O Poeta que em mim Habita
copyright Soaroir 2008
o poeta que em mim habita
sai da lenda e me conforta a alma
entre as misty Terras Altas
eternamente jovem, é nobre cavaleiro
chega das batalhas com conquistas
me traz um anel, uma pedra
fala-me do Santo Graal
e me oferece a Primavera.
juntos rondamos tabernas,
rolamos sobre os verdes pastos
e adormecemos ao relento.
ainda, em mim um outro poeta habita
o volúvel, irreverente marinheiro
safado, que chega de madrugada
sob minhas cobertas se aconchega
deita versos que me esqueço
na manhã seguinte, comigo navega
desbrava ilhas onde esmoreço
entre o passado e o presente
aí me perco.
Para mote proposto p/Soaroir:
O Poeta que em mim habiat
domingo, maio 24, 2015
domingo, maio 17, 2015
Sinal de um Novo Dia
Soaroir
SP/19/5/15
AURORA
imagem/http://vintenovezes.
Sol em cama de berilos seixos;
Terra em escuro silêncio.
Oh irmã do pálido luar!
Oh bela e rara Autora...
Regada pelas Plêiades
De Órion tens os laços
Dos Céus tu és a flora...domingo, maio 10, 2015
Genoma de Mãe
Soaroir 13/5/07
Na instintiva busca pela evolução da espécie a Natureza dotou as mães com um sistema de rastreamento para a melhoria do ADN que pai algum foi agraciado. Nesta peneira o amor poetizado, cantado e recantado conta muito pouco nesta hora. Os bons reprodutores nos atraem. Quando não levado a sério, nos voltamos para culpar as mães pela falta de instinto em reproduzir carrascos e tantas outras porcarias que o mundo tem que conviver com.
Se postas num microscópico, viríamos o gene “mãe” se multiplicando, desencadeando reações específicas para preservar, melhorar esta raça, não para seu deleite, mas para um mundo melhor, e preservação da espécie.
Não é que eu tenha sido filha de chocadeira, tampouco de proveta, que naqueles idos estava só na pesquisa. Claro que fui parida, fato não muito normal, como ouvi de minha mãe. Algumas horas presa entre o ombro e a cabeça já deviam ser um presságio de que alguma séria fortuna me aguardava aqui fora. Felizmente não sofri, aparentemente, de (cianose) falta de oxigenação no cérebro, embora acredite que algum efeito aquela complicada aparição neste mundo deva ter me causado. Provavelmente eu já pressentia que a coisa por aqui não seria só para me rir.
Num tempo em que mãe era profissão, ficar viúva com uma filha de sete e outra de quatro anos era tarefa para heroína. Lá, amor vinha muito tempo depois de se aplacar a fome e o frio. Educação principal era lavagem cerebral nos miolos; mulher, pobre e sem pai tem que ser mais cuidadosa do que as outras meninas. Assim o tempo passou e registrado no meu ADN ficou que ser mulher era uma droga, sem pai era um fracasso, sem dinheiro então, era uma titica.
Tudo estava certíssimo, não fosse o desprezo que desenvolvi por pobres, de espírito principalmente. Não me tornei lésbica, muito pelo contrário, mas na tentativa de suplantar ausências, para mim havia dois tipos de homem: deus ou diabo. Não conheci meio termo. Casei-me três vezes e dispensei todos os mancebos por não entender de diabos; eu assumi educar os meus filhos, o que de acordo com os resultados não me arrependo. Houve inconvenientes, (claro que sim) especialmente junto à catequese social.
Resumindo, acredito que não viemos a este mundo sem um propósito, fora abortos, pari dois excelentes filhos Bernardo e Artur, que me soldaram uma outra lente de como ver o mundo. Aprendi inclusive a entender a falta de uma mão no rosto e a me perdoar quando não soube oferecer um último adeus.
Substituo a falta de mãe pelo esmero de ser melhor a cada dia, embora tal confirmação eu também não terei em vida. No entanto, ao voltar o olhar para esta estrada já percorrida, me orgulho da mãe que tive e que não está mais aqui para me ouvir dizer que agradeço sua sábia e simples lição, sem a qual eu não teria conseguido forjar dois grandes homens, cientistas que são, e que com certeza também cumprirão sua missão para fazer deste mundo um melhor lugar.
Benedita mãe!
