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quinta-feira, setembro 30, 2010

A Arqueira

A Arqueira

exercicio p o mote: "serenidade"



Não. Não conheceria a serenidade
se não tivesse bebido da água salobra

estrepado os pés pelos desfiladeiros
enquanto envergava o olmo
e torcia as fibras para meu arco e flecha

Com a apinhada aljava
   de reflexões e aceites
       e melhor alça de mira...
já posso ser pacata arqueira

Soaroir




nota da autora
: lembrei-me de quando praticava arco e flecha e da serenidade
                                exigida p se atingir o alvo.

domingo, setembro 26, 2010

Os Enigmas da Arte

by Soaroir
26/9/10




 

Do namoro inconsciente

entre dom e travessura

com beleza e harmonia

a criação chegou ao mundo


 


De igual progenitura

veio uma numerosa prole

cresceu com vontade própria

com requinte e perfeição


Da humanidade enigmas...

que ajuntados chamam arte

para o decifrador deleite

se se dedica à questão.

sábado, setembro 25, 2010

OJardineiro Leal

Setembro - O Jardineiro Leal



Benditas foram as podas
De velhos esporos e ramas
Inúteis tocos de braços
Desfloridos passo a passo
De forma desordenada

Pra viçosa nova aflora
Brotar mais combinada
Com esta (nesta) Primavera nova

Soaroir 25/9/10

arrumo depois

Vestibular 2010 NOTÍCIAS

[...] existe na educação brasileira uma "engenharia reversa", em que alunos egressos de escolas públicas fazem faculdades particulares, enquanto os formados na rede privada dominam as instituições públicas. "Isso acontece na USP, que é uma ilha de excelência. A maioria dos estudantes de escola pública sabe que não tem condições de competir em um vestibular tão concorrido como o da Fuvest, mesmo com os programas de bonificação", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://br.noticias.yahoo.com/s/25092010/25/manchetes-cresce-numero-inscritos-da-rede.html 

Utilidades da Poesia

by Soaroir

Para que serve a poesia?




Velha poesia...
Depois de sobreviver ao tempo
guerras, intempéries e regimes
ainda (ela) serve para tudo e mais um pouco

Inclusive eu já a fiz de estabilizador, tripé
segurador de portas, peso de papel
montanha russa, graveto, mata-moscas

Há quem a use para tapar buracos
das paredes nos meses frios -
e de janelas, nos dias ensolarados

Agora mesmo, eu a uso para divagar...

Soaroir 25/9/10



baseado no texto:

What is poetry for?
I use it as a coaster, doorstop, paperweight, flyswatter, trivet, table-jiggling stabilizer, kindling, as absorbant material in baby nappies, to patch holes in my walls during the cold winter months! It goes on and on! But seriously, if we’re going to ask questions, how about this little one that’s been nagging at me the last few years: with poetry surviving several thousand years of countless wars, fires, dark ages, population decimating pandemics, ethnic cleansings, brutal totalitarian regimes, periods of indifference, floods, volcanoes, earthquakes, meteor strikes, and everything short of the sun blowing up
[...]

bookninja magazine

quinta-feira, setembro 23, 2010

Da Tristeza

 http://pote-de-poesias.com/visualizar.php?idt=2515541

mote: "sou triste"

É um parafuso solto
Ou falha no artefato
Tristeza é um aparato
Que a gente fica envolto
Sem ter causa de fato

Ela pode acometer
A razão de todo ser
Prevenido ou incauto...

Soaroir 22/9/10


Dialética


É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste
...

(Vinícius de Moraes)




Soaroir

quarta-feira, setembro 22, 2010

Post-its

Coisas para fazer hoje
www.pote-de-poesias.com/





Ganhar na Mega Sena
Dispensar as coisas velhas
Causar inquietação
Depois de um grande discuros
Aplicar na bolsa
De estima & consideração...

Soaroir
22/9/10

Roupa de Infância


rendas bordadas
inquietação bem medida
passamanarias...
bordado inglês
fitas coloridas
da infância alheia
enfeitando os remendos
(em)babadando os restos
tecidos de missa 
dos dedos dobrados
nos sapatos vencidos...

(sem revisão)

imagem e texto by Soaroir

Tietê em Ondas Curtas

Tietê em Ondas Curtas


http://pote-de-poesias.blogspot.com.br/2014/09/tiete-em-ondas-curtas.html





Flagrante da luta pela vida:
Jaçanã procurando comida nas raízes de uma Pistia.
 foto de José Marques Lopes em Janeiro/2007.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Toda vez que dizemos adeus...

