Ingenuidade do Homem
By Soaroir
29/03/2012
Gilbert Garcin, Change the World, 2001.
Não chega a ser antropofobia, mas cada dia mais diminui minha admiração pelos seres humanos, que em seus pacotes herméticos com fissuras voltadas somente às próprias trouxas de preceitos e intolerâncias, como se somente o outro precisasse de remédio para dor, não deixa brecha para os que vivem em diferentes embrulhos.
Neste reino tão, tão distante do meu canhestro mundo começo a ter medo de gente. Já não sei mais quando abrir a boca, me interessar pelo problema do próximo ou procurar saber o resultado de determinado assunto a mim relatado. Além me ater “vou bem” quando me perguntam “como vai?”, fico cada vez mais distante do pertencer a alguma coisa, lugar, associações em geral. Isso me faz sentir na pele do poeta: Nunca conheci quem tivesse levado porrada.¹ ,pago mico, sentisse necessidade de reaprender ou se reinventar.
Tudo é tão previsível! O final dos contos, o arremate dos sonetos, o desfecho dos crimes; o retorno do herói e a volta para o passado...Chega a ser bucólico ver a ingenuidade do homem de boa fé.
sexta-feira, janeiro 24, 2014
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