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segunda-feira, agosto 31, 2009

Se beber, não escreva...

Existe uma correlação entre a estrada e a escrita. As duas precisam de sinalizações, uma boa pista, liberdade, consciência, maturidade e experiência. Tanto na estrada quanto na escrita as pessoas viajam, maravilham-se, encantam-se e choram diante da beleza. Mas a ligação está para além destes adjetivos e qualidades correlacionais.
A campanha “Se Beber Não Dirija” deve ser ampliada para “Se Beber Não Escreva”. Alguns causam danos irreparáveis para muitas vidas. A escrita é uma pista que pede atenção! Algumas pessoas levam para a sepultura inocentes. Pessoas sofrem mesmo quando não tem nada a ver com a delinqüência de quem escreve. Se os critérios estão exigentes para uma habilitação de motorista, para o escritor não deveria ser diferente. Sendo então permitido viajar bastante com as palavras, atrevo-me a escrever que chegará o momento em que para se conseguir uma habilitação de motorista os candidatos deverão conhecer Grande Sertão Veredas, Dom Casmurro, Contos de Adão e Eva, Ressurreição, Sonetos de Amor, Vidas Secas, O Quinze, Crônicas da província do Brasil e muitos outros livros que deveriam ser lidos para se respeitar à vida.
Portanto, segue o apelo – Se Beber Não Escreva!
Por: Cristo Marques

As teias da vida

©Soaroir 31/8/09



Ao atirar uma pedra não se tem o destino dela
Se atinge um lago abre um rombo na água
E no peixe que segue para as nascentes
Altera a piracema
E os peixes que matam a fome
Dos homens que atiram pedras.


Mote: "Todos os homens estão presos numa teia inescapável de mutualidade;
entrelaçados num único tecido do destino. O que quer que afete a um diretamente,
afeta a todos indiretamente". (Martin Luther King Jr)


Emboscadas

Soaroir 30/8/09

Se mais dias tem um mês
E só um para o salário
Tudo fica mais precário
Mesmo à mão um regra-três

Precisa é ser um burguês
Ou público funcionário
Morando noutro cenário
Pra viver com altivez

Para quem é um bom freguês
Se afunda no bancário
Crédito que ao contrário
É débito no fim do mês!

mote: "o que ainda lhe surpreende?"

Desassossegados

Soaroir
29/8/08

... nos destinados a viver à beira do rio
naqueles a descer fortes correntezas
até nos meditabundos dos sopés
a depressão dos terrenos próximos se enreda
e as fendas do acaso, como monstro-de-gila
desenredam as paisagens costumeiras
adentram o sono e desertam o sonho
e desassossegam , e fere o tato
e fere os pés do corpo e da alma
que caminham para dentro.

domingo, agosto 30, 2009

Se beber não escreva...

Alvedrio
Soaroir
26/8/09


And so what?
(E dai ?)
Pagar contas ... opção ?
Deve ser dever
De cidadão
Quanto a cheiros...
Sei lá -
Prazer não se discute...
Empalem a minha voz
Se quiserem
Crucifiquem-me
Amarrem os bagos de um bisão
E a língua deste poeta...
Crucifiquem-nos se quiserem
A bel-prazeres...
E garbadge!

(queimem depois de ler)

sábado, agosto 29, 2009

pronta entrega III

(desassossegados)
Soaroir
29/8/08


imagem/fotomat/Coimbra


... nos destinados a viver à beira do rio
naqueles a descer fortes correntezas
até nos meditabundos das estepes e dos sopés
a depressão dos terrenos próximos se engendra
e as fendas do acaso, como monstros-de-gila
desenredam as paisagens costumeiras
adentram o sono e desertam o sonho
e desassossegam, e ferem o tato
e ferem os pés do corpo e da alma
dos predestinados que caminham
sangrentos para dentro.


Mote: Desassosego

Poema do Desassossego
(Maria Moura)

e é um tal desassossego isso que eu sinto
que já não sei se sou eu mesma que me expresso
ou se um outro eu é que me toma a frente e fala
enquanto no íntimo me escondo resguardada
acabrunhada com meu próprio sentimento
que já não segue meu comando
nem se cala...

pois já não sei se séria ou sorridente
melhor eu fale do que me vem à alma
que ora luta e vai em frente confiante
e ora pára.

parece até que de mim mesma me despi
pra me vestir com velhas roupas de um outro
tal qual mendigo que se troca sem pudores
se há outro trapo que melhor lhe cubra o corpo.

pois é um tal desassossego que me assola
e me assombra como um pesadelo antigo
que eu já nem sei se é fruto desse velho peito
o inferno onde por vezes me abrigo
ou se vem baforado lá de fora
o mau agouro que me insurge agora
como um assombro ou um desejo antigo, fora de hora...