(Cole Porter)
para ouvir clique in









Every time we say goodbye
I die a little
Every time we say goodbye
I wonder why a little
Why the Godss above me
Who must be in the know
Think so little to me
They allow you to go

When you're near
there's such an air
of Spring about it
I can hear a lark somewhere
begin to sing about it
Theres no love song finer
But how strange the change
From major to minor
Every time we say goodbye

When you're near
Theres such an air
of Spring about it
I can hear a lark somewhere
Begin to sing about it
Theres no love song finer
But how strange the change
From major to minor
Every time you say

Theres no love song finer
But how strange
The change from major to minor
Every time we say goodbye

Soaroir

quarta-feira, setembro 15, 2010

Andarilho

diario d´un autoestopista ¹
Soaroir 15/9/10

exercicio para o mote: andarilho

imagem/google


Um homem calvo calça preto
E o outro pé sem nada
Carregam seu guarda-roupas

Blusas e blusas caqui
Todas as suas mudas
De uma vida errante

Deus... quanta coisa passa
Lá em baixo

E continua...




nota da autora:
¹ caroneiro
(nômades n respeitam fronteiras
em busca de melhores pastos)




Tradução por
http://lyricstranslate.com/en/forum/portugues-para-espanhol

El andariego
Un hombre calvo calzando un zapato negro
Y su otro pie descalzo
Llevan su guardarropa.
Son blusas y más blusas color caqui.
Todas las piezas de ropa
de su vida errante
Dios mío... tantas cosas se ven pasar
ahí abajo
Y él sigue...


 

terça-feira, setembro 14, 2010

engaiolada

chamado interior

 
sinto falta de um líder. Alguém que me dê a mão
ou ( me aponte) a direção da saída...

este perímetro pedregoso
me enterra meio dorso
 
dêem-me  uma pá – algo  pra boiar

só até a outra margem das chances -
alheias às  ansiedades...
Soaroir 14/9/10

Erótico

Não Alimente os Animais
Soaroir
14/9/10

exercício p/o mote: ironias da vida


Hoje na fila da carne duas robustas senhoras
alvoroçadas com suas ultimas experiências culinárias:
-   uma caçarola de carnes com banana...não é ótimo?
-   Aprecio sua animação, mas não gosto de cozinhar, respondi
-   por isso você é tão magra!

Outro dia na dermatologia a médica diagnosticou:
-   isso na sua pele é coisa de branquinha...

Ando esmiuçando as leis - os Deveres dos Animas
e o Artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil.
Da próxima saberei a quem recorrer.


Obs da autora quanto ao "erótico":
([...] Não nos iludamos.... Há algo comovedoramente inteligente até à obscenidade que parece vil ao delicado [...])
http://pt.wikipedia.org/wiki/Erotismo

segunda-feira, setembro 13, 2010

Verso à vista!

(um titulo provisório)
por Soaroir
SP/SP 13/9/10


exerício para o mote necessário é criar



sem medo e apego sigo
fiando-me na bússola coração

assumo os riscos
e retiro das intempéries
o leme que tem meus versos

com direção precisa
enquanto me tem a vida...

mote:
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Fernando Pessoa

domingo, setembro 12, 2010

Não-porta-volumes

Soaroir 12/9/10

exercicio para o mote: segredos


Tenho segredos sem vergonha
Mui hilários quando lembrados
Pelintraria, gafes preservadas
Do tipo que se quer mudar de nome
Sobrenome e cara se revelados.

Escabroso tenho nada guardado
Marginal, sexual ou social.

Se tens um segredo - não o confia a mim
Mon concierge ne pas stocker des volumes.

(Meu concierge não guarda volumes)

Danúbio Verde

"Faces de Danu"
Parafraseando-a (com a devida vênia), ouso:

Danúbio Verde (Dagda e Dannan)
Joseph Shafan
 
Esperança te achar em Vicenza
ou quem sabe melhor Romagna
pois de Ravenna parto de manhã
pela Montanha chego à Espanha

Racine me fala de Festival
lembrando de tua face Portugal
mas agora se vêem elfos e totens
Beltain fez luzes e se reacende

Tarah risca céus de Antepassados
Lyon em encontros inesperados
e ribombam efeitos de Tarann
entoamos 'Tuatha Dé Danann'

fagulhas desenham nossos elos
reconstróem *Samhain e castelos
dançam todas as letras da Galicia
em volta da fogueira alegria

*trinox Samoni sindiu


Joseph Shafan

sábado, setembro 11, 2010

Faces de Danu

Faces de Danu
Soaroir
10/9/10


exercicio para poesia on-line/RL



para preencher os vãos
    soco o concreto

me recobro do susto -
    das silhuetas sem sudário
dos amores que amei
   e dos que amo sem noção

além - muito além...
de amados e  esquifes!
amo-te desde antes

cada vez mais ...

quarta-feira, setembro 08, 2010

Canção dos Nibelungs

Como Canção dos Nibelungos ¹
Soaroir 8/9/10


exercicio para o mote:
"novos horizontes"