(Sem revisão)
Visitem:http://pote-de-poesias.blogspot.com
Na instintiva busca pela evolução da espécie a Natureza dotou as mães com um sistema de rastreamento para a melhoria do ADN que pai algum foi agraciado. Nesta peneira o amor poetizado, cantado e recantado conta muito pouco nesta hora. Os bons reprodutores nos atraem. Quando não levado a sério, nos voltamos para culpar as mães pela falta de instinto em reproduzir carrascos e tantas outras porcarias que o mundo tem que conviver com.
Se postas num microscópico, viríamos o gene “mãe” se multiplicando, desencadeando reações específicas para preservar, melhorar esta raça, não para seu deleite, mas para um mundo melhor, e preservação da espécie.
Não é que eu tenha sido filha de chocadeira, tampouco de proveta, que naqueles idos estava só na pesquisa. Claro que fui parida, fato não muito normal, como ouvi de minha mãe. Algumas horas presa entre o ombro e a cabeça já deviam ser um presságio de que alguma séria fortuna me aguardava aqui fora. Felizmente não sofri, aparentemente, de (cianose) falta de oxigenação no cérebro, embora acredite que algum efeito aquela complicada aparição neste mundo deva ter me causado. Provavelmente eu já pressentia que a coisa por aqui não seria só para me rir.
Num tempo em que mãe era profissão, ficar viúva com uma filha de sete e outra de quatro anos era tarefa para heroína. Lá, amor vinha muito tempo depois de se aplacar a fome e o frio. Educação principal era lavagem cerebral nos miolos; mulher, pobre e sem pai tem que ser mais cuidadosa do que as outras meninas. Assim o tempo passou e registrado no meu ADN ficou que ser mulher era uma droga, sem pai era um fracasso, sem dinheiro então, era uma titica.
Tudo estava certíssimo, não fosse o desprezo que desenvolvi por pobres, de espírito principalmente. Não me tornei lésbica, muito pelo contrário, mas na tentativa de suplantar ausências, para mim havia dois tipos de homem: deus ou diabo. Não conheci meio termo. Casei-me três vezes e dispensei todos os mancebos por não entender de diabos; eu assumi educar os meus filhos, o que de acordo com os resultados não me arrependo. Houve inconvenientes, (claro que sim) especialmente junto à catequese social.
Resumindo, acredito que não viemos a este mundo sem um propósito, fora abortos, pari dois excelentes filhos Bernardo e Artur, que me soldaram uma outra lente de como ver o mundo. Aprendi inclusive a entender a falta de uma mão no rosto e a me perdoar quando não soube oferecer um último adeus.
Substituo a falta de mãe pelo esmero de ser melhor a cada dia, embora tal confirmação eu também não terei em vida. No entanto, ao voltar o olhar para esta estrada já percorrida, me orgulho da mãe que tive e que não está mais aqui para me ouvir dizer que agradeço sua sábia e simples lição, sem a qual eu não teria conseguido forjar dois grandes homens, cientistas que são, e que com certeza também cumprirão sua missão para fazer deste mundo um melhor lugar.
Benedita mãe!
(Sem revisão)
Visitem:http://pote-de-poesias.blogspot.com
domingo, maio 03, 2015
Se pelo menos ouvisses o trigo...
Soaroir
Soaroir em 01/08/2010
Farelos ...
So long
Farewel
You
You
And...
In you
Nem me ligo...
Vãos, soleiras!
Se pelo menos ouvisses o trigo...
só in God
I must
believe
and trust
O resto... é eave
bafio - cultura de fungo
em pão amanhecido...
Soaroir
Enviado por Soaroir em 01/08/2010
Soaroir em 01/08/2010
Farelos ...
So long
Farewel
You
You
And...
In you
Nem me ligo...
Vãos, soleiras!
Se pelo menos ouvisses o trigo...
só in God
I must
believe
and trust
O resto... é eave
bafio - cultura de fungo
em pão amanhecido...
Soaroir
Enviado por Soaroir em 01/08/2010
Brasilidade. Até quando?
Brasilidade. Até Quando?
Soaroir 22/5/07
(reedição)
- aprendendo a escrever ensaio -
p/"Ensaio da Semana do RL"
Quando falamos de nossos filhos não queremos falar mal, mesmo sabendo que existem problemas. O mesmo acontece quando precisamos falar de nossos pais ou nossa pátria. É inevitável não comprar a mãe do amigo que é sempre mais compreensiva; este ou aquele país que oferece isso ou aquilo a mais.
