Soaroir
26/3/13
somos
isso,
aquilo,
sempre
gente
pintando
seu arco-iris.
Somos isso,
somos aquilo,
sempre gente -
pintando seu arco-iris.
terça-feira, março 26, 2013
domingo, março 24, 2013
Hálito de Outono
imagem/google
Chegou Outono – os bosques já lançaram
As últimas folhas de seus galhos nus;
Um hálito do frio Outono – congela a estrada
E segue murmurando ao redor do moinho
(tradução livre de fragmentos da poesia de Pushkin)
"I
Октябрь уж наступил — уж роща отряхает
Последние листы с нагих своих ветвей;
Дохнул осенний хлад — дорога промерзает.
Журча еще бежит за мельницу ручей,
Но пруд уже застыл; сосед мой поспешает
В отъезжие поля с охотою своей,
И страждут озими от бешеной забавы,
И будит лай собак уснувшие дубравы.
(...) "
sábado, março 23, 2013
Quando eu pensava...
Relampejos de Relamboias
Soaroir
22/07/2005
Faz tempo entrei neste mundo.
Acompanhei a virada do século,
Já fiz muitos juramentos à Bandeira,
Vi três papas e queda de presidentes...
Por acá já fiz de tudo
Mesmo sem muita arte.
Escrevi sobre coisas, fiz versos,
Em certames fui parte,
Pari filhos, tive trabalho,
Até já fui de casa dono.
Agora, compulsório aposentado,
Garimpando o descarte,
Sem patrono ou nunciatura,
Rogo pra não combalir,
E dar a meu filho formatura,
Que como qualquer brasileiro
Precisa da sorte abolir
A carência neste celeiro.
Embora não garanta futuro
Ser somente letrado
Por aqui também tem que ter
O nome por tempo lembrado;
Estar na lista do Mensalão,
Ser político abastado,
Digno de habeas corpus
Pra ter da polis a abênção.
Soaroir
22/07/2005
Faz tempo entrei neste mundo.
Acompanhei a virada do século,
Já fiz muitos juramentos à Bandeira,
Vi três papas e queda de presidentes...
Por acá já fiz de tudo
Mesmo sem muita arte.
Escrevi sobre coisas, fiz versos,
Em certames fui parte,
Pari filhos, tive trabalho,
Até já fui de casa dono.
Agora, compulsório aposentado,
Garimpando o descarte,
Sem patrono ou nunciatura,
Rogo pra não combalir,
E dar a meu filho formatura,
Que como qualquer brasileiro
Precisa da sorte abolir
A carência neste celeiro.
Embora não garanta futuro
Ser somente letrado
Por aqui também tem que ter
O nome por tempo lembrado;
Estar na lista do Mensalão,
Ser político abastado,
Digno de habeas corpus
Pra ter da polis a abênção.
quinta-feira, março 21, 2013
Tomates na Janela
Quando a semente é boa, não importa em que solo é semeada...
Soaroir 21/3/13
Fotos por Tucalipe/20/3/13- Tomates na Janela
24/3/13
14/2/13
segunda-feira, março 18, 2013
Inverno - Tempo Mole
Tempo Mole
Arruando vai-se o Verão
Lá pras bandas de Lisboa
À espera da ocupação
O Inverno já ecoa
(Tal) qual um moço de frete
Devagar vem nos aborda
Cortando como gilete
Trás garoa de companheira
Que às vezes vira toró
Não quais chuvas de Bandeira.
(Desigual(ais) às de Bandeira)
(Desigual(ais) às de Bandeira)
sábado, março 16, 2013
Mangangá
Bumblebee
Copyright Soaroir 16/3/13
(Foto Albino P de Paiva)/google -http://olhares.uol.com.br
Who art thou…
Bumblebee?
- Bee, bee, bee!
What from me?
- Gee…whiz!
Go, go – see?
You´re free!
- Great would be
A cup of tea?
Won’t you bite me?
Quem és tu ...
Mangangá?
- Abelha, abelha, abelha!
O quê de mim?
- Poxa ... arre!
Vá, vá* - vês?
Sois* livre!
- Ótimo seria...
Uma xícara de chá?
Não irás me picar?
* ( licença poética)
sexta-feira, março 15, 2013
Pensamentos
Verso Avulso
Copyright Soaroir 15/3/13
Poesia...
Energético poderoso
Uma só dose ao dia
Faz viver ser mais gostoso...
Salut!
imagem/google
Copyright Soaroir 15/3/13
Poesia...
Energético poderoso
Uma só dose ao dia
Faz viver ser mais gostoso...