Baixo a guarda, sigo a fé dos tolos
A moral das fábulas, com a derrota da fraqueza
E os contos, com fadas e castelos
Amazonas e cavaleiros

Enquanto no horizonte
Um novo dia move  - a narrativa breve
Para uma saga - de Volsungos



http://portal.unesco.org/ci/en/ev.php-URL_ID=27040&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html

terça-feira, setembro 07, 2010

Como Fibra e Grão

Desejo-te
Soaroir
7/9/10

exercício para o mote:
(Longe da felicidade e todas
as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo...)



photo:Dhanira


juntos como a fibra  e o grão
a semente dentro do gomo
não desejar-te, como!

se longe desta adução

meu corpo esfria
foge-me o cromo

emborco vazia...

segunda-feira, setembro 06, 2010

Sobre Lagartas e Borboletas

about caterpillars and butterflies
Soaroir
São Paulo-SP Set.6/2010






É justo uma viver na terra
Empanturrando-se de folhas
Para a outra ganhar o céu
E viver de néctares?
Parar na luz
Na boca de um louva-deus
Ou para se reciclar
Na mesma reprise de dívida...
É justo?

Soaroir
São Paulo-SP Set.6/2010

exercício para o mote de Edir Pina de Barros:
"Quando a lagarta pensou que o mundo havia acabado,
ela tornou-se borboleta" (Anônimo)  

Nota de Soaroir:
original de Richard Bach:
"What the caterpillar calls the end of the world, the master calls a butterfly"

domingo, setembro 05, 2010

Olhar de Poeta

 exercício para o mote de Marcos Lizardo:análise

imagem/google

Pertinácia
Soaroir 5/9/10


Do interior crepúsculo tristonho

Deixam o pouso ocupantes medonhos

Roedores, vermes de berinjela

E o poeta (então) alavela

O desnutrido peito, estufa

As dúvidas ele arranca em tufos

E a carcaça (já) tão carcomida

Ele alimenta. Dá guarida...


1ª tentativa
se d volto Beijo




ANÁLISE

Tão abstrata é ideia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente
E a ideia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.

Fernando Pessoa, Dezembro/1911
(O Eu Profundo e os outros Eus)

Descrevendo Saudades

Um rascunho de saudade
By Soaroir 5/9/10


(descrevendo saudades)

bluetrees
imagem/myopera/google



Saudade da menina que pensava
Ser um dia atleta ou bailarina
Sonhar, lá não era carecido
Como outras coisas do lugar

Jaz aqui a rapariga que pensa
Ser poeta a falar de saudades
Como a do peixe fresco frito
Que só a mãe sabia fritar

Das bolhas de sabão - não esqueço
Com os frutos do saboneteiro -
Subindo, subindo até ao céu
Azul que gosto de lembrar

sábado, setembro 04, 2010

Coração Precisa de Espaço

Dialecto
Soaroir 4/9/10

Mote: “Coração precisa de espaço





quando eu andava mais
preocupada com o meu coração
me esquecia de dar bom dia

a mão nem estendia
a quem me pedisse atenção

aleivosias - coração e diapasão
um eco! Uma ultra-sonografia...
uma imagem mosqueada:

a dor que me sorvia
não era minha –

pulsava no subsolo da encubação

espaço que há muito
   me despertence...


um dia concluo Cool

quarta-feira, setembro 01, 2010

Sarau por um Rio

Soaroir, como vai?
Acho que gostará de saber que dia 29/9/2010 acontecerá o sarau Por Um Rio, com poesias e fotos do Tietê, na biblioteca Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros, São Paulo, às 19h30. É um projeto meu junto à coordenação de bibliotecas públicas da prefeitura. Duas atrizes dirão/lerão as poesias (Sylvia Lohn e Lou Calheiros), incluindo a sua.  Se puder, venha ver e traga quem mais quiser.
Quanto ao livro Tietê Água Boa, a batalha por patrocínio continua, a Imprensa Oficial do Estado diz que publicará.
Tendo mais notícias, entro em contato.
Abraço e tudo de bom
Ieda Estergilda

...xxx...
-         Tietê em Ondas Curtas -
ou
Linguagem dos Incapazes -A
Por Soaroir de Campos
14/9/09

O rio falante passa
E nada... nada passa.
Nas sombras, gravetos,
Coprófitos flutuantes,
Coelhos mortos de sede,
Martins–gravata
Caolhos e pererês,
Capivaras ribeirinhas...
Passam impotentemente
Pelo silêncio da Natureza
Diante do rio que passa
Por eles, e pelo dorso
Até o pescoço
Da garça ex-branca;
Não entendem o que passa
Ou se passa...
Envenenados seguem
Para seus covis
Condenados à morte
Pelas sentenças
Do homem
Que nunca ouviu o rio.

(lº rascunho)
Soaroir


imagem/Google