No entanto, numa hora ou noutra a verdade tem que ser aceita. Como exemplo, encarar as deficiências do sistema de ensino brasileiro, cujo currículo é comprovadamente superior a muitos paises ditos como de “primeiro mundo – mas, Infelizmente, não consegue se fazer valer por falta de uma profunda revisão e atualização dos fundamentos da história da educação no Brasil.
Enquanto o sistema educacional na Inglaterra nos idos de 1943/4, (II Guerra Mundial), fazia uma reforma substancial * (ver parte da matéria no final deste texto), a história da educação em nosso país ainda era desconhecida.
Os fundamentos de nossa educação advêm de constantes rupturas marcantes, sendo a primeira grande ruptura travada com a chegada dos portugueses ao “Novo Território”, trazendo um padrão de educação próprio da Europa, o que significa que o “brasileiro” foi destituído de suas características próprias de fazer educação, aquela da terra, sem nenhuma marca repressiva do modelo europeu. Exemplo certa vez citado por Orlando Villas Boas: Imediatamente após uma mãe fazer potes de barro o filho o quebrava e a mãe sempre recomeçava sem nada dizer. Perguntada porque deixava o filho fazer aquilo, ela respondeu “porque ele quer”.
Esta e muitas outras formas de educar foram modificadas com a chegada dos jesuitas que não somente trouxeram a religiosidade, mas a moral e os costumes europeus; trouxeram também os métodos pedagógicos, que funcionaram de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marcou a história da educação no Brasil. Ao serem expulsos os jesuítas, entre as “aulas régias” e o “subsídio literal” o caos se instalou, até que a família real transfere o reino para o novo mundo, causando assim uma outra ruptura quando, para a conveniência do monarca, abriram Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, incluindo o Jardim Botânico e a Imprensa Régia.
Finalmente o Brasil fora descoberto, mas a educação continuava a ter importância secundária, o que não acontecia nas colônias espanholas que já em 1538 contava com a universidade de São Domingos; 1551 a do México e a de Lima. A nossa só surgiu em 1934, em São Paulo, como e o por quê vale outra história.
De d. João VI a Pedro II, português algum promoveu educação por aqui. Da Proclamação até hoje, a educação brasileira não sofreu processo de evolução que se possa considerar marcante ou significativo. Temos ainda o mesmo “status quo”, muitos meios, mas nenhum fim para nossa deseducação.Ainda continuamos quebrando os vasos de barro a fim de nos educar.
Ainda somos tratados como Tupiniquins, Xavantes e Funius; barreiam certificados, brocham nossos olhos com promessas, quotas, restritos subsídios, e agora “educação” continuada, contaminada e progressiva, enquanto os filhos dos filhos dos “fazendários” continuam indo estudar na Europa. Até quando?
(sem revisão) (p tema da semana do RL )
“Folha da Manhã
S.Paulo – Sábado, 15 de janeiro de 1944
A educação na Inglaterra
I
(Copyright do “British News Service”, para a “Folha da Manhã”
P.Xisto (comentarista brasileiro da B.B.C Londres)
Até o século passado, o ensino na Inglaterra era atribuição quasi que exclusiva das várias ordens religiosas. A interferência governamental só se verificou em princípios do século XIX, quando atendendo às exigências do público e, com certeza, das próprias Igrejas interessadas, o governo resolveu subvencionar as suas escolas. Algum tempo mais tarde, foram fundadas escolas elementares oficiais, continuando, entretanto, o governo a subvencionar as escolas religiosas, num gesto de reconhecimento pelo muito que tinham feito pela disseminação da cultura na Grã-Bretanha.
Somente no princípio deste século é que todas as escolas elementares do país, religiosas e oficiais, passaram a ser custeadas inteiramente pelos cofres públicos. As ordens religiosas deviam apenas prover as instalações necessárias. Daí por diante, passaram a existir apenas os dois tipos de escolas elementares que encontramos até hoje; as oficiais, custeadas e dirigidas pelo governo, e por este fiscalizadas, mas dirigidas pela ordem religiosa a que pertencem. As escolas oficiais tiveram notavel incremento, tendo hoje mais do dobro de alunos das escolas religiosas.
