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quarta-feira, dezembro 29, 2010

Votos para 2011

Feliz New Age
Aos queridos amigos da web

Às broacas salgadas e doces
Garbos e opostos
Gables e Leighs que o vento levou
Aos remanescentes - de Hades a Zeus - New Age.
Feliz 2011
Soaroir

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Para onde vão os Pássaros

(poesia escrita na véspera do surprendente
despejo)


Para onde vão os pássaros

Quando o sol derrete

Quando a chuva é forte

Para onde... Eles vão

Nesta cidade grande -

Sem proteção...

continua...




Soaroir 13/12/10

Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 13/12/2010
Código do texto: T2669613

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Crônicas de Soaroir

Dê uma Trégua ao Natal
(um breve rascunho)
Soaroir
9/12/10

Troquei o tênis por uma sandália rasteira que por desusança me faz caminhar mais lentamente “Quinze dias para a Noite de Natal” ouvi enquanto atravessava o farol a caminho de mais um compromisso de factotum.

Suando em bicas acabo de chegar do supermercado e diferentemente da falta de umidade do ar, percebi os olhos marejantes de compaixão e bondade das pessoas, como se de repente um dispositivo regulado para ligar somente nesta época fosse ativado. Involuntária reprodução de reação alheia que se espalha e contagia.

Chega a ser sinistro a repentina gentileza dos transeuntes que param de dar esbarrões uns nos outros; ajudam os idosos a carregarem seus pesos; jogam as guimbas na lixeira; recolhem o cocô de seu cachorro. Quanta solicitude... Percebi que deixei de ser transparente para os funcionários do meu condomínio. O porteiro até me ajudou com as compras, abriu o portão que normalmente, quando com as mãos ocupadas, preciso empurrar com os pés.

Caso pensem que vou cotizar naquela caixinha de final de ano, se enganam. Estou entre aqueles que recompensam o bom atendimento e não o compra.

Mas vamos lá. Invoquei a minha alma poética e considerando o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a ser comemorado amanhã, 10 de dezembro, comecei por mim, indagando por que permitimos sentir o que o outro desperta em nós. E o que será que despertamos no próximo para mudar de atitude displicente para respeito e consideração somente na aproximação do Natal?

Seria medo do castigo de Deus, interesse material ou porque nesta época as pessoas largam seus saltos altos e tênis e andam mais devagar?

Aqui diante deste  teclado e de pés no chão me lembro do John “tudo o que estamos dizendo é: dê uma chance a Paz” - mesmo que seja só por trinta e um dias dos 365 .


segunda-feira, dezembro 06, 2010

Àgua de Chuva



imagem/google

Cai uma chuva caideira
Das que não dão enchente
Só deixa nas folhas os pingos
De água azul transparente

Permeando a própria leira
E o asfalto impertinente
Chove chuva no “espigão”
Da Paulista indiferente...

Soaroir 6/12/10


continua...

domingo, dezembro 05, 2010

A Tortura de Um Homem

http://pote-de-poesias.com/visualizar.php?idt=2654725 
A tortura de um homem
( título provisório)
Soaroir Dez.5/10




Aquando do fim da viagem
Reduz-se o ar, sem perceber
Sufoca-se o canto da boca
E todas as figuras de ritmo

Somente gritam as vísceras
Tristes árias de cantatas
Até então desconhecidas

Semibreve vida de um homem
Vivo morto sob pensamentos
Cultuados como se eternos

Peso que lhe entorta os beiços
Os ombros, e lhe encurva o dorso

Na rubra face assaz remota
Como a libido e o falo ...

Culinária de Ano Novo

Molho de Felicidade
Soaroir Dez. 5/2010
(releitura de texto meu:
recantodasletras.uol.com.br/natal/300805

Publicado no Recanto das Letras em 25/11/2006
Código do texto: T300805)




Tome 12 meses completos
Limpe-os completamente
De amargura, ódio e inveja

Em seguida, proporcionalmente
Fatie os meses em 365 dias
E prepare um de cada vez
Conforme segue:

Para cada dia separe uma parte de paciência,
Outra igual de coragem e o dobro de trabalho.

Para que nada desande, jamais se distraia

Agora junte fartas conchas de esperança
Punhados de fidelidade e de amabilidade

Sem descanso, misture uma medida de oração
outra igual de meditação e o dobro de entrega

Para aromatizar use grandes doses de espiritualeza
alegria, boas ações e muito humor

Despeje tudo no alguidar untado de amor
E leve à chama branda na temperatura adequada

Ainda quente, cubra  com um sorriso
Salpique jovialidade  e sirva
Desinteressadamente... sem reservas...



Importante:
siga rigorosamente a receita
para que esta iguaria não murche, sole ou desande.



sábado, dezembro 04, 2010

Breve ensaio sobre a Importância

By Soaroir de Campos
Dezembro 4/2010

Intróito

sem pensar responda - imediatamente – já:
o que é ser importante?

você é importante?

por quê?

para quem?

para você, hoje, o que é mais importante?

e ontem?

e amanhã?

que futuro tem a sua importância?


É muito importante enviar sua importante resposta
para este importante e-mail: soaroir(a)gmail.com
antes do final desta importante pesquisa...



Defuntos Remanescentes

Vegetação
parte I
Soaroir Dez. 4/2010
(releitura de De repente -16/1/09)



de repente como se outro intruso
 reviolasse meu corpo e prumo

no esquecido túmulo escuso
por  antigos rélis humos

plantasse verdes musgos
desinterrase enaltercentes lápides
próprias dos defuntos remanescentes


continua...

À Céu Aberto

À Céu Aberto
© Soaroir de Campos
Dez.4/2010


como as plantas do meu jardim
derramo-me pelos parapeitos
na busca por mais espaço

apesar das parasitas o despeito
não me cerceia o limite imposto
por vasos de cerâmica ou plástico

lanço raízes por qualquer vão
e vergontas¹ sempre em frente
encorajada vida pela direção
do calor e luz do sol

sou como as plantas do meu jardim

de tanto viço não cabem em si

e separadas crescem, de seus pares
dos narcisos, e das beldroegas
sem jamais crescer distantes...


¹vergônteas



quinta-feira, dezembro 02, 2010

Cada Novo Natal


http://www.pote-de-poesias.com/visualizar.php?idt=2649478


O Eterno Seguinte
por Soaroir de Campos
02/12/10



convicta eu repudio o mediocrismo
           os que nele se regozijam à beça...
das fundações das calhas
          aos destilatórios das crenças

mão, não, não – não permitirei
         que  dementes se me assentem
como pedra de mó- altares
        sacrifícios, rezas bravas
ou terços bizantinos...

que não me invoque a fama
 mesma  que de um  saltimbanco - 

quiçá  a dos servos das glebas 
          de sol a sol se regozijando
sob as sombras dos exemplos
               de cada novo Natal...



Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 02/12/2010
Código do texto: T2649478