Salut!
imagem/google
segunda-feira, março 11, 2013
Réplica à Poesia Triste
Soaroir -15-7-12
Caríssima de poesia triste
A roda é da fortuna, e gira
Se o fado lhe parece em riste
Dancemos juntos mais um vira.
Dedicado a Anna K
Caríssima de poesia triste
A roda é da fortuna, e gira
Se o fado lhe parece em riste
Dancemos juntos mais um vira.
Dedicado a Anna K
domingo, março 10, 2013
Reinvenção da Carne
Poesia de Tinteiro
Por Soaroir de Campos
Foto/arte by Tucalipe
Quando minha poesia
Saía do tinteiro
No caos, sem tirania...
Poeta era casulo
Paria borboletas;
Cuspia abelhas
Lambia favos
(Em vôo rasgante)
Disseminava polens
Polemizava cernes
Mordia a carne
Reinventava a vida -
Premendo os vãos...
Soaroir 10/3/13
Sobretudo
Sobretudo
©Soaroir de Campos
imagem google
No desmanche -
Do que vi e senti
Nem uma gota
Passa pelos arneses;
Sem viço
Desd´a pele
Só tênue réstia
Alumia as frestas
Ocultas, sim -
Para defender:
Primordial sobejo
De crença e força...
SP/10/03/13
Não adianta discutir com o inevitável. O único argumento disponível contra o vento de leste é vestir o sobretudo. Lowell, James R. (1819/1891) in “Resignação”
sábado, março 09, 2013
O Poeta e a Poesia
Poesia, Abelha Solitária
Por Soaroir de Campos
Março 2013
imagem google/ReinodaNatureza
O poeta - membro da chusma -
sabe-se soberano
no prélio das controvérsias
Entre deuses e homens
transpira pela abelha solitária
Que lambe os olhos
e os suores do poeta...
(Para o Grupo Luna&Amigos
Varal nº 14 - Tema: "O Poeta e a Poesia")
NOTA: Este é uma adaptação de meu texto: “Da Poesia e do Poeta” in http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2547258
Por Soaroir de Campos
Março 2013
imagem google/ReinodaNatureza
O poeta - membro da chusma -
sabe-se soberano
no prélio das controvérsias
Entre deuses e homens
transpira pela abelha solitária
Que lambe os olhos
e os suores do poeta...
(Para o Grupo Luna&Amigos
Varal nº 14 - Tema: "O Poeta e a Poesia")
NOTA: Este é uma adaptação de meu texto: “Da Poesia e do Poeta” in http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2547258
sexta-feira, março 08, 2013
Cronópio Significado
"O que é "Cronópio"?
foto por Soaroir/na Av. Paulista
.O que é cronópio? Essa foi a pergunta que fiz a mim mesma quando li essa palavra em algum texto que não me lembro qual foi, nem quando foi... Fiquei curiosa para descobrir seu significado, e ao pesquisar percebi que eu me identificava com sua definição... Acredito que os cronópios possuem uma visão diferente do mundo, são aqueles que sonham demais, amam demais, criam demais, viajam demais e se iludem demais. Iludem-se por optarem pelo lado subjetivo das coisas e que por isso acabam não vendo maldade em nada... São aqueles que preferem ver por de trás da superfície, que muitas vezes fecham os olhos para sentir e escutam a voz do coração como ninguém.
"Cronópios são uns serezinhos duvidosos inventados por Julio Cortázar, escritor argentino, para reproduzir certos traços humanos muito freqüentes nas pessoas boas, ingênuas, irresponsáveis, alegres, sensíveis, temerárias, atrapalhadas, vacilantes, barrocas, amáveis. Se a pessoa se encaixar nestes traços, é um cronópio."
Cronópio – não é difícil ver que essa palavra se compõe da justaposição de dois vocábulos gregos: chrónos (tempo) e ópion** (a substância da famosa papoula, capaz de deixar a pessoa em estado de euforia seguido de um sono onírico). — Assim, penso que não ficaria mal se definíssemos os cronópios como seres entorpecidos pelo sentimento do tempo.
Um trecho do livro de Cortázar, Histórias de cronópios e de famas, explicaria melhor o seu significado:
"Um cronópio pequenininho procurava a chave da porta da rua na mesa-de-cabeceira, a mesa-de-cabeceira no quarto de dormir, o quarto de dormir na casa, a casa na rua. Por aqui parava o cronópio, pois para sair à rua precisava da chave da porta."
