CGI
Laptop deveria se chamar dickheater , facilita a vida, mas como esquenta! Exceto minhas lembranças para montar um romance ou poesia furta-cor, como aquelas dos filmes que não fazem mais, com mocinhas e vilões, correspondência perfumada, cantorias em família após o jantar. Propícia época aquela para os poetas viverem os amores vencidos e as paixões não enterradas e em um dia de chuva desmascararem as burguesias.
Mas o tempo é só um invento e o passado são intentos que, se não reconhecêssemos que estão falidos, viveríamos como astronautas com o umbilical rompido e a boca aberta cheia de afônicos ais.
Nesses dias de chuva, diferente dos de Eça, embora ainda confrontemos os opostos, o presente não me deixa espaço para me deprimir com a aurora, tampouco com inventos abstratos... Um romance, uma poesia sobre cartas perfumadas... parecem, realmente, quadro a quadro... ridículos nessa tela. Nesse calor.
By Soaroir
Fev.27/2011
domingo, fevereiro 27, 2011
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
No Limo do Tapete
(ensaio sobre a clausura)
By Soaroir
Fev.25/2011
O traidor foi descoberto. E agora?
Com que fera ocuparei meu tempo de caça -
se fiz o que pensava não poder fazer - fiz
a despeito do medo dos alçapões e frágeis arapucas
e das armas, e das conseqüências...
quantos vincos vinculados,
dos olhos ao pescoço até às mãos,
de onde eles vieram se não foram do riso
nem do choro. De onde eles vieram...
talvez dos esfolos abertos pelo aprendizado –
da cloaca, do útero à fornalha que crema
os devaneios, os sonhos e a poesia
nos esporos do sêmem e do óvulo;
as quimera das noites claras e do breu da falta delas;
até onde irão as rusgas...após a última água
do ousado enxágüe dos garnimentos tolos?
Meço o tempo pelo limo
do tapete do banheiro -
faz tempo que estou aqui enclausurada...
By Soaroir
Fev.25/2011
O traidor foi descoberto. E agora?
Com que fera ocuparei meu tempo de caça -
se fiz o que pensava não poder fazer - fiz
a despeito do medo dos alçapões e frágeis arapucas
e das armas, e das conseqüências...
quantos vincos vinculados,
dos olhos ao pescoço até às mãos,
de onde eles vieram se não foram do riso
nem do choro. De onde eles vieram...
talvez dos esfolos abertos pelo aprendizado –
da cloaca, do útero à fornalha que crema
os devaneios, os sonhos e a poesia
nos esporos do sêmem e do óvulo;
as quimera das noites claras e do breu da falta delas;
até onde irão as rusgas...após a última água
do ousado enxágüe dos garnimentos tolos?
Meço o tempo pelo limo
do tapete do banheiro -
faz tempo que estou aqui enclausurada...
sábado, fevereiro 19, 2011
Cambona
Ontem sonhei em aramaico. Na primeira linha, escrito como se com giz deitado e em primeiro plano de um tela escura, estava um grande Y seguido de pontinhos que lembravam mm ou nn. Na segunda linha estavam dois I's maiúsculos seguidos de dois pontinhos. O mais perto que cheguei em minhas pesquisas é que são letras e nada além de “khuasa” e “alap” que não faço a menor idéia do que sejam. Mas fiquei remoendo a razão para eu sonhar naquele idioma. Talvez pelas ultimas notícias vindas do Egito e adjacência. Sei eu lá... Mais um sonho não identificado. No entanto, daí em diante, fiquei pensando em hebraicos e aramaicos; Yeshua, discípulos, mensagens homens e Deus e no making of do destino e conclui que não foi Deus que parou no sétimo dia e lá ficou desde então apostando na Sua obra e rindo da nossa cara, mas o homem, que na maioria que sequer vale o pirão que come, que se enrijou na ganância e se locupleta com as vantagens ao fazer o outro se sentir pior do que já está e, ou por ignorância, incapacidade de sentir afeto ou temor ao destino que não se reinventa , dorme como se fosse um justo sem pensar em consequências.
Não sei dos outros, mas eu saí pelo mundo com planos de reforma. Vi caírem mil a meu lado, dez mil a minha direita sem ser atingida, agora aguardo contemplar, ver o castigo dos ímpios que desconhecem que no Altíssimo fiz meu asilo e que da minha tenda não se há de acercar nenhum flagelo.
Quê mais resta ao homem que perdeu a fé no homem, principalmente naquele que beija mãos na primavera, criancinhas pré fabricadas para serem beijadas e cria rebuscados estatutos para idosos de gerações analfabetas; programas para separar o rico do miserável “massivamente” convencendo-o de que sua casa é sua vida...desde que seja em outros feudos.
Não esticarei este assunto ou ninguém se dará o trabalho de lê-lo, mas muito, muito mais há para dizer – o que deixo para os “comentaristas” que por ventura tenham entendido o ponto desta visão.
Soaroir de Campos
SP/SP Fev.19/2011
Para : Pote de Poesias
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