Pronta Entrega II

Soaroir
28/8/09

...mas o amor tem mistérios e tem surpresas
imersos no silêncio das reflexões
dos fiapos ele acende novas chamas
recria a força, recria a luz e a graça
e a explosão das certezas!

MOTE:
"O nosso amor guarda certezas,
alem do tempo e da imaginação.
Chega-te a mim de manso, de mansinho
que o inverno já desponta no caminho.
E se há festa no mar, que é lua cheia,
se o amor de outono é feito de ilusão,
deixa que as ondas rolem sobre a areia,
deixa que as folhas rolem pelo chão."

Bom mote e ótimas inspirações para todos.
Beijos.

Mariah Bonitah.

sexta-feira, agosto 28, 2009

pronta entrega

(despedir-se com gratidão)
São Paulo - Soaroir de Campos
27/8/09

fonte Net/"Pescador" Obra de Raimundo Brandão Cela
* Sobral, CE - 19 de Julho de 1890 d.C + Rio de Janeiro,
RJ – novembro de 1954 d.C




















no esticar de braços subindo no plano inclinado
bebo sem parceria o sumo da despedida
(servido) num discreto gesto de adeus como se até logo
e depois da curva atrás da outra
ligeiro abaixo meu mascarado aceno
com a satisfação e o olhar de um pescador
embora coração diga fim...


mote: "despedir-se com gratidão"

UMA DESPEDIDA
Alfred Tennyson

Flua abaixo, riacho frio, para o mar,
Este tributo em onda entrega:
Nunca mais meus passos irão te seguir,
Para sempre e para sempre.

Flua, suavemente flua, pelo gramado e prado,
Um riacho, depois um rio:
Em parte alguma meus passos serão por ti,
Para sempre e para sempre.

Mas aqui suspirarão as folhas de tua árvore
E aqui estremecerá o teu arbusto;
E no entorno zumbirão as abelhas,
Para sempre e para sempre.

Mil sóis jorrarão sobre ti,
Mil luas reluzirao;
Mas não através do meu caminhar,
Para sempre e para sempre.

["A Farewell" by Alfred, Lord Tennyson - Versão Joseph Shafan]

segunda-feira, agosto 24, 2009

Pelas Chamas de Atenas



Oremos aos deuses
Para que a beleza
De Afrodite
Induza Hefesto
A imediatamente
Se aquietar
Pelo bem dos homens
E dos poetas.


Soaroir
24/8/09

o segredo dos espelhos

by Soaroir
24/8/09

imagem google

espelhos que não enfrento ou evito
são os de elevadores, cuja luz sai do teto
os de butiques – ah tão traiçoeiros!
e os de cabeleireiros? Galeria de horrores...
mas um não tenho como escapar
é aquele pendurado no meu banheiro
refletindo as entranhas mais veladas
da minha cara, corpo e alma
nuas somente a ele e ao meu travesseiro.

mote:
"Reflexões no espelho"
(Luís Fernando Veríssimo)

"Por onde a gente anda quando dorme
pra acordar com essa cara disforme
de quem fez o que não devia?

E este gosto na garganta
é o resto de que janta
de que secreta ambrosiana
de que gim ou malvasia?

E se só estivemos no leito
por que acordar deste jeito
com esse olhar de pouco assunto?

Prá onde vai meu ser noturno
prá me deixar assim soturno
e por que não me leva junto?"

domingo, agosto 23, 2009

Um Dueto de Sonhos

por Tta & Soaroir


Sonhos de menina ? Esses sim perdi-os...

Que sonhos tão lindos quem dera buscá-los.
Criança já sonha no berço se pressagia.
Na praia bolinhas de areia fazia.

Cabelos ao vento o mar a maresia
E tanta fantasia nas mãos e no entendimento
Quem dera esse dia

Carinha de lua tão séria e segura
Nas mãos uma varinha de fada rainha
Transforma as bolinhas da areia em sereia

Na terra do nunca que ela ampliava
Criança era eu viva e perspicaz
Brincava na praia de mar de paz

Que sonhos tão lindos …quem dera colhê-los
Sentada na areia tão afadigada
Meu éden de quimeras
De tta
23~08~09


Para T, de improviso


Réplica
by Soaroir
23/8/09


Bem diferentes dos teus, meus sonhos
Quando eu ainda menina
Se bem me lembro, faz tempo,
Era caçar papafumos¹
E depois do banho, correr
Correr sem tamancos
Atrás dos vagalumes²
Até a hora de dormir
Para começar de novo
E de novo n'outros dias
Vivendo por viver
Sem ideia do que esperar
Do outro lado da montanha
Que eu sonhava, naquele tempo
Ser um encantado lugar
Este em que vivo agora.