"Pois assim são os cronópios. Quando se põem a cantar suas canções preferidas, ficam tão empolgados que freqüentemente se deixam atropelar por caminhões e ciclistas. Ao contrário dos famas, que são práticos e calculistas, os cronópios são desordenados e líricos. Se saem de viagem, sempre encontram os hotéis cheios, perdem todos os trens, a chuva cai sem parar e os táxis se recusam a transportá-los porque estão tremendamente molhados. Mesmo assim, à noite, dizem-se com alegria: “Que bela cidade, que cidade belíssima”. Depois de dormir e sonhar que foram convidados para grandes festas naquela cidade, levantam-se contentíssimos no dia seguinte, pois é assim que os cronópios viajam." "
por Mariana Braga Guimarães às 13:22/Março de 2010
(Republicação aguardando autorização da autora - http://pensamentosdeumacronopia.blogspot.com.br)
Los derechos humanos de la mujer
"Los derechos humanos de la mujer y de la niña son parte inalienable, integrante e indivisible de los derechos humanos universales. La plena participación, en condiciones de igualdad, de la mujer en la vida política, civil, económica, social y cultural en los planos nacional, regional e internacional y la erradicación de todas las formas de discriminación basadas en el sexo son objetivos prioritarios de la comunidad internacional."
(Declaración y Programa de Acción de Viena, parte I, párrafo 18) (recebido de Isabel I. Zuluaga)
segunda-feira, março 04, 2013
Time to Say No
Diga Não à Opressão!
S.O.S. Para as Mulheres Sertanejas
By Soaroir de Campos
Março/2013
Meu background bem me permite saber o que é ter uma VIDA seca e, pelo 38º (ONU) Dia Internacional da Mulher, peço vênia para rogar por aquelas dos sertões (¹) brasileiros.
Não que outras de áridas culturas e lugares mereçam menos socorro, entre tantas as indianas, onde "Meninas são inferiores. Fardos. São mais fracas para o trabalho braçal. Valem menos do que um touro. Não cuidarão dos parentes idosos, se necessário. Tornam-se cidadãs de 2ª classe, a seguirem seus maridos como cães... Não merecem ser ouvidas, vistas ou respeitadas”.~ Rama Mani*
Entretanto, nasci neste continente sul americano onde desfrutamos de toda a liberdade que nos propõem e a nós dispõem. Por aqui estudar não é proibido, pelo contrário, o incentivo aos estudos garantiu ao nosso ex-presidente, já com 80 títulos, mais uma vez ser intitulado Doutor Honoris Causa. Neste solo a lei nos garante o divórcio, ser gay ou lésbica depende do livre arbítrio, ser macumbeiro ou testemunha de Jeová também. Mas, ainda, temos sonhos. Os meus foram pisar no sagrado chão das inacessíveis catedrais, dividir os palcos com as ciências e com as artes imortais e, a qualquer custo, me manter distante da frisa dos ignorantes. Quase desisti diante dos desafios, logo após o primeiro ato.
A Grande Muralha da China, Machu Picchu, Everest, ah, nada que me tirasse o fôlego constava de meus projetos. Talvez ir a Jordânia ver de perto o monumento de Petra, voltar ao Rio e fazer poesia sob os Arcos da Lapa... Coisas assim, simples, de meros mortais foi o que sonhei... Mas eu me quedei em prol da educação de meus dois filhos hoje cientistas. Mas isso faz décadas. Hoje estou velha e pouco, efetivamente pouco vejo para o futuro da mulher anciã. E garanto: é coprológico envelhecer independentemente do lugar. Tem a volta do velho bidê, criados mudos e geriátricos panos de fundo; buço grosso em lábios finos, gengiva baixa em boca murcha; corpo leve em amplo colchão marcado por lembranças e manchas de tempos e de corpos dantes perfumados de “Royal Brial” e “Old Spice”. Contudo, diante do meu prato cheio, da água mineral, do gás encanado e dos recursos providos pela tecnologia, eu ainda sonho, mas sigo em frente lambuzada de protetor solar para desestimular o lúpus eritematoso. Diferentemente da irmã sertaneja que de couro curtido, após um dia de labuta, se estira em uma tarimba, que com sorte, coberta por uma esteira de tabúa.
Para ela, o seu maior sonho não é ter de volta os dentes, já que o que lhe sobrou para mastigar foram os mesmos sobejos engolidos por seus ascendentes. Tampouco ser analfabeta lhe pesa. Ela - não canta ou dança ao folclórico som mais conhecido de sua região - ajoelha-se e pede a Deus que não permita que suas tripas consumam sua fé enquanto aguarda por uma cuia de maná - limpa os olhos marejados, encardidos, amarelados pela fumaça da lamparina e a inanição e replica que Ele tenha piedade e mande chuva para que a cacimba volte a minar e o milho e o feijão voltem a brotar.
