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"Os Mudamentos"
"Os Mudamentos"
Poeta Cozinheira
Soaroir
Não que ela fique mais feia
À medida que empobreço
Essa rápida poesia que faço
Só pra me manter na teia
Embora de raízes fundas
Solto ela sem precisão
Bem distante da perfeição
E com sortes infecundas
Diante da realidade
Eu me curvo à aceitação:
Entram os pratos e o fogão
Sai o Poeta - de atividade...
Talvez um dia eu volte
só pra dar continuação...
mote: Aceitação
"É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens
e sentir passar as estrelas
do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos,
e sentir passar as estrelas
do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos,
É mais fácil, também, debruçar os olhos no oceano
e assistir, lá no fundo, ao nascimento mudo das formas,
que desejar que apareças, criando com teu simples gesto
o sinal de uma eterna esperança.
Não me interessam mais nem as estrelas, nem as formas do mar, nem tu.
Desenrolei de dentro do tempo a minha canção:
não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar."
(Cecília Meireles, Viagem, em Viagem/Vaga Música. Ed. Nova Fronteira)
e assistir, lá no fundo, ao nascimento mudo das formas,
que desejar que apareças, criando com teu simples gesto
o sinal de uma eterna esperança.
Não me interessam mais nem as estrelas, nem as formas do mar, nem tu.
Desenrolei de dentro do tempo a minha canção:
não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar."
(Cecília Meireles, Viagem, em Viagem/Vaga Música. Ed. Nova Fronteira)
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