¹ libélulas
² pirilampos


Tréplica
(resposta)

De improviso



Teus sonhos como os meus
na alma ficaram .
Uns se desfizeram
outros se realizaram.
Mas aos que guardamos
esperam a vez
de nos encantar.
Reconhidos estão
no nosso coração
Mas que lindos sonhos
tu e eu tivemos
Crianças felizes
meninas de mistérios
Essas quando jovens
sonhos eram ansias
de outros deslumbramentos....
Mas quem há que não tenha
sonhos , que nos espantem
pois tão livre é o pensamento
e maior é o desejo
não me queixo
Espero ainda ter a sorte pressagiada
pelo pássaro azul
carinho tetita

poesia em cobre

by Soaroir de ampos



enquanto não vira platina.

sonhos esquecidos

by Soaroir 23/8/09


como memória de odores e gostos
os sonhos sonhados ficam esquecidos
até serem evocados pela emoção
(e vê-los por outros realizados);
ou em algum lugar ficam arquivados
por serem meramente sonhos
impossíveis quando despertados;
ou atacados pela demência
para o sonhador na velhice
não sofrer por ter sonhado
sonhos não merecidos;
ou como o vago sonhador
que velhos sonhos ele descarta
como faz com um celular
logo que substituído.




mote do dia: por Marcelo Bancalero

não sei porque...

by Soaroir
São Paulo 22/8/09


vistas pelo vidro do postigo
lá há vidas antes da morte

cá dentro entre os vapores
engastados cristais do tempo
se mesclam nos cabelos de agosto

ante a galeria de descoloradas fotos
reveladas lá fora, no verão

ainda as mesmas dedicatórias

não sei porque não desbotam
também de dentro pra fora...



está tão frio aqui q n dá p nada romântico


Soaroir
Publicado no Recanto das Letras em 23/08/2009
Código do texto: T1769364

sábado, agosto 22, 2009

reciclagem

by Soaroir 21/8/09

imagem/net



Há grandes destinos
Para corpos bem alimentados
Mentes recicladas
E morangos plantados no inverno .

quinta-feira, agosto 20, 2009

Felicidade segundo Soaroir III

20/8/09

feliz parece um cara relaxado
não se vê como o miolo do pão
difere do oposto cidadão
que sempre aparenta andar engomado.

pra mim felicidade é energia
e não sempre manter-se à vista os dentes;

é um riso, um olhar, um semblante –

luminoso na aura do contente..

não me pergunte como, mas eu sinto
onde uma raiz infeliz se oculta
ora venenosa como cicuta
noutra bem camuflada no absinto

pra mim infelicidade é uma rota
seguida por alguns umbigos do mundo;

lá nenhuma derrota é aceita –

mas valias depostas em segundos...

quarta-feira, agosto 19, 2009

TÔ CHEIO

Soaroir 19/8/09


três dias tenho coragem
quatro procuro vigor
por carestia, motivos...
falha no motor?
semblantes e sobrancelhas
atestam falta de risos
acenos, e meneios de cabeça –
e um dia de folga.

quando é preciso voltar

Soaroir 19/8/09


um escudo
volta com o peso bruto
quando é preciso retornar
e girar o caleidoscópio
contra a luz interior

a beleza que ainda reflete
agradáveis combinações
num retorno inevitável
não repete as figuras

o herói
avista os estragos
e se descobre mortal.

mote do dia POL/RL

Injustiça e Passividade do Homem...

(mote do dia de POL/RL)

Soaroir
17/8/09

quisera eu fazer JUS
sondar o que falam de TI
quiçá você Ç
parasse de ser andarilhA
volta logo,venha JÁ!
pra justisa de AGORA...

domingo, agosto 16, 2009

Sol de Vidraça

(Isso & Aquilo)
Soaroir de Campos
São Paulo 16/8/09

imagem/Net


antes só me contentava o sol durante a manhã
pra mim direto do Leste
hoje fiquei feliz com o reflexo de sua luz
no vidro do prédio em frente
por três segundos.

boca-branda

(poesia livre)
Soaroir de Campos
São Paulo 15/8/09

imagem/net


há de haver uma hora costumeira

para chapinhar nas poças de escárnios

e tripudiar sobre sérios breviários

promovidos por cínicos embusteiros.

ai de mim, bem desigual das toupeiras

que de perto e longe distingue escárnios

foge de quaisquer verves de pés senários

só não o do riso mais farto e corriqueiro.

como se nunca cantasse as farpas do picão

ou sentisse a força do arremesso do arpão

rindo ascendo com as minhas entrelinhas.

e ai de ti, riso que me inças de atuação

na troça das chagas todas como se não

mordesse a boca-branda - tão mesquinha...