Em todas elas ensinam-se princípios religiosos. Nas escolas religiosas, está visto, o ensino é de acordo com o credo da ordem que a fundou, seja católica, anglicana ou outra qualquer.
Nas escolas oficiais tambem existe o ensino religioso, porque assim o decidiram as autoridades locais a que estão subordinadas. Entretanto, como nessas escolas não é lícito propagar nenhuma religião determinada, o que se faz é apenas ler a Bíblia e algumas orações. De qualquer forma, os pais dos alunos podem sempre pedir dispensa para seus filhos, da assistência a essas aulas.
O ensino é obrigatório para todos os indivíduos de ambos os sexos, dos 5 aos 14 anos de idade. Para as crianças de primeira infância, verdadeiras casas maternais desde os dois anos as crianças encontram ambiente próprio e companheiros para brincar, e os pais solução para as suas dificuldades, pois nem sempre estão em condições de lhes dar a atenção necessária. Este primeiro período de vida em comum, com crianças da mesma idade, e sob direção competente, serve principalmente para a formação de hábitos bons, que perduram durante toda a vida.
O governo central de Londres não mantem escolas elementares, apenas contribuindo para o seu funcionamento subvenções que atingem a cifras muito elevadas. O restante cabe aos governos locais providenciar, sendo que a estes está afeta a direção das escolas.
Para compreender a maneira como os governos locais exercem suas funções de ensino, torna-se indispensavel ter uma idéia da sua organização ...
[ ]”
Soaroir
Enviado por Soaroir em 26/05/2007
Soaroir 22/5/07
(reedição)
- aprendendo a escrever ensaio -
p/"Ensaio da Semana do RL"
Quando falamos de nossos filhos não queremos falar mal, mesmo sabendo que existem problemas. O mesmo acontece quando precisamos falar de nossos pais ou nossa pátria. É inevitável não comprar a mãe do amigo que é sempre mais compreensiva; este ou aquele país que oferece isso ou aquilo a mais.
No entanto, numa hora ou noutra a verdade tem que ser aceita. Como exemplo, encarar as deficiências do sistema de ensino brasileiro, cujo currículo é comprovadamente superior a muitos paises ditos como de “primeiro mundo – mas, Infelizmente, não consegue se fazer valer por falta de uma profunda revisão e atualização dos fundamentos da história da educação no Brasil.
Enquanto o sistema educacional na Inglaterra nos idos de 1943/4, (II Guerra Mundial), fazia uma reforma substancial * (ver parte da matéria no final deste texto), a história da educação em nosso país ainda era desconhecida.
Os fundamentos de nossa educação advêm de constantes rupturas marcantes, sendo a primeira grande ruptura travada com a chegada dos portugueses ao “Novo Território”, trazendo um padrão de educação próprio da Europa, o que significa que o “brasileiro” foi destituído de suas características próprias de fazer educação, aquela da terra, sem nenhuma marca repressiva do modelo europeu. Exemplo certa vez citado por Orlando Villas Boas: Imediatamente após uma mãe fazer potes de barro o filho o quebrava e a mãe sempre recomeçava sem nada dizer. Perguntada porque deixava o filho fazer aquilo, ela respondeu “porque ele quer”.
Esta e muitas outras formas de educar foram modificadas com a chegada dos jesuitas que não somente trouxeram a religiosidade, mas a moral e os costumes europeus; trouxeram também os métodos pedagógicos, que funcionaram de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marcou a história da educação no Brasil. Ao serem expulsos os jesuítas, entre as “aulas régias” e o “subsídio literal” o caos se instalou, até que a família real transfere o reino para o novo mundo, causando assim uma outra ruptura quando, para a conveniência do monarca, abriram Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, incluindo o Jardim Botânico e a Imprensa Régia.
Finalmente o Brasil fora descoberto, mas a educação continuava a ter importância secundária, o que não acontecia nas colônias espanholas que já em 1538 contava com a universidade de São Domingos; 1551 a do México e a de Lima. A nossa só surgiu em 1934, em São Paulo, como e o por quê vale outra história.
De d. João VI a Pedro II, português algum promoveu educação por aqui. Da Proclamação até hoje, a educação brasileira não sofreu processo de evolução que se possa considerar marcante ou significativo. Temos ainda o mesmo “status quo”, muitos meios, mas nenhum fim para nossa deseducação.Ainda continuamos quebrando os vasos de barro a fim de nos educar.
