© Soaroir 13/10/08
