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sábado, outubro 30, 2010

Halloween - Encantamentos

só de passagem
Soaroir 30/10/10


Halloweeeen! Olá
Encantados poetas do RL
Aqui tem doces e travessuras
Até mais – au revoir...

quinta-feira, outubro 28, 2010

O que se foi se foi

Não corra atrás das borboletas II
© Soaroir de Campos
São Paulo - Out.28/10


mote: "O que se foi se foi"


                       imagem/Net

cativante Butterfly
de radiantes escamas

de passagem, talvez cansada
ou em vôo errante, pousou

admirada eu sorri parada
a saudei com uma piscadela
e ela, com especial deferência
disse em código de borboletas:

— agora tenho que partir
a vida é muito curta para ficar
choramingando em seu jardim

sem olhar para trás partiu...


Não Corra Atrás das Borboletas

© Soaroir de Campos


Não faz muito tempo eu conheci a cativante Butterfly.

Em sua jornada, talvez cansada ou em vôo errante, pousou no meu vitral,

um palmo ou mais acima do meu pequeno jardim suspenso.

Fiquei admirada com tanta iridescência, sorri parada.

Sem outra reação, dei uma piscadela como saudação.

Ela, com as radiantes escamas e especial deferência

retribuiu contra o vidro respingado e me disse

pelas antenas arredondadas em código de borboletas:

— Agora tenho que partir. A vida é muito curta para ficar

choramingando por aqui em seu jardim.

Sem promessas, agradeceu a acolhida e se foi,

mesmo com meia asa descamada por um colecionador.


São Paulo-BR,24/01/2009
Soaroir de Campos



"O que se foi"

O que se foi se foi.
Se algo ainda perdura
é só a amarga marca
na paisagem escura.

Se o que se foi regressa,
traz um erro fatal:
falta-lhe simplesmente
ser real.

Portanto, o que se foi,
se volta, é morte.

Então por que me faz
o coração bater tão forte?


Gullar,Ferreira.Em alguma parte alguma.
Rio de Janeiro: José Olympio,2010.

Memória do Oriente

Memórias do Oriente
Soaroir 27/10/10

do hábito do contato,
todas juras solenes
presas da carne à pele;

das essências da cópula
aos beijos na boca -
perenes prêmios

arraigados - de memória -
sois e equinócios ...



MOTE:MEMÓRIAS

Foi um momento

 Fernando Pessoa

Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não?

Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido,
Mas tão de leve!...

Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há uma coisa
Incompreendida...

Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço?

Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.

Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz

quarta-feira, outubro 27, 2010

Virtudes da Ponte

poesia-pensamentos
Soaroir 26/10/10

mote: "pontes"

Existe uma ponte mágica
fixa entre o céu e o cais

Para cruzá-la com segurança
é preciso deixar lembranças
às guardiãs do vau

fadas - que garantem a passagem
do viajante das estrelas
      em sua vida e voltas

Eu já doei muitos adornos
e traços de minha identidade
fantasias descabidas
    para tão séria viagem

tudo valeu a pena

Hoje em ponto de luz
bordo o caminho do meu afeto
   que me leva rumo a Cambridge...



continua Wink

terça-feira, outubro 26, 2010

canção da supernova

Soaroir 25/10/10

mote: "canção" apressa-te, amor, que amanhã
Cecilia Meireles" in
http://www.pote-de-poesias.com/visualizar.php?idt=2577603



ultraja-me ter que viver
sem ti amor, uma vida inteira

- por quê? Indago ao universo
trago em mim tal logomarca
escura como as tendas de Kedar

apressa-te, amor, antes que amanhã
completamente - te tornes invisível...


imagem/Net

sábado, outubro 23, 2010

a vida é um invento

frágil artefato
Soaroir 23/10/10
 http://www.pote-de-poesias.com/

Exercício para o mote:
Eu me invento” e/ou  “pois a vida não basta”


imagem/google


sob a ponte do tempo o reflexo
das personagens que invento

enquanto somente bordejos

aliena a tensão, a agonia
dos sulcos na carne viva
sem relar na ignorância

quando na volta do relento

a bruma do sereno já não basta
acaba a magia dos inventos
presas do aparato de uma casca

arapuca desarmada, não sei
qual eu é o real eu que invento...

quinta-feira, outubro 21, 2010

Guarda estes versos

é covardia, mas excelente desafio. Q me perdoe Machado de Assis

atmosphere
soaroir São Paulo
21/10/10

quando... e se, quando, um dia eu escrever
uma daquelas poesias extraordinárias
inesquecíveis, ainda antes de eu morrer

será do mesmo antigo jeito meu
camuflado e sem pranto. Pouco abraço
e nenhum laço

nela compreenderá saudade e louco amor

que eu sei que você sabe sempre foi
- sempre será  -
o meu sentido por você...


imagem/google/vi.sualize.us/view-autor n identificado


exercicio para o mote:
Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando.
Machado de Assis

terça-feira, outubro 19, 2010

Canção que nunca direi

(manter as duas janejas abertas para ler)
com melodia in:
http://www.pote-de-poesias.com/


Clave de Percussão
Soaroir
19/10/10

exercicio para o mote: "canção que nunca direi"


Era uma vez...
meu primogênito bebê
e eu cantava para nós três:

para ele se acalmar

e para a lua cheia
          vir me ajudar

a ensinar meu filho a andar...


era mais ou menos assim:
 ...melhor eu não cantar!

voce pode rir de mim
    e a lua se zangar...



imagem/Google

Sensibilidade

soaroir
Outubro 18/2010


Sinto uma tristeza boba - por dentro
algum arranhão parece aberto

Não sei não - qual a razão...

O horário de verão - ou esta
            primavera nublada?

Hoje sinto uma profunda vontade
           de sentir nada...

domingo, outubro 17, 2010

Somewhere Over the Rainbow

"algum lugar sobre o arco-iris" 

Voz: http://www.pote-de-poesias.com/

by Israel Kamakawiwo´ole

Ooooo oooooo oooooo

Somewhere over the rainbow
Way up high
And the dreams that you dream of
Once in a lullaby
Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
And the dreams that you dream of
Dreams really do come true
Someday I'll wish upon a star
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney top thats where you'll find me
Oh somewhere over the rainbow blue birds fly
And the dreams that you dare to, oh why, oh why can't I?
Well I see trees of green and
Red roses too,
I'll watch them bloom for me and you
And I think to myself
What a wonderful world
Well I see skies of blue and I see clouds of white
And the brightness of day
I like the dark and I think to myself
What a wonderful world
The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people passing by
I see friends shaking hands
Saying, "How do you do?"
They're really saying, I... I love you
I hear babies cry and I watch them grow,
They'll learn much more than
We'll know
And I think to myself
What a wonderful world
Someday I'll wish upon a star,
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney top thats where you'll find me.
Somewhere over the rainbow way up high
and the dreams that you dare to, why, oh why can't I?
Ooooo oooooo oooooo

Monodrama


Parte II
Soaroir
São Paulo - 17-10-10

 (exercício para o mote "conversa de namorados")
http://recantodasletras.uol.com.br/forum/index.php?topic=6689.0




imagem/celestemaia/Net


Não quero encontrar meu namorado
O verdadeiro. Que vem sem ser chamado
No sossego do meu sono e me reclama
Sem dizer uma palavra ele me chama

No cenário melhor que um sonho tem
Há um bufar de afeto e de desdém
Mas tal gabo só faz me convencer
Que ainda hoje ele sonha em me ver

Depois bem desperta e sem disfarce
Relembro aquela mesma bela face
E para não profanar nossos (bons) momentos
Reencontrá-lo não é/faz parte de meus intentos...


Parte I
rascunho de conversa
(provisório)
Soaroir 17/10/10

nossa como você engordou
sorte, porque não enrugou
essa tua cara bonita
e ainda o porte de atleta...
outro dia te vi na rede
bem diferente das noites
quando sem chamado vens/invades
ao/o sossego do meu sono
e sem palavras me reclamas
bufando afeto e desdém -
gabo que só me convence
que ainda sonhas (em) me ver
intento que não é o  meu
profanar velhos momentos...

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 17/10/2010
Código do texto: T2561940

sábado, outubro 16, 2010

Aceitação


veja também:
"Os Mudamentos"

Poeta Cozinheira
Soaroir


Não que ela fique mais feia
À medida que empobreço
Essa rápida poesia que faço
Só pra me manter na teia
Embora de raízes fundas
Solto ela sem precisão
Bem distante da perfeição
E com sortes infecundas
Diante da realidade
Eu me curvo à aceitação:
Entram os pratos e o fogão
Sai o Poeta - de atividade...

Talvez um dia eu volte
   só pra dar continuação...

mote: Aceitação
"É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens
e sentir passar as estrelas
do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos,
 
É mais fácil, também, debruçar os olhos no oceano
e assistir, lá no fundo, ao nascimento mudo das formas,
que desejar que apareças, criando com teu simples gesto
o sinal de uma eterna esperança.

Não me interessam mais nem as estrelas, nem as formas do mar, nem tu.

Desenrolei de dentro do tempo a minha canção:
não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar."


(Cecília Meireles, Viagem, em Viagem/Vaga Música. Ed. Nova Fronteira)

quarta-feira, outubro 13, 2010

Lapidador de Sonhos

Chile - Os Resgatados 
por Soaroir de Campos
13/10/10

imagem/google


Uma poesia para os mineiros soterrados -
penso no trilho para o psiquismo
na razão da fé;determinismo e  planejamento
e na importância do amor...


O lapidador
lapida sonhos
lapidando pedras

e a vida o lapida
diante da morte
- ante escombros
     e  resgates...
Soaroir
13/10/10

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 13/10/2010
Código do texto: T2554325

terça-feira, outubro 12, 2010

A Infância de um Nome

Soaroir
12/10/10


dizem os crentes:
- nome é predestinado
paira no espaço até
a chegada do dono
tem missão especial
como título ou anagrama...

Soaroir
12/10/10

continua...
poesia nunca termina Beijo


 Exercio para o mote: "Infância ou 
a criança que habita em mim"

Quando viveu três anos em Portugal, Casimiro de Abreu 
desenvolveu o sentimento de exílio,
póprio dos românticos e escreveu poemas 
denominados Canções do exílio
O   que o consagrou foi a nostalgia  das realidades pessoais 
que ficam para trás, dentre elas, a infância. 



Meus oito anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã.
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberto ao peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora de minha vida (...)

Mistura de Gente

exercício para o mote: "ressaca"
Assim como não se deve misturar bebidas,
misturar pessoas também pode dar ressaca.

Martha Medeiros



Mistura de Gente
Soaroir 11/10/10

Nessa engenharia genética
Benefícios – é o que há
As ondas que enxergo
São cordões de DNA


imagem/google

domingo, outubro 10, 2010

eu não estou zangada
                ...só preciso de um abraço...

então o que voce está esperando??
http://www.pote-de-poesias.com/index.php


Viagem no Tempo

Meu amor de verdade


Claude Monet/Garden


O amor de minha vida é de verdade

Mas ele não sabe que ainda existo

Zelosa da ternura e da meiguice

Com carinho guardo o que me disse:


- Carregue-me em teu coração

Onde sempre será o meu lugar

Nunca me deixe partir, querida

Complete-me por toda a vida.


O amor de minha vida é de verdade

Está repleto de ternura e meiguice

Transcendente com discrição e tento

É amor até o final dos tempos.


Quando finalmente despertados

Do inevitável capricho do universo

Seguirei por toda a eternidade

O amor de minha vida - de verdade....


© Soaroir 14/10/07

A Verdade não está lá fora

Soaroir de Campos
São Paulo - 10-10-10


exercício para "Poesia on-line"
mote: a verdade está na cara

imagem/google


Preciso me dizer algumas verdades

Não vem de ninguém a dor
- minha tristeza!

Não vem de ninguém
Esse vício triste da má sorte
Como a da pomba que se debate
Nas afiadas garras do falcão

Andam por ai espalhadas - respostas
Às vítimas do próprio Tártaro
Cuja verdade não está lá fora...

continua...


Projeto de Prefácio
Mário Quintana
 

Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.

sábado, outubro 09, 2010

Da Poesia e do Poeta


Soaroir
9/10/10
Meu Navio/Autor Tucalipe/acervo Soaroir


exercicio para o mote: a poesia e o poeta

Poesia é abelha social
negra – se enfeita de vermelho
das patas às antenas

Vive lambendo os olhos
e o suor do poeta

O poeta - membro da chusma
sabe-se soberano
no prélio das controvérsias

Entre deuses e homens
transpira pelas abelhas

continua...

sexta-feira, outubro 08, 2010

uma historia de João e Maria

Soaroir 8/10/10




exercício para o mote: se tu me amas


ah se de verdade tu me amasses ...
enterrada entre imagens gastas - 
eu estaria casta
surda aos chamados
dos timbales
longe das cavalarias
e dos príncipes de Gales...

continua



Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...


Mário Quintana

quarta-feira, outubro 06, 2010

Cavalo da Rainha X Bispo do Rei

sem métrica nem rima
Soaroir
6/10/10


Um dia descanso o corpo
No outro a imaginação

Pena que o tempo cobre
O preço desse assento
Da busca do intuir

Pelas coisas que o tempo lima
Eu pagaria se soubesse...

Como reaver a razão
E as tantas peças tombadas

Antes do proximo movimento...



sexta-feira, outubro 01, 2010

O Colibri & a Cidreira


O colibri & a Cidreira
(tit provisório)exercício p o tema: "um poema de amor"



Agradeço aos deuses pela visão:
Um beija-flor se alimenta
Das flores da erva-cidreira
Brotadas da pequena muda
Que plantei sem pretensão...

Cabrum! Há raios pra todo a lado
Preciso desligar o computador...
Depois - quem sabe
Eu volte a falar de amor...
Talvez continue...
quem sabe!