Ainda somos tratados como Tupiniquins, Xavantes e Funius; barreiam certificados, brocham nossos olhos com promessas, quotas, restritos subsídios, e agora “educação” continuada, contaminada e progressiva, enquanto os filhos dos filhos dos “fazendários” continuam indo estudar na Europa. Até quando?
(sem revisão) (p tema da semana do RL )
“Folha da Manhã
S.Paulo – Sábado, 15 de janeiro de 1944
A educação na Inglaterra
I
(Copyright do “British News Service”, para a “Folha da Manhã”
P.Xisto (comentarista brasileiro da B.B.C Londres)
Até o século passado, o ensino na Inglaterra era atribuição quasi que exclusiva das várias ordens religiosas. A interferência governamental só se verificou em princípios do século XIX, quando atendendo às exigências do público e, com certeza, das próprias Igrejas interessadas, o governo resolveu subvencionar as suas escolas. Algum tempo mais tarde, foram fundadas escolas elementares oficiais, continuando, entretanto, o governo a subvencionar as escolas religiosas, num gesto de reconhecimento pelo muito que tinham feito pela disseminação da cultura na Grã-Bretanha.
Somente no princípio deste século é que todas as escolas elementares do país, religiosas e oficiais, passaram a ser custeadas inteiramente pelos cofres públicos. As ordens religiosas deviam apenas prover as instalações necessárias. Daí por diante, passaram a existir apenas os dois tipos de escolas elementares que encontramos até hoje; as oficiais, custeadas e dirigidas pelo governo, e por este fiscalizadas, mas dirigidas pela ordem religiosa a que pertencem. As escolas oficiais tiveram notavel incremento, tendo hoje mais do dobro de alunos das escolas religiosas.
Em todas elas ensinam-se princípios religiosos. Nas escolas religiosas, está visto, o ensino é de acordo com o credo da ordem que a fundou, seja católica, anglicana ou outra qualquer.
Nas escolas oficiais tambem existe o ensino religioso, porque assim o decidiram as autoridades locais a que estão subordinadas. Entretanto, como nessas escolas não é lícito propagar nenhuma religião determinada, o que se faz é apenas ler a Bíblia e algumas orações. De qualquer forma, os pais dos alunos podem sempre pedir dispensa para seus filhos, da assistência a essas aulas.
O ensino é obrigatório para todos os indivíduos de ambos os sexos, dos 5 aos 14 anos de idade. Para as crianças de primeira infância, verdadeiras casas maternais desde os dois anos as crianças encontram ambiente próprio e companheiros para brincar, e os pais solução para as suas dificuldades, pois nem sempre estão em condições de lhes dar a atenção necessária. Este primeiro período de vida em comum, com crianças da mesma idade, e sob direção competente, serve principalmente para a formação de hábitos bons, que perduram durante toda a vida.
O governo central de Londres não mantem escolas elementares, apenas contribuindo para o seu funcionamento subvenções que atingem a cifras muito elevadas. O restante cabe aos governos locais providenciar, sendo que a estes está afeta a direção das escolas.
Para compreender a maneira como os governos locais exercem suas funções de ensino, torna-se indispensavel ter uma idéia da sua organização ...
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Soaroir
Enviado por Soaroir em 26/05/2007
TIME QUE ESTÁ PERDENDO NÃO GANHA
Soaroir Maria de Campos –5/7/06
(reedição)
TIME QUE ESTÁ PERDENDO NÃO GANHA
Essa coisa de dormir cedo só serve mesmo é para acordar cedo. Bem faz a turma chegada às “raves” que começa quando as outras turmas terminam. No entanto, há o lado telúrico a ser apreciado pelos que olham para cima logo ao amanhecer. Depois de agradecer aos senhores do Universo por mais um, ou menos um dia, de acordo com a expectativa individual, vê-se derramando o silêncio que aos ouvidos diurnos não chegam; surpreendentemente ainda há um cheiro de Mata Atlântica em plena metrópole e, como um gato que acorda, se espreguiça e boceja, automaticamente o olhar ascende quando é então cumprimentado pelo céu desprevenido, nu de poluição e preconceitos.
