segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Eu Gaia
EU GAIA
por Soaroir Maria de Campos
imagem google
Na ciência despertei da evolução
que hoje busca no espaço filial.
De Deus sou celestial criação
para os seres vivos um quintal.
Sou azul, já fui fértil e lata,
abandonada, jogada num tipiti,
extraíram minhas riquezas
dos solos onde eu vos acolhi.
Embalada nos lixos da evolução
me sufoco, asfixiada morro.
Ameaça toda essa devastação,
carecer mais de socorro
Com a incúria então me debato;
não abdico, excedo pra me acudir.
Desenraizada pereço, me desato...
em lágrimas onde vou submergir.
Censuram enquanto desenlaço,
retumbam gritos que morro;
eu guincho enquanto desfaleço,
esperando de todos o socorro.
Não basta somente a caneta
ou uma pena coativa.
Protejam Gaia, o Planeta
impetrante na poesia coletiva.
copyright Soaroir M de Campos
Fev. 25/2/07
por Soaroir Maria de Campos
imagem google
Na ciência despertei da evolução
que hoje busca no espaço filial.
De Deus sou celestial criação
para os seres vivos um quintal.
Sou azul, já fui fértil e lata,
abandonada, jogada num tipiti,
extraíram minhas riquezas
dos solos onde eu vos acolhi.
Embalada nos lixos da evolução
me sufoco, asfixiada morro.
Ameaça toda essa devastação,
carecer mais de socorro
Com a incúria então me debato;
não abdico, excedo pra me acudir.
Desenraizada pereço, me desato...
em lágrimas onde vou submergir.
Censuram enquanto desenlaço,
retumbam gritos que morro;
eu guincho enquanto desfaleço,
esperando de todos o socorro.
Não basta somente a caneta
ou uma pena coativa.
Protejam Gaia, o Planeta
impetrante na poesia coletiva.
copyright Soaroir M de Campos
Fev. 25/2/07
Esporádica
De Euna Britto de Oliveira
A escuridão tem ciúme da luz!
Impede-a.
A luz é uma visitante ilustre!
Despede-a...
Beijo e abraço minha própria solidão
Pra ver se ela foge...
Solidão não gosta de gente, não!
Errática, a afinidade se perde
Numa área grande e desértica...
Observo que sou esporádica.
De vez em quando
Apareço!
De vez em quando
Sumo...
De vez em quando
Converso.
Tomei sumo de folhas de cadernos...
Escrevo.
Escrevo versos brancos...
Fev. 2007
A escuridão tem ciúme da luz!
Impede-a.
A luz é uma visitante ilustre!
Despede-a...
Beijo e abraço minha própria solidão
Pra ver se ela foge...
Solidão não gosta de gente, não!
Errática, a afinidade se perde
Numa área grande e desértica...
Observo que sou esporádica.
De vez em quando
Apareço!
De vez em quando
Sumo...
De vez em quando
Converso.
Tomei sumo de folhas de cadernos...
Escrevo.
Escrevo versos brancos...
Fev. 2007
sábado, fevereiro 24, 2007
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
sábado, fevereiro 17, 2007
Catassol
Se foi o medo quem criou Deus
Ele também mostra num instante
A cor do amor no sopro da beleza
Que mesmo enquanto se torna litura
Faz parte da Natureza
Mantendo o colorido restante
Do passado preso na pintura
Das montanhas onde vislumbro o amanhã
Enquanto do descampado vem o vento
Alisando os meus cabelos já gris
Contra o sol do deserto dos tempos
Que a pele engorvinhou com alento,
Minh’alma colhe um novo matiz.
©Soaroir 23/07/06
As malhas de um sonho
Ontem sonhei.
Sonhei com minha gente.
Era vó Mila tricotando
Uma blusa que via de frente.
Há tanto sem afeto,
Que o carinho neste sonho
Acordou-me satisfeita,
Alegre. Menos carente.
Era só a frente da blusa
Bege, fazendo um V no meio
Da cor vinho bem na frente.
Arrematando acima do peito
E na barra um friso branco.
Experimentei tão contente,
Mas pedi lhe para encompridar.
Coisas que só vó faz pra a gente!
Assim que acabei de acordar,
Pensei naquela mensagem:
"Guardava ela o meu lugar"?
Depois entendi claramente:
Estava me passando o bastão.
Do céu, cuidando da gente,
Pedia pra eu rematar,
Com mais fé e devoção.
©Soaroir Maria de Campos – 14/03/05
Publicado na Ciranda Sonhos
Em Ciranda de Letras - Nº 32
Cativeza - Acrostico
Tanto para o bem, quanto para o mal
Vamos todos livres por ai
Desrespeitando a faculdade de a e b
Assassinando o transeunte
Capando direitos, o ir, ouvir
Servidão, ecológicos apartheid
Mercando a vida, acanhando a escola
Nomeando líderes do underground
O que fizemos com você Liberdade!
Soaroir Maria de Campos
São Paulo – Brasil
Janeiro, 28-2007
Publicado na Ciranda AVSPE Ensaio Poético Liberdade - Nº 28
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
terça-feira, fevereiro 13, 2007
domingo, fevereiro 11, 2007
Depoimentos de mim poeta
Foto de Patricia Scott Edição de Turra Ossau
Sou velha como uma borboleta,
nova como um carvalho,
ladina como um pé de couve.
