciar com elas quando outorguei perdão sem nada assinar.

(sic) Esquecer ofensas depende da nossa memória.

Continuo mais tarde.

Acabo de me lembrar que preciso descer com o cachorro que não conhece a maldade , perdoa, mas jamais esquece os maus tratos.

Vamos Chuko, vamos mijar no mundo...

Sem revisão 22/10/11

domingo, outubro 02, 2011

Spring follows it destiny







imagem/soaroir




A Primavera Faz Sina - Spring follows its destiny

> Soaroir 22/9/09
>
> Do florido pé de manacá
> Eu mando umas flores para ti
> Além das que deixo por aqui
> Outro punhado mando pra lá.


.....XX....


Spring Follows its destiny
From the flowery manacá¹ tree
Some flowers I send to thee
Besides the ones I leave here
Another bunch goes somewhere from me


Soaroir de Campos
São Paulo/Brasil

¹ Manacá = Brazilian ornamental and medicinal shrub belonging to the Solanaceae familiy.

(Free translation)

quarta-feira, setembro 28, 2011

A Arte da Poda

A arte da poda
IZABEL TELLES (outubro 2010)



(sic) Costumo aconselhar alguns pacientes a plantar uma árvore para representar nela e com ela a sua família.
Sugiro que escolham uma árvore frutífera, de preferência uma laranjeira.
Conto por que. Na Índia a laranjeira significa o encontro de duas metades perfeitas em seus frutos e a extensão e grandeza da árvore sugerem a família e seus relacionamentos. Algumas mulheres usam flores de laranjeira presas ao seu véu de casamento.
Bem, voltando ao plantio da árvore — que pode ser qualquer uma, desde que o paciente tenha pela espécie admiração, respeito e amor ao seu significado — peço que seja cavado um buraco bem profundo. No fundo do profundo devemos colocar frases de amor e gratidão aos nossos antepassados. De todos os lados — materno e paterno.
Sobre os nomes e frases recomendo que as crianças joguem algumas flores, fotos, pedaços de tecidos, alguns pequeninos objetos simbólicos (por exemplo, se a vovó foi costureira, jogar o dedal que ela usava) que tenham alguma ligação com aquelas pessoas .
Depois disso, a árvore pode ser colocada na cova.
A terra vai sendo jogada aos bocados com respeito e alegria até que ela fique bem presa ao solo.
Todos os membros da família podem cuidar da árvore. Regar, adubar, afofar a terra ao redor da cova e especialmente arrancar as ervas daninhas.
Mas o ritual mais importante que devemos fazer é o ritual da poda.
Quando o inverno chega, especialmente aquele que cobre nossos corações como a perda de um ente querido da família, ou uma separação, ou mesmo um momento em que precisamos partir e deixar um ciclo para trás até podermos voltar fortificados, renovados, dispostos a brotar novamente naquela árvore; é então hora de pegarmos uma tesoura, pacientemente passarmos graxa na sua mola, afiarmos seu corpo e num nascer do sol iniciarmos a poda.
Esta poda não tem de ser tecnicamente correta. Não é preciso. É uma poda feita com uma intenção e com a intuição.
Pensamos muito no que queremos eliminar daquele sistema familiar, ou do jugo de quem queremos sair, ou que elo queremos desmanchar, ou que comportamento queremos perdoar ou libertar definitivamente do clã. E assim por diante.
Fechamos os olhos e pedimos licença à árvore que está à nossa frente, explicando nossa intenção a ela.
Pés firmes no chão, tesoura nas mãos, vamos iniciando a poda repetindo mentalmente e firmando nas mãos a intenção daquilo que queremos eliminar. Deixamos os sentimentos aflorar. Raiva, medo, ódio, tristeza, abandono, saudade, alegria… seja o que for. Deixa vir tudo e vamos cortando, ouvindo o canto da tesoura.
Feita a poda, recolhemos os galhos podados e queimamos numa fogueira.
Passamos um rastelo no chão ao redor da árvore, afofamos a terra, abraçamos , honramos e agradecemos a árvore, regamos e só voltamos a vê-la dali a mais ou menos três meses.
O que vamos encontrar?
Muitos galhinhos novos saindo daqueles que podamos. Galhos verdejantes, ainda frágeis buscando novas direções, espiando uma brecha em busca do sol. Podemos encontrar uma nova floração que até parece uma antena parabólica buscando novos sinais!
Se a motivação que impulsionou a primeira poda permanecer, podemos cortar alguns dos galhinhos ou todos os brotinhos novamente. Lembre-se, não é uma poda técnica. É uma poda catarse. Ressignificando a intenção, reforçando o pedido.
Eu tenho uma linda laranjeira plantada no pomar do sítio de uma amiga.
Como não estou no Brasil neste momento, e se alguma emergência surge, ligo para ela e peço que faça a poda por mim. Amorosa como ela só, repete minha intenção de poda para ter certeza se entendeu bem meu pedido.
Entendeu sim, querida amiga. Você sempre entende porque conhece o poder de podar as laranjeiras!