Revi minhas manhãs em Elgin, Escócia; algumas imagens mais e me encontrei com a lua matinal de Little Wenlock, com seus enormes pombos silvestres e os saltitantes corvos ciscando ao amanhecer no jardim, à procura dos tubérculos brotantes na primavera. Volto então à varanda do décimo segundo andar no inverno desta minha cidade. À minha esquerda brilha tanto uma luz no céu que chego a confundi-la com uma sinalização característica dos edifícios gigantes. Firmo a vista e a identifico como um astro ou um planeta. Minha deformada visão, especialmente quanto a astronomia, me conduz a arriscar que possa vir de Vênus aquele intenso brilho. Não importa quem quer que esteja lá reluzindo tal beleza no horário em que os anjos vêm visitar os seus protegidos, lindo é pouco – é legítimo, é “Coromínio”.
Como não só de brilho se vive, observei que embora o relógio não faça mais tique-taque, ele continua nos avisando que o tempo não espera, nem mesmo pelos que acordam muito cedo. Enquanto aguardava pelo horário “comercial” providenciei alguns obrigatórios e/ou necessários triviais como tomar banho, ir à padaria, “walk the dog”, tomar café, escovar os dentes e juntar as contas vencíveis do dia, além de organizar as idéias de forma a não me desencantar com “nãos”, tampouco com “ainda não saiu a resposta”.
Depois de contemplar um amanhecer e programado o resto do dia, confiante, e até certo ponto orgulhosa de minha vitalidade para não desistir diante das intempéries da vida, saí em busca de soluções que não caem do céu.
Enquanto me dirigia para a saída da estação Ana Rosa me deparei com uma velha senhora de aproximadamente 1,50m parada ao pé da escada, como se pensasse como subir os degraus puxando seu carrinho contendo uma caixa de isopor típica em que os vendedores ambulantes armazenam vitualhas. Sem diminuir minhas passadas, ofereci ajuda e imediatamente agarrei a base inferior do carrinho para juntas subirmos os vinte e um degraus. Percebi que a senhora mastigara algumas palavras e, eu indo um degrau à frente dela, subimos. Com o mesmo efeito de transmissão à distância, só ao arriar o carrinho, já no topo, foi que entendi o que me foi dito quando ofereci ajuda lá embaixo: - “A senhora também não tá podendo”. Virei-me à direita e tropecei, força de expressão, numa placa que dizia “testa na hora”. Enquanto andava comecei a juntar as duas frases – a mastigada àquela da barraquinha ambulante. Conclui que realmente, “nem tudo que reluz é ouro”, tampouco somos enxergados como nos vemos, ou nem todo velho merece ajuda, além de outros pensamentos menos honestados.
Não perdi o ânimo e finalmente cheguei ao meu segundo destino do dia. Era uma belezura o prédio, atendimento rápido e eficiente, clientes chiques circulando na sala de espera de esmerada decoração. Regozijante saí do local com hora marcada para às 17:00h para atendimento ao meu caso em caráter de emergência.
Não foi ímproba a forma como consegui hora para aquele mesmo dia. Realmente o problema demandava urgência, porém no fundo havia um quê de malícia, intenção de burlar o regulamento a fim de acelerar um diagnóstico para a minha dor que se espalhava até a região do trapézio. Mais especificamente pretendia conseguir ser contemplada com um tratamento dentário de custo accessível à minha burra vazia e por profissionais tão bem qualificados como aqueles do SESC.
E o tempo passou. Desanimada, mais tarde, saía eu da consulta com um pedido de RX panorâmico, e a instrução para telefonar em Setembro a fim de saber quando as inscrições para o sorteio de vagas, para um tratamento dentário por lá, serão abertas.
Voltarei então à minha varanda, agora para pedir à minha estrela de Julho, vista no céu daqui mesmo do Brasil, que apazigúe esta minha dor até quando, e se, eu ganhar uma vaga para retornar ao dentista.
Soaroir Maria de Campos –5/7/06
(reedição)
TIME QUE ESTÁ PERDENDO NÃO GANHA
Essa coisa de dormir cedo só serve mesmo é para acordar cedo. Bem faz a turma chegada às “raves” que começa quando as outras turmas terminam. No entanto, há o lado telúrico a ser apreciado pelos que olham para cima logo ao amanhecer. Depois de agradecer aos senhores do Universo por mais um, ou menos um dia, de acordo com a expectativa individual, vê-se derramando o silêncio que aos ouvidos diurnos não chegam; surpreendentemente ainda há um cheiro de Mata Atlântica em plena metrópole e, como um gato que acorda, se espreguiça e boceja, automaticamente o olhar ascende quando é então cumprimentado pelo céu desprevenido, nu de poluição e preconceitos.