Escrevo porque gosto,
se quer sei muito bem fazê-lo.
Vou passando a limpo os rabiscos do tempo.
Nesse meio tempo esvazio gavetas e armários
que ontem estiveram repletos de papéis,
especialmente o de ignorante tolo;
vou arquivando o psicótico e cortando
as relações do neurótico com o perverso.
Amanhã poderei ser
simplesmente tola sábia.
Enquanto isso vou aprendendo
sobre as coisas do bem e do mal.
Escrevo como quem faz arte de rua:
sem holofotes ou palcos brilhantes,
ou fantasias elegantes. Só penso, enquanto posso, e escrevo
enquanto enxergo.
É pouco? Sim, muito pouco.
Mas já fui de Blake, a inspiração para seu Grande Dragão Vermelho
de Homero, o prazer estético e ensinamento moral
Shakespeare, me vestiu de longo com fitas nos cabelos
Cervantes, me aceitou e me levou em sua jornada
Vinícius, me chamava de mulher amada
Bilac, me deu uma bandeira
Drummond, deixou uma pedra no meu caminho
Poe, me transformou em assombração
Pessoa, me nomeiou ridícula
Camões, bucolicamente me satirizou
Gonçalves Dias me disse Ainda uma vez... Adeus.
Mas não me importo
se hoje sou apenas poeta.
©Soaroir Maria de Campos – Nov.19/2006
Publicado na Ciranda Depoimento de Mim Poeta
Em Ciranda de Letras - Nº 67
nova como um carvalho,
ladina como um pé de couve.
Escrevo porque gosto,
se quer sei muito bem fazê-lo.
Vou passando a limpo os rabiscos do tempo.
Nesse meio tempo esvazio gavetas e armários
que ontem estiveram repletos de papéis,
especialmente o de ignorante tolo;
vou arquivando o psicótico e cortando
as relações do neurótico com o perverso.
Amanhã poderei ser
simplesmente tola sábia.
Enquanto isso vou aprendendo
sobre as coisas do bem e do mal.
Escrevo como quem faz arte de rua:
sem holofotes ou palcos brilhantes,
ou fantasias elegantes. Só penso, enquanto posso, e escrevo
enquanto enxergo.
É pouco? Sim, muito pouco.
Mas já fui de Blake, a inspiração para seu Grande Dragão Vermelho
de Homero, o prazer estético e ensinamento moral
Shakespeare, me vestiu de longo com fitas nos cabelos
Cervantes, me aceitou e me levou em sua jornada
Vinícius, me chamava de mulher amada
Bilac, me deu uma bandeira
Drummond, deixou uma pedra no meu caminho
Poe, me transformou em assombração
Pessoa, me nomeiou ridícula
Camões, bucolicamente me satirizou
Gonçalves Dias me disse Ainda uma vez... Adeus.
Mas não me importo
se hoje sou apenas poeta.
©Soaroir Maria de Campos – Nov.19/2006
Publicado na Ciranda Depoimento de Mim Poeta
Em Ciranda de Letras - Nº 67
Cordel Virtual
neste holográfico atilho
o cordel deitou na rede
mantém o mesmo amarrilho
não desata ou desafina
sem perder o encantamento
ele segue a douta sina
sem nenhum raleamento.
o que o difere de antanho
não é o ritmo nem o tom
mas o largo riso e o cenho
que vinham juntos do dom.
sendo eu bem realista
de cordel entendo nada
deixo aqui esta missão
pro verdadeiro repentista
a quem rogo uma abenção
pra este falso cordelista.
Soaroir
Fev. 10-07
Que faço com quatro mãos
Pouco, muito pouco faço se a única fosse eu a tê-las.
Sou de Blake, a inspiração para seu Grande Dragão Vermelho
de Homero, o prazer estético e ensinamento moral
Shakespeare, me veste de longo e me põe fitas nos cabelos
Cervantes, me aceita e me leva em sua jornada
Poe, me transforma em assombração
Drummond, deixa uma pedra no meu caminho
Pessoa, me nomeia ridícula
Bilac, me desenha uma bandeira
Camões, bucolicamente me satiriza
Vinícius, me chama de mulher amada
Gonçalves Dias me diz Ainda uma vez... Adeus.
eu, pouco, muito pouco faço com quatro mãos
se sou a única a tê-las viro handicapped
deficiente, aleijão, matéria de pesquisa, atração.
©Soaroir Maria de Campos – Nov.19/2006
Sou de Blake, a inspiração para seu Grande Dragão Vermelho
de Homero, o prazer estético e ensinamento moral
Shakespeare, me veste de longo e me põe fitas nos cabelos
Cervantes, me aceita e me leva em sua jornada
Poe, me transforma em assombração
Drummond, deixa uma pedra no meu caminho
Pessoa, me nomeia ridícula
Bilac, me desenha uma bandeira
Camões, bucolicamente me satiriza
Vinícius, me chama de mulher amada
Gonçalves Dias me diz Ainda uma vez... Adeus.
eu, pouco, muito pouco faço com quatro mãos
se sou a única a tê-las viro handicapped
deficiente, aleijão, matéria de pesquisa, atração.
©Soaroir Maria de Campos – Nov.19/2006
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