Izabel Telles é Terapeuta Holística, formada pelo The American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque (USA).Dedica toda a sua energia a pesquisar e dar sentido as imagens que a mente constrói como uma forma de expressar nossos pensamentos, sentimentos e emoções.

Vazio de Puro Sangue









Crinas Soltas
Soaroir 11/5/09

Mote: a carruagem da vida

tropeamos
da Praça de São Salvador(¹)
sem arreios, argumentos
mapas de direção
cruzamos, o Cruzeiro do sul,
livres burros, e sonsas mulas
e outras feras da liberdade.
até às éguas de bridão
presas dos anfiteatros
vazios de puro sangue
eu...e a alazã -
de crinas soltas...

(¹) praça principal de Campos RJ


(caro leitor, se vc não entender...
o problema não é seu)

imagem:http://gabrielyamozonas.blogspot.com/2011/02/curiosidades-de-cavalo.html

quinta-feira, agosto 11, 2011

Meias para o Dia dos Pais

Um homem sem meias


na mesa meia toalha
e nem meias palavras
por e-mail, MSN
que fosse...
cartão nem se fala
perdeu o controle
o gosto pela TV
a vista já falha
tateia o guache
papier mâché, o crayon
troféus dos jardins
de Dias dos Pais
as gravatas inda guarda
com os lenços nas caixas
na lembrança as meias
há muito furadas
que não vêm mais repor

Copyright Soaroir
8/8/2010

rascunho
 
 
         Soaroir em 11/08/2011
Reeditado em 11/08/2011
Código do texto: T3153965

sábado, agosto 06, 2011

Em busca de Vau

  EM Busca de Vau
by Soaroir
6/8/11


imagem:google


Frio nas costas -
Recorda-me a sedutora
Excitada chuva fina
 Emprenhando as pradarias
De distantes setembros...
Espermados  retraídos
Em ombros compadecidos
Inevitavelmente - curvados
Sobre ocultas mornas brasas
Neste estéril Agosto
Similar, entretanto
Com menos tantos e tantos
Que até choraria
Se lágrimas coubessem
Em uma (só) poesia...
(sem revisão)

Copyright: Soaroir de Campos

segunda-feira, julho 25, 2011

Do Nada ao Nada





O quê que isso que de repente arrasta,
como uma enxurrada rumo a emerdada fossa
a palavra do homem;
acordos dantes selados com o fio do bigode;
palavrados dados e firmados
acertos acertados e sacramentados entre pessoas de bem;
entre gente um dia fidedigna que de repente avança
sobre os próprios princípios mostrando, que a fina estampa
finalmente, como seus calcanhares - assaz
há muito estão camuflados entre as meias e os sapatiados.

NADA - Do nada ao nada. Tudo é tão doido,
sem noção... Oh Deus do Nada
guie-me pelo caminho para encontrar a explicação -
se não - o melhor trejeito de pagar com a mesma merreca
este preço...



Soaroir de Campos
Julho/2011

domingo, julho 03, 2011

Salamammbô

















Salammbô,
pintura de Gaston Bussière, 1907

wikipedia


Salammbô é o título de um romance histórico de Gustave Flaubert, publicado pela primeira vez em 1862, cujo enredo reconstitui a vida na antiga Cartago.
(orig. wikipédia)

depois escrevo mais ...

iluminação súbita


Satori
“O homem perfeito usa a sua mente como um espelho.

Ela nada aprisiona e nada recusa.

Recebe mas não conserva.”