Revi minhas manhãs em Elgin, Escócia; algumas imagens mais e me encontrei com a lua matinal de Little Wenlock, com seus enormes pombos silvestres e os saltitantes corvos ciscando ao amanhecer no jardim, à procura dos tubérculos brotantes na primavera. Volto então à varanda do décimo segundo andar no inverno desta minha cidade. À minha esquerda brilha tanto uma luz no céu que chego a confundi-la com uma sinalização característica dos edifícios gigantes. Firmo a vista e a identifico como um astro ou um planeta. Minha deformada visão, especialmente quanto a astronomia, me conduz a arriscar que possa vir de Vênus aquele intenso brilho. Não importa quem quer que esteja lá reluzindo tal beleza no horário em que os anjos vêm visitar os seus protegidos, lindo é pouco – é legítimo, é “Coromínio”.
Como não só de brilho se vive, observei que embora o relógio não faça mais tique-taque, ele continua nos avisando que o tempo não espera, nem mesmo pelos que acordam muito cedo. Enquanto aguardava pelo horário “comercial” providenciei alguns obrigatórios e/ou necessários triviais como tomar banho, ir à padaria, “walk the dog”, tomar café, escovar os dentes e juntar as contas vencíveis do dia, além de organizar as idéias de forma a não me desencantar com “nãos”, tampouco com “ainda não saiu a resposta”.
Depois de contemplar um amanhecer e programado o resto do dia, confiante, e até certo ponto orgulhosa de minha vitalidade para não desistir diante das intempéries da vida, saí em busca de soluções que não caem do céu.
Enquanto me dirigia para a saída da estação Ana Rosa me deparei com uma velha senhora de aproximadamente 1,50m parada ao pé da escada, como se pensasse como subir os degraus puxando seu carrinho contendo uma caixa de isopor típica em que os vendedores ambulantes armazenam vitualhas. Sem diminuir minhas passadas, ofereci ajuda e imediatamente agarrei a base inferior do carrinho para juntas subirmos os vinte e um degraus. Percebi que a senhora mastigara algumas palavras e, eu indo um degrau à frente dela, subimos. Com o mesmo efeito de transmissão à distância, só ao arriar o carrinho, já no topo, foi que entendi o que me foi dito quando ofereci ajuda lá embaixo: - “A senhora também não tá podendo”. Virei-me à direita e tropecei, força de expressão, numa placa que dizia “testa na hora”. Enquanto andava comecei a juntar as duas frases – a mastigada àquela da barraquinha ambulante. Conclui que realmente, “nem tudo que reluz é ouro”, tampouco somos enxergados como nos vemos, ou nem todo velho merece ajuda, além de outros pensamentos menos honestados.
Não perdi o ânimo e finalmente cheguei ao meu segundo destino do dia. Era uma belezura o prédio, atendimento rápido e eficiente, clientes chiques circulando na sala de espera de esmerada decoração. Regozijante saí do local com hora marcada para às 17:00h para atendimento ao meu caso em caráter de emergência.
Não foi ímproba a forma como consegui hora para aquele mesmo dia. Realmente o problema demandava urgência, porém no fundo havia um quê de malícia, intenção de burlar o regulamento a fim de acelerar um diagnóstico para a minha dor que se espalhava até a região do trapézio. Mais especificamente pretendia conseguir ser contemplada com um tratamento dentário de custo accessível à minha burra vazia e por profissionais tão bem qualificados como aqueles do SESC.
E o tempo passou. Desanimada, mais tarde, saía eu da consulta com um pedido de RX panorâmico, e a instrução para telefonar em Setembro a fim de saber quando as inscrições para o sorteio de vagas, para um tratamento dentário por lá, serão abertas.
Voltarei então à minha varanda, agora para pedir à minha estrela de Julho, vista no céu daqui mesmo do Brasil, que apazigúe esta minha dor até quando, e se, eu ganhar uma vaga para retornar ao dentista.
Soaroir Maria de Campos –5/7/06
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