Nota: prometo um dia contar as sílabas


Mote: "sorri"

"Smile"
Charles Chaplin

Smile,
Tough your heart is aching
Smile,
Even though it's breaking,
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile
Through your fears and sorrow, smile
And maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you.
Light up your face with gladness,
Hide ev'ry trace of sadness,
Altho' a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile,
What's the use of crying,
You'll find that life is still worhwhile,
If you just smile.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Aleatório

Soaroir
14/8/09

.................. (O acaso)


Em frente a uma livraria torceu o pé
Ali caiu um poeta equilibrista
Não deu seus números na mega sena
No último instante cancelou o vôo
No avião que explodiu
Sobre a sua casa -
Protestou – restava-lhe o céu
Perdeu todas as apostas
Na hora “h”
.......... Deu log off e saiu.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Cantoria

(pensamentos)
Soaroir
12/8/09

"Há uma Primavera em cada vida"
As cigarras até explodem diante dela.
Todos os insetos cantam suas primaveras –
Faculdade que os humanos desenvolvem
Na tentativa de imitá-los.

domingo, agosto 09, 2009

Pai é a Mãe

"Pai é a Mãe”
By Soaroir

imagem:net/olhares




Não tem barba ou bigode
Nem o pomo de adão
Faz até o que não pode
Mas não solta a direção.
Lava, passa e cozinha
Mete a mão em agressor
O que houver peita sozinha
Sabe bem desse setor.
Se preciso vira cobra
Não tem hora nem tem dia
Mas tem pau pra toda obra
É o pai de nome Maria.

................Feliz Dia dos Pais!
pra mim

sexta-feira, agosto 07, 2009

Solilóquio

(um titulo provisório)
Soaroir
7/8/09




meu Deus quem sou...
hoje longe do meu ânimo
feitio sereno e caçoista?
saltei sobre tudo que me tolhia
segui além das montanhas
e outras altas depois delas
me descobrindo...
fui da tapera ao lagamar
pelo gene e a intuição
me esquivando dos vinhotos
até ser cobrada e castigada
quando não me coube na forja
do medíocre e do surdo
não mudei de olhar
mas induzida a ver o forte
na cobiça, perdi o foco e o gume
da índole de mim própria...
não permita Deus, que eu morra
sem que eu volte para lá
!

Mote: "Meu Deus, quem sou eu?"

quinta-feira, agosto 06, 2009

Vidas Nuas

Soaroir 6/8/09

imagem/Net


Ensaiamos ritos costumeiros
Tão costumeiros que até nos esquecemos
que são ritos - de caixões e bater de cravos
nas beiradas de sepulturas pacóvias,
cavadas por biopoderosos – então
somente então, cortesmente nos ajoelhamos
pelas vidas profanadas e já em seus ataúdes
cobertos de rosários e terra –
oferecemos nossas corbelhas
de atitudes procrastinadas
enquanto à distância lustramos
a nossa consciência.

"Biopoder é um termo criado originalmente pelo filósofo francês Michel Foucault para referir-se à prática dos estados modernos e sua regulação dos que a ele estão sujeitos por meio de "uma explosão de técnicas numerosas e diversas para obter a subjugação dos corpos e o controle de populações"." fonte/Wiki


MOTE: "A ESTÚPIDA PROFANAÇÃO DA VIDA HUMANA"

terça-feira, agosto 04, 2009

Solfejos

Soaroir
4/8/09


Quando eu ia nascer
Me prepararam enxoval
..................Olhe que eu nem sabia...
Nesse êmbolo de envelhecer
Por favor, substitua-o
.................por anestesia!



Mote: "Envelhecer com sabedoria"

Alheação

Soaroir - 3/8/09



meu coração vive em condomínio de luxo
entra e sai pela garagem – recusa manobrista
não quer ir além do bom dia
boa tarde – ou como está o tempo.
não é à revelia deste sujeito
só não divide seus projetos – quando os tem
tampouco assume a morte de todos os próximos;
na consciência do imediato meu coração
se/me consolida na arte, na observação para a criação
perante as farsas enquanto coletivas -
e age - com consciência do imediato
e burla quaisquer envolvimentos, sentimentos
desenergizantes, de abandono ou depressão
de outros corações – que vão até ao térreo amargurados
enclausurados no social, buscando Criador e criatura
enquanto se desalimentam - se desvanecem com olhos fixos
num canto da porta da saída durante uma curta viagem
em um elevador residencial
de onde em cada alívio da porta aberta - o meu coração
constroi uma nova arte.


Mote: "Meu Coração"
"Meu coração da cor dos rubros vinhos
rasga a mortalha do meu peito brando,
e vai fugindo, e tonto vai andando
a perder-se nas brumas do caminho "

Florbela Spanca - fragmento da poesia ERRANTE em

TROCANDO OLHARES, pg.85