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segunda-feira, novembro 29, 2010

First-time Granma



Grandmother in the First Degree

(First-Time Grandma)
avos-e-netos.blogspot.com/2010/11/first-time-grandma.html

Pen Pal
From Backyard to Internet

Soaroir Nov/24/2010


Good old days when Granma's house was our major reference for family and  learnings on the yard and on the garden, I guess, since I only knew granma Ludmila, my father's mother who, for this and that, I had little interaction with and the few times we met, I was just one grandchild among a bunch around her, indifference that made me very sad.

Usually grandparents, at least the Latin ones, are jacks-of-all trades. However, they meddle into everything, for example my mother: because of her both my boys ended with compound names..

Although it can be very fun, namig a child is no easy task. We always relate a name to someone... who we might know or not.

While choosing my firstborn´s  name Mom said: "This is a slave's name". To please her, the chosen name became his second one. As of my second child, she kept saying that the name chosen didn't match the last name, neither had good rhythm. Now, I can´t imagine them with another name.

 Luckily for my son and daughter-in-law, my first grandchild will be born in the UK… But I haven´t given up on sending my two cents regarding the name-picking. Matthew was the first suggestion, immediately declined as could be a reason for “bullying” in Brazil. Then Theodor came up, and I sent it, by e-mail, together a complete numerological map for the name.

 They did not even reply… which reaffirms the ancient wisdom: we must not interfere with how parents choose to deal with their children and counsel only when we are prompted.

 But I kept thinking. Considering my first grandchild will be born on the land of Queen Elizabeth, makes sense if he would´ve his father's name plus a II

While waiting to be face-to-face with him I wonder how will be joining the British objectivity with my Brazilian beliefs...


Free translation 
By Soaroir 29/11/10



(feel free to suggest a better translation)

domingo, novembro 28, 2010

BRASIL Paz e Bem



"Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!"
        

(Hino da Proclamação da República do Brasil
letra de Medeiros e Albuquerque (1867 - 1934)
música de
Leopoldo Miguez (1850 - 1902).
Publicada no DO
de 21 de Janeiro de 1890) 

sábado, novembro 27, 2010

Renas em Greve


Soaroir
27/11/10






Perdoem-me se ando distante

Circunspecto, um tanto indiferente

Pouco ou nada sorridente

São minhas renas sobreviventes

Entre urubús,  OVNIs e helicópteros...


Entraram em greve – simplesmente!

Reclamam melhores condições de vôo

Ou, neste Natal, não haverá presente...



Papai Noel

quarta-feira, novembro 24, 2010

Avó de Primeiro Grau

Pen Pal
Do quintal à Internet
Soaroir Nov/24/2010





Bons tempos quando a casa da vovó era a nossa referência maior de família, aprendizagens no quintal e no jardim, suponho já que eu só conheci a avó Ludmila, mãe do meu pai, mas por isso e aquilo tivemos pouca convivência e as vezes que nos encontrávamos eu era apenas mais uma entre a renca de netos à sua volta, indiferença que me deixava muito triste.

No geral as avós, ao menos as latinas, são pau para toda obra. Em contrapartida se metem em tudo. Por exemplo, a minha mãe em relação aos meus filhos que acabaram com nomes compostos por influência dela.

Pode ser muito divertido, mas dar nome a uma criança não é tarefa fácil. Sempre relacionamos um nome a pessoas que conhecemos algum dia, admiramos ou não.

“Este é nome de escravo”, ouvi de minha mãe ao escolher o nome do meu primogênito. Para agradá-la o nome escolhido ficou sendo o segundo. No caso do meu segundo filho ela já foi dizendo que o nome escolhido não combinaria com o sobrenome que soava feminino e que tampouco havia ritmo naquela combinação. E novamente o nome escolhido por mim passou a ser o segundo. Hoje acho que eles têm nomes perfeitos para cada um deles.

Por sorte do meu filho e da minha nora, meu primeiro neto nascerá no Reino Unido, mas já andei enviando meus pitacos em relação ao nome. A princípio sugeri Matthew, mas logo descartei, pois poderia ser motivo de “bullying” em português. Ai eu sugeri Theodor e juntei, via e-mail, um estudo numerológico e o significado do nome. Nem me responderam.... o que reitera a sabedoria milenar: não devemos interferir com a forma como os pais escolhem para lidar com seus filhos e ainda, conselho só quando nos for solicitado.

Mas ainda acho que, considerando que meu primeiro neto nascerá na terra da rainha Elizabeth, cairia bem ele ter o nome do pai acrescido de II...

Enquanto espero para ficarmos cara a cara, fico pensando como será juntar a objetividade britânica com as crenças brasileiras.


~ isto é só um breve rascunho ~

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 24/11/2010
Código do texto: T2633936

terça-feira, novembro 23, 2010

Universal Children´s Day


"Good Morning

An aspiring poet concentrating to promote universal peace, prosperity and progress through poetry, I take the occasion to attach herewith a heart-touching poem on the eve of UNIVERSAL CHILDREN'S DAY of UNICEF observed on 20th NOVEMBER. 

Please feel free to offer you comments and if possible transmit the same to like-minded people and mailing lists.

 
Poetically Yours
Dr. T. Ashok Chakravarthy, Litt.D
International Poet - Review Writer

Vice Chairman, Global Harmony Association
Universal Peace Ambassador
H.No. 16-2-836/L, Plot-39
Madhavnagar, Saidabad
HYDERABAD - 500 059 [AP] INDIA
www.poetrywaves.com"

População Mundial de Avós


imagem/google

População mundial de avós 



Pegue o número de nascimentos ocorridos em um ano
e o número de habitantes do planeta =
Taxa de Nascimento (ano) multiplique por 1000
e divida o resultado pela população absoluta:
... multiplicado por quatro... eis o número de avos do planeta...

Soaroir 23/11/10

avos-e-netos.blogspot.com/2010/11/populacao-mundial-de-avos.html





Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 23/11/2010
Código do texto: T2631877

segunda-feira, novembro 22, 2010

avós & netos com poesia

http://avos-e-netos.blogspot.com/2010/11/arte-de-ser-avo.html

O que é ser avó?



Um blog  para reunir mensagens, pensamentos e poesias sobre esta arte...
Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 21/11/2010
Código do texto: T2627961

sexta-feira, novembro 19, 2010

A Viagem de Volta


Das Tripas ao Coração
Soaroir/Agosto/2010

Das Tripas
(Senso vs Sensação)


há em mim uma superfície polida
tolhida, patente, fria.
pele do meu agasalho -
feito do couro curtido.

das bordas desta trincheira
pra dentro,
ando a flor da pele.

giro sobre as juntas
no controle dos ligamentos...

 Soaroir/Agosto 2010



do Coração
(A viagem de volta)

O tempo fez de mim a passageira
Os pés vão desenhando meus caminhos
Estreito, largo, longo; estou sem ninho
Vivendo a cada dia a dor primeira.

A pele nas batalhas dói inteira
A face não disfarça o desalinho
São rugas a compor o torvelinho
Um mapa que define tal fronteira.

O caminho se funde, tão profundo;
Esmoreço sem norte, já nem lembro,
A trincheira escavada que confundo;

E as bordas contornando vão ao centro
As rotas retornam enquanto mudo
Fecho os olhos, caminho para dentro.









quinta-feira, novembro 18, 2010

Screwdriver não é Hi-Fi

Vodka com Laranja
Soaroir 18/11/10



Se eu fosse eu seria
Alada aneia de cor baia
Alazão de puro sangue
Porca a chafurdar
Nas lamas de Araxá;
Centopéia de Luiz XV
Joaninha com um par
... alguém já viu joaninha transar...
Se eu fosse eu seria
Lagartixa – em qualquer teto
Sem bnh ou outros insetos...
Como nada assim posso ser
Sigo a máxima do poeta
         Que amava a tequila:
Tenho tudo que aprecio
             sobretudo a liberdad...


Screwdriver
(não é Hi-Fi)
 aprendi que beber sozinho é melhor do que conversar com idiotas
fonte: ://drinkdrinker.blogspot.com/2008/09/drinks-com-vodka.html
  • 1 parte de Vodka
  • 2 partes de Suco de Laranja
  • 1 pitadinha de sal
Misture tudo em um copo alto com gelo e ria sozinho...

quarta-feira, novembro 17, 2010

História das Renas de Noel




bbbbbbbbbbbbbb
bbbbbbbbbbbbbbbbbb
bbbbbbbbbbbbbbbbb


As Renas de Papai Noel

A lenda das renas do Papai Noel foi criada em um famoso poema de Clement Clarke Moore (1779-1863). Clemente era filho de um bispo da Igreja Protestante Episcopal, em Nova York. O poema "A Visit From Saint Nicholas" (Uma Visita de São Nicolau) foi escrito como um presente de Natal para seus filhos em 1822. Atualmente o poema é mais conhecido pelo título de "The Night Before Christmas" (Véspera de Natal).

Santa has eight reindeer, who magically pull his sleigh through the sky.
Papai Noel tem oito renas, que magicamente puxam seu trenó pelo céu.
They are named Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder and Blitzen. [...] “

Segundo ouvi contar... Robert L May criou em 1939 a rena hoje mais conhecida: “Rudolf the red-nosed Reindeer” (Rudolf, a rena do nariz vermelho) para uma cadeia de lojas em Chicago.

Lyric:

Rudolph, the red-nosed reindeer
had a very shiny nose.
And if you ever saw him,
you would even say it glows.

All of the other reindeer
used to laugh and call him names.
They never let poor Rudolph
join in any reindeer games.

Then one foggy Christmas Eve
Santa came to say:
"Rudolph with your nose so bright,
won't you guide my sleigh tonight?"

Then all the reindeer loved him
as they shouted out with glee,
Rudolph the red-nosed reindeer,
you'll go down in history! 


Isto é o que me contaram... Quem quiser que conte outra.

Chuva Fina

Estação de Transição
Soaroir de Campos
Nov. 17/2010


  foto:cristianootoni-mg/google

Nada pior que uma chuva fina
Caindo mansa sem som ou raios

Estragos, faz tantos quanto enxurrada
Nos cavacos que só ela descortina

Desenlameia velhos cascalhos
Antigos que jaziam soterrados

Como se coisa pequena fosse
Possível de ser camuflada
Ao longo das estações...

Soaroir

segunda-feira, novembro 15, 2010

39 dias para o Natal - Thirty-Nine Days to Christmas

Soaroir
15/11/10

procuro um relógio - quem tem
quem tem um - por favor...
para  me amostrar
os segundos e os minutos
que ainda (me)  faltam  para depois...

faltam 39 dias para ao Natal

poucos dias
dentre os que faltavam
quando nada  nos faltava

somente dias e dias 
para este  Natal  - talvez 
faltasse  nada ou só
talvez  faltasse - ontem
talvez - o Natal de ontem 
   hoje,  outras vez...




sábado, novembro 13, 2010

Pote de Poesias: exercício para o mote "eutanásia"

Pote de Poesias: exercício para o mote "eutanásia": "'Recanto das Letras' Nota FúnebreSoaroir 13/11/10 imagem/google 'Caros usuários, Informamos que o serviço de 'fórum online' do Recant..."

exercício para o mote "eutanásia"



Eutanásia do Amor

Nosso amor floresceu na doce vida
Travestido na dor continuará eterno
Tu padeceste na doença tão sofrida
Nem te salvou recurso mais moderno

Pedido cruel, eu dei-te a luz do inverno.
Sem remorso, não bloqueei tua partida.
Nosso amor floresceu na doce vida
Travestido na dor continuará eterno

Beijei teus lábios na ultima despedida
Antes de cometer ato a muitos hodiernos
Fechaste os olhos, um sorriso de saída.
Fiquei eu com pensamento mais terno
Nosso amor floresceu na doce vida...

Denise Severgnini
13/11/10  

.......................................xxxxxxxxxxxxxxxx.........................................


"Recanto das Letras" Nota Fúnebre
Soaroir 13/11/10


  r
imagem/google

"Caros usuários,
Informamos que o serviço de "fórum online" do Recanto das Letras foi descontinuado.
A administração do RL tomou a decisão de encerrar o serviço de "fórum online" devido à sua pouca visitação, apenas 0,8% do total obtido pelo site, e devido aos transtornos que ocorrem quando mantemos um serviço desse tipo, tais como brigas e ofensas entre usuários, além de inevitáveis desgastes pessoais para os administradores.
Os usuários do fórum que desejarem poderão solicitar uma cópia de suas mensagens para o suporte do RL.
Pedimos desculpas por qualquer transtorno e agradecemos a compreensão.

Respeitosamente,
Administração do RL"


por overdose
de verbos
sinônimos
e adjetivos
em nosso idioma

We rest in peace...


outra hora continuo

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2010
Código do texto: T2613628

"Recanto das Letras" Nota Fúnebre

"Caros usuários,
Informamos que o serviço de "fórum online" do Recanto das Letras foi descontinuado.
A administração do RL tomou a decisão de encerrar o serviço de "fórum online" devido à sua pouca visitação, apenas 0,8% do total obtido pelo site, e devido aos transtornos que ocorrem quando mantemos um serviço desse tipo, tais como brigas e ofensas entre usuários, além de inevitáveis desgastes pessoais para os administradores.
Os usuários do fórum que desejarem poderão solicitar uma cópia de suas mensagens para o suporte do RL.
Pedimos desculpas por qualquer transtorno e agradecemos a compreensão.

Respeitosamente,
Administração do RL"

sexta-feira, novembro 12, 2010

Tempestade & Afins

tempestade de silêncio
na inspiração

Soaroir 12/11/10


exercício para o mote "tempestade e afins"

imagem/google

portas  bloqueadas -
pelas frestas ventania
granizos, raios, trovões
caem sobre a poesia
súbito barulho
de fingida calmaria
pesadas nuvens de silêncio
tormenta  - chove disbulia..

.

TEMPESTADE
Eu a vi aproximar-se,
Lentamente,
Em fortes sussurros.

Eritânia Brunoro

Gavinhas da Mágoa

SAUDADE - Gavinhas da Mágoa
Soaroir11/11/10




exercício para o mote "saudade"



Hey sister

você se lembra daqueles nossos dias felizes
quando a gente pescava piaba com miolo de pão dormido?

embora poucos os farelos, sobrados do nosso café minguado
a gente sempre punha de lado algum pra poder pescar?

voce ainda se lembra da emoção de cada puxada
da linha que as vezes nem puxava nada

e que noutras era jantarado nos salvando
da coça com vara da goiabeira
por irmos para o rio sem avisar?

saudade dos nossos pés lado a lado
enterrados naquela lama de Lagoa de Cima
quando esperança era só esperar o peixe beliscar...

sinto saudade das águas da vertente
dos papa-fumos que caçavamos
e dos vaga-lumes que nos guiavam
para a nossa mãe em casa....


sujeito à revisão 

nota da autora:
às vezes saudade são só gavinhas de mágoas

o aço do espelho

Soaroir 9/11/10

mote: "retrato"



profunda decepção
quanto tempo perdido...
como pode meu antigo espelho
carrasco – acusador de defeitos
refletir esta face tão perfeita
    e serena de hoje em dia...

continuarei

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?


Cecília Meireles

quarta-feira, novembro 10, 2010

Bordado Livre em Família

Bordado livre em familia
©Soaroir 10/11/10

exercício para o mote: "bordados da vida"


versão II

Minha avó fazia (tecia) tarrafas
minha mãe ponto de cruz

tia Zélia chuleava
os nós que o nosso pai nos dava

Eulália até que tentava
ponto em cadeia aberto
aresta ou pé de galinha

mas cadê a paciência
de refazer o que errava...

Prima Anizia, ó coitada
esta nada mais bordava
além de uns vagonites

Prima Cássia, a prendada
especialista em monogramas
em richelieu e meio ponto

Com família bordadeira
aprendi de tudo um pouco

ponto russo, renascença
ponto cheio, nó francês
caseado aberto e fechado...

De arraiolo a kilim
hoje minha tapeçaria é vasta
e enfeita o mundo inteiro!

...................xxxxxxxxx.................

Minha avó fazia (tecia) tarrafas
minha mãe ponto de cruz

tia Zélia chuleava
os nós que o pai dava/fazia

Eulália até que tentava
ponto cadeia aberto
aresta ou pé de galinha

mas cadê a paciência
de desmanchar o que errava...


Prima Anizia, coitada
esta nada mais bordava
além de uns vagonites

A outra, prima Cássia, prendada
especializou-se em monogramas
em richelieu e meio ponto cretense

Com uma família assim bordadeira
aprendi de tudo um pouco

Ponto russo, renascença
ponto cheio, nó francês
caseado aberto e fechado...

Amarradinho, arraiolo ou em kilim
hoje minha tapeçaria é vasta
e enfeita meu chão/mundo inteiro!

sem revisão
e continua  Wink

sábado, novembro 06, 2010

Continuação

desistir, jamais...
Soaroir 6/11/10

exercicio para o mote "...imoral é ter desistido de si mesmo"



Precioso olhar para trás
descobrir uma alameda
roçada como se atalhos...

Atinar que para continuar
ao final de tantas barreiras
mais precioso é ter coragem

lançar mão de outros inventos
ainda no mesmo dialeto

para que a força não se quede
flácida - e o coração mole
de saudade das vitórias...

continua...


"Até cortar os defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo.... Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. ...Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim.E com isso cortei também aminha força.
Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite, sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma- é esse seu único meio de viver...Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma
." Clarisse Lispector

Não sei falar de amor

Romaça
Soaroir 5/11/10

exercício para o mote: "Que esse amor..."


depois de tudo veio o medo
de ter medo de noturnos
de amor - que não os seus

despida, inteiramente nua
rezei para jamais esquecer
o amor  - além de prelúdios
apesar de ventos e tempestades...


nota da autora: eu n sei falar de amor
                        pelo menos hoje

quinta-feira, novembro 04, 2010

A Fada do Tempo

(provisorio)
Soaroir 4/11/10

exercício para o mote: "Era uma vez"


 fotografia=Filipa/google

Havia um mundo encantado
Onde cada um tinha um dom
Uns nasciam para a eloqüência
Outros, dar vida à criação
Todos sabiam qual seu lugar

Menos uma que nascera
Com defeito de aceitação

Marginal a infeliz
Parou de procurar
Naquele mundo seu lugar

Até virar a esquina do tempo
Cuja fada  - encantada
Mostrou-lhe a serventia

Dos que nascem pra pensar...

volto


"Conto de fadas

Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor.

Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras duma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...

Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é de oiro, a onda que palpita.

Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez!
Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A princesa de conto: "Era uma vez..."


Florbela Espanca


quarta-feira, novembro 03, 2010

espelho côncavo

Tergiverso
 Soaroir
Nov.3/10


exercício para o mote: por que você quer ser poeta?"

Não quero ser poeta. Eu sou.
Não daqueles sem eletricidade
Celular, computador, Twitter ou Globonews
Que ao piar do mocho se recolhiam
E contra a luz da vela digladiavam
Com as sombras da inanição
Que o seu mundo lhes servia....
Não. Eu escrevo - mais
Quando a alegria vem sem rédeas
Ou a tristeza sem razão
Se poeta ou não – deixo para vocês
Julgarem, absolverem, condenarem
Esta que por desaprender de rezar
Toma a folha em branco
E tintas do recomeço
Faz seu genuflexório...

continua...

Até onde vai nosso direito de interferir na casa do vizinho?



Na minha opinião cada país é uma casa distinta e seus habitantes seguem os regulamentos instituídos pelo chefe da família, para que a ordem e os bons costumes prevaleçam desde que os direitos do individuo, de acordo com a "Declaração Universal dos Direitos Humanos/ONU", não sejam desrespeitados.
Eu e provavelmente grande parte da população pouco sabemos sobre o Irã, tampouco sobre seus costumes, mas sabemos que a Vida é o bem mais precioso em qualquer parte do Planeta e deve ser respeitada.
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Que a sábia mão de Deus conduza este momento. 
Soaroir de Campos
São Paulo – Brasil
Novembro 3/2010

segunda-feira, novembro 01, 2010

Dia de Finados

Regaço Final
Soaroir 01/11/10



Entre narcisos-do-prado
Cruzes, lápides de mármore
Ó meu pai – Ó minha mãe
Rogai por mim - ainda - desterrada...
Amparem na travessia
Esta -  largada entre escombros
             no mundo paralelo ...

continua...

Mote: O Regaço
Inspirados em: Sobre o regaço
Gustavo Adolfo Bécquer

Sobre o regaço tinha
o livro bem aberto;
tocavam em meu rosto
seus caracóis negros.
Não víamos as letras
nem um nem outro, creio;
mas guardávamos ambos
fundo silêncio.
Por quanto tempo? Nem então
pude sabê-lo.
Sei só que não se ouvia mais que o alento,
que apressado escapava
dos lábios secos.
Só sei que nos voltámos
os dois ao mesmo tempo,
os olhos encontraram-se
e ressoou um beijo.