 (Soshi)

A Cigarra & Eu


















Quisera eu ser
... árvore
    para reconhecer as estações
... cigarra
acordar após as chuvas
e...
trocar o exosqueleto

by Soaroir - June 29/11

apóstata













me massacraram
pisaram tanto
e tanto que perdi
o jeito, o habito
de ser gente...

me enturvaram
anuviaram tanto
e tanto que esqueci
do calor, do sol 

 
continuo depois
soaroir Jun/30/11

sábado, junho 25, 2011

À Xilo

Poesia do Amapá, autorizada pelo autor

À Xilo
Fere a madeira
A madeira da xilo
Fere a goiva na mão do artista
Como ser dominador, do amante
na força, no metal cortante, o sulco
Ferida que não é dor
A dor é o prazer que deveras sente
Este que com a mão fere
E a poesia assim escreve
No êxtase do contemplar da obra
A cicatriz é a obra, o belo
E não a matriz, a qual deu à luz
A vida, a gravura, a imagem
Que sangra no corte sem sangue
É trocada pela sua cópia
Num choro sem lágrimas
É agora abandonada e esquecida
Queira seu criador chamá-la de arte.


À Xilo, 21 de junho de 2011.
Naldo Martins

Querida Soaroir estou lhe enviando a cópia de minha poesia,
para que poste em seu blog, como gentilmente me pediu. Obrigado, beijos!

sexta-feira, junho 24, 2011

Raiz Quadrada


art/google


Raiz Quadrada
©
Soaroir de Campos
jun/21/11

Duas portas bem me servem/

Pra entrar e pra sair/

uma frente... outra fudos/

primeira pra abduzir/

a outra pr´outros mundos/

Muito além desse gradil/

e cercado infecundo/


nessa vida de servil//

falando nisso...



achei maravilhoso, inclusive a declaração da artista

http://quashieart.blogspot.com/2010/10/triple-monday-grant-wood-and.html

ponto de vista

tem urubú que avoa alto...
Uns tão alto que daqui
até parecem gaivotas...

ao entardecer todos somem
da Brig. Faria Lima...

© Soaroir Jun/20/11


obra de : Reno Bonzon/net


continua...

sexta-feira, junho 17, 2011

corrente de papier mâché


Meu Deus, meu Deus...
e
m que caserna me metestes...
e
por que meu Deus - me encontro  

solta neste vazio repleto de amarras
onde eu mesma, até sem perceber,
me boicoto...

by Soaroir
Jun/17/11
imagem/google

...continua...

domingo, junho 05, 2011

ainda que















ainda que caminhes
por passeios, por preceitos;
pelas ruas, alamedas
por oficio, por missão
sem códigos
com projetos
acimentados nos andaimes
e
às vezes pensamentos
noutras rastejante -
pelas cinzas
das lembranças
marcadas na poeira

por fineza...
deixa não!

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 03/06/2011
Código do texto: T3012297

Um Sonho Dentro de um Sonho

(tradução livre)

Tome este beijo sobre a testa!
E, na despedida de você agora,
Assim, muito mais deixe-me confessar-
Você não está errado, que considerem
Que meus dias têm sido um sonho;
Ainda se a esperança foi embora
Em uma noite, ou em um dia,
Em uma visão, ou nenhuma,
É, portanto, o menor foi?
Tudo o que vemos ou parecemos
É só um sonho dentro de um sonho.

Eu estou no meio do rugido
De uma praia de surf atormentado,
E eu seguro dentro de minha mão
Grãos de areia dourada,
Quão poucos! No entanto, como eles rastejam
Através de meus dedos ao fundo,
Enquanto eu choro, enquanto eu choro!
Ó Deus! não consigo entender
Los com uma fivela apertada?
Ó Deus! não posso salvar
Uma da onda impiedosa?
É tudo o que vemos ou parecemos
Mas um sonho dentro de um sonho?


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
A Dream within A Dream

Take this kiss upon the brow!
And, in parting from you now,
Thus much let me avow-
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.
I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand-
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep- while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
But a dream within a dream?

Edgar Allan Poe

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 27/05/2011
Código do texto: T2996532

quarta-feira, maio 18, 2011

Lua Cheia de Maio


Lua Cheia de Maio

by Soaroir de Campos
Maio 17/11


hoje - glitter prateado

cai do céu sem ensaio

perdidos serão achados

(é a) na Lua Cheia de Maio



continua...


Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 17/05/2011
Código do texto: T2975799

domingo, fevereiro 27, 2011

Cronikinha

CGI


Laptop deveria se chamar dickheater , facilita a vida, mas como esquenta! Exceto minhas lembranças para montar um romance ou poesia furta-cor, como aquelas dos filmes que não fazem mais, com mocinhas e vilões, correspondência perfumada, cantorias em família após o jantar. Propícia época aquela para os poetas viverem os amores vencidos e as paixões não enterradas e em um dia de chuva desmascararem as burguesias.

Mas o tempo é só um invento e o passado são intentos que, se não reconhecêssemos que estão falidos, viveríamos como astronautas com o umbilical rompido e a boca aberta cheia de afônicos ais.

Nesses dias de chuva, diferente dos de Eça, embora ainda confrontemos os opostos, o presente não me deixa espaço para me deprimir com a aurora, tampouco com inventos abstratos... Um romance, uma poesia sobre cartas perfumadas... parecem, realmente, quadro a quadro... ridículos nessa tela. Nesse calor.

By Soaroir
Fev.27/2011

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

No Limo do Tapete

(ensaio sobre a clausura)
By Soaroir
Fev.25/2011


O traidor foi descoberto. E agora?
Com que fera ocuparei meu tempo de caça -
se fiz o que pensava não poder fazer - fiz
a despeito do medo dos alçapões e frágeis arapucas
e das armas, e das conseqüências...
quantos vincos vinculados,
dos olhos ao pescoço até às mãos,
de onde eles vieram se não foram do riso
nem do choro. De onde eles vieram...
talvez dos esfolos abertos pelo aprendizado –
da cloaca, do útero à fornalha que crema
os devaneios, os sonhos e a poesia
nos esporos do sêmem e do óvulo;
as quimera das noites claras e do breu da falta delas;
até onde irão as rusgas...após a última água
do ousado enxágüe dos garnimentos tolos?

Meço o tempo pelo limo
do tapete do banheiro -
faz tempo que estou aqui enclausurada...

sábado, fevereiro 19, 2011

Cambona



Ontem sonhei em aramaico. Na primeira linha, escrito como se com giz deitado e em primeiro plano de um tela escura, estava um grande Y seguido de pontinhos que lembravam mm ou nn. Na segunda linha estavam dois I's maiúsculos seguidos de dois pontinhos. O mais perto que cheguei em minhas pesquisas é que são letras e nada além de “khuasa” e “alap” que não faço a menor idéia do que sejam. Mas fiquei remoendo a razão para eu sonhar naquele idioma. Talvez pelas ultimas notícias vindas do Egito e adjacência. Sei eu lá... Mais um sonho não identificado. No entanto, daí em diante, fiquei pensando em hebraicos e aramaicos; Yeshua, discípulos, mensagens homens e Deus e no making of do destino e conclui que não foi Deus que parou no sétimo dia e lá ficou desde então apostando na Sua obra e rindo da nossa cara, mas o homem, que na maioria que sequer vale o pirão que come, que se enrijou na ganância e se locupleta com as vantagens ao fazer o outro se sentir pior do que já está e, ou por ignorância, incapacidade de sentir afeto ou temor ao destino que não se reinventa , dorme como se fosse um justo sem pensar em consequências.


Não sei dos outros, mas eu saí pelo mundo com planos de reforma. Vi caírem mil a meu lado, dez mil a minha direita sem ser atingida, agora aguardo contemplar, ver o castigo dos ímpios que desconhecem que no Altíssimo fiz meu asilo e que da minha tenda não se há de acercar nenhum flagelo.

Quê mais resta ao homem que perdeu a fé no homem, principalmente naquele que beija mãos na primavera, criancinhas pré fabricadas para serem beijadas e cria rebuscados estatutos para idosos de gerações analfabetas; programas para separar o rico do miserável “massivamente” convencendo-o de que sua casa é sua vida...desde que seja em outros feudos.

Não esticarei este assunto ou ninguém se dará o trabalho de lê-lo, mas muito, muito mais há para dizer – o que deixo para os “comentaristas” que por ventura tenham entendido o ponto desta visão.


Soaroir de Campos
SP/SP Fev.19/2011
Para : Pote de Poesias