Em seu casebre de chão batido e cobertura de sapê, ela se roça no fogão a lenha balangando no ar a magra mão sobre uma velha vasilha enferrujada com resquícios do último ensopando de caruru fervido na água apodrecida. E reza: por um caminhão pipa, por água para beber – bolsa família (75,00) seria uma benção, se tivesse onde comprar uns grãos -. Oh Deus! Ela treplica, só queria ver a terra brotar (antes que nela eu me deite) e através de meu suor calar a boca do meu estômago e a dos meus filhos famintos.
E, como seus antepassados, esperança em seu “Padin Padre Ciço” de não ser enterrada como indigente e solta o ultimo suspiro prometendo aos filhos que um dia tudo ainda vai miorá.
(Texto sem revisão)
¹ 1. Lugar inculto, afastado de povoações.
2. Floresta no interior de um continente, longe da costa.
* Rama Mani é escritora, diretora de cursos do Centro de Política de Segurança de Genebra e membro do Conselho da “Coalizão Global: Mulheres Defendendo a Paz”, autora dos livros de jornalismo político, entre outros, Beyond Retribution: seeking justice in the shadows of war (2002) e Physically Handicapped in Índia, policy programme (1988).
Mini Biografia:
Soaroir Maria de Campos – Campos dos Goytacazes – RJ,/Brasil 1947. Entre contos e crônicas tem nove antologias de poemas publicadas. Professora aposentada é membro da AVSPE, Poetas del Mundo, Recanto das Letras, Luso Poemas, e outros.
Blog: http://pote-de-poesias.blogspot.com.br/
E-mail: soaroir@yahoo.com
Para: Pen Club.at
S.O.S. Para as Mulheres Sertanejas
By Soaroir de Campos
Março/2013
Meu background bem me permite saber o que é ter uma VIDA seca e, pelo 38º (ONU) Dia Internacional da Mulher, peço vênia para rogar por aquelas dos sertões (¹) brasileiros.
Não que outras de áridas culturas e lugares mereçam menos socorro, entre tantas as indianas, onde "Meninas são inferiores. Fardos. São mais fracas para o trabalho braçal. Valem menos do que um touro. Não cuidarão dos parentes idosos, se necessário. Tornam-se cidadãs de 2ª classe, a seguirem seus maridos como cães... Não merecem ser ouvidas, vistas ou respeitadas”.~ Rama Mani*
Entretanto, nasci neste continente sul americano onde desfrutamos de toda a liberdade que nos propõem e a nós dispõem. Por aqui estudar não é proibido, pelo contrário, o incentivo aos estudos garantiu ao nosso ex-presidente, já com 80 títulos, mais uma vez ser intitulado Doutor Honoris Causa. Neste solo a lei nos garante o divórcio, ser gay ou lésbica depende do livre arbítrio, ser macumbeiro ou testemunha de Jeová também. Mas, ainda, temos sonhos. Os meus foram pisar no sagrado chão das inacessíveis catedrais, dividir os palcos com as ciências e com as artes imortais e, a qualquer custo, me manter distante da frisa dos ignorantes. Quase desisti diante dos desafios, logo após o primeiro ato.
A Grande Muralha da China, Machu Picchu, Everest, ah, nada que me tirasse o fôlego constava de meus projetos. Talvez ir a Jordânia ver de perto o monumento de Petra, voltar ao Rio e fazer poesia sob os Arcos da Lapa... Coisas assim, simples, de meros mortais foi o que sonhei... Mas eu me quedei em prol da educação de meus dois filhos hoje cientistas. Mas isso faz décadas. Hoje estou velha e pouco, efetivamente pouco vejo para o futuro da mulher anciã. E garanto: é coprológico envelhecer independentemente do lugar. Tem a volta do velho bidê, criados mudos e geriátricos panos de fundo; buço grosso em lábios finos, gengiva baixa em boca murcha; corpo leve em amplo colchão marcado por lembranças e manchas de tempos e de corpos dantes perfumados de “Royal Brial” e “Old Spice”. Contudo, diante do meu prato cheio, da água mineral, do gás encanado e dos recursos providos pela tecnologia, eu ainda sonho, mas sigo em frente lambuzada de protetor solar para desestimular o lúpus eritematoso. Diferentemente da irmã sertaneja que de couro curtido, após um dia de labuta, se estira em uma tarimba, que com sorte, coberta por uma esteira de tabúa.
Para ela, o seu maior sonho não é ter de volta os dentes, já que o que lhe sobrou para mastigar foram os mesmos sobejos engolidos por seus ascendentes. Tampouco ser analfabeta lhe pesa. Ela - não canta ou dança ao folclórico som mais conhecido de sua região - ajoelha-se e pede a Deus que não permita que suas tripas consumam sua fé enquanto aguarda por uma cuia de maná - limpa os olhos marejados, encardidos, amarelados pela fumaça da lamparina e a inanição e replica que Ele tenha piedade e mande chuva para que a cacimba volte a minar e o milho e o feijão voltem a brotar.
Em seu casebre de chão batido e cobertura de sapê, ela se roça no fogão a lenha balangando no ar a magra mão sobre uma velha vasilha enferrujada com resquícios do último ensopando de caruru fervido na água apodrecida. E reza: por um caminhão pipa, por água para beber – bolsa família (75,00) seria uma benção, se tivesse onde comprar uns grãos -. Oh Deus! Ela treplica, só queria ver a terra brotar (antes que nela eu me deite) e através de meu suor calar a boca do meu estômago e a dos meus filhos famintos.
E, como seus antepassados, esperança em seu “Padin Padre Ciço” de não ser enterrada como indigente e solta o ultimo suspiro prometendo aos filhos que um dia tudo ainda vai miorá.
(Texto sem revisão)
¹ 1. Lugar inculto, afastado de povoações.
2. Floresta no interior de um continente, longe da costa.
* Rama Mani é escritora, diretora de cursos do Centro de Política de Segurança de Genebra e membro do Conselho da “Coalizão Global: Mulheres Defendendo a Paz”, autora dos livros de jornalismo político, entre outros, Beyond Retribution: seeking justice in the shadows of war (2002) e Physically Handicapped in Índia, policy programme (1988).
Mini Biografia:
Soaroir Maria de Campos – Campos dos Goytacazes – RJ,/Brasil 1947. Entre contos e crônicas tem nove antologias de poemas publicadas. Professora aposentada é membro da AVSPE, Poetas del Mundo, Recanto das Letras, Luso Poemas, e outros.
Blog: http://pote-de-poesias.blogspot.com.br/
E-mail: soaroir@yahoo.com
Para: Pen Club.at
Quando a Musa Canta
By Soaroir 04/3/13
Com suave canto
Dita-me a musa
Rimas sonoras
Que atiçam
Revolvem
Mudas memórias
De edens,
Tormentas,
De númens;
De câmaras,
De homens, de deuses...
Nem sempre bucólicas!
Com suave canto
Dita-me a musa
Rimas sonoras
Que atiçam
Revolvem
Mudas memórias
De edens,
Tormentas,
De númens;
De câmaras,
De homens, de deuses...
Nem sempre bucólicas!
domingo, março 03, 2013
A Mulher...boazinha
(reedição)
A Mulher "Boazinha"
Somos gente, fazemos parte da nação, do Planeta. Determinar um só dia para comemorar seja lá que data for, a mim deixa a impressão de que se precisa de um dia para pedir perdão ou desculpas. Como por exemplo, hoje, Dia Internacional da Mulher.
Hoje todos nos defendem, querem nos proteger e até nos fazem belos poemas. Hoje somos mulheres “boazinhas”, “coitadas”, “contextualizadas”, dignas de flores. Esta beata necessidade de declamações uma vez ao ano a essa mulher “boazinha”, de alguma forma soa como mais uma discriminação velada, já que não temos o dia dos homens.
Não somos toda essa beleza e formosura que fantasiam reconhecer somente em dias de mulheres. Somos também paus e pedras, composição hormonal, perigo iminente.
Desconstruimos gente, assaltamos lares, aceitamos ser amantes.
Somos voluntariado, ou neurótico caminho. Não temos meios termos, podemos um dia ser rosa e no outro insuportável espinho. Além de petulantes, somos malvadas, mesquinhas e revoltadas; temos vícios, masturbações, prostituições, especialmente se carentes.
Na estratégia fazemos inveja aos grandes senhores da guerra. As armas que dispomos e usamos com maestria, embora herdadas são irreveláveis até mesmo em confissão.
Somos gente, pessoas normais que a Natureza quis tivéssemos um útero e dois ovários para parir e preservar a espécie, para o que facilmente viramos bichos, feras que se acuadas ou coagidas não reconhecem limites para a sua sanha. Nas injustiças, fomes e misérias somos os piores adversários que alguém pode querer.
Somos gente que como tal querem ser tratadas. No more, no less.
Não somos deusas, só imortais!
Soaroir Maria de Campos
08/03/07
(uma inspiração sem transpiração, por isso não considerem os erros. Afinal.. hoje sou só mais uma mulher boazinha…)
por Soaroir em 08/03/2007
Código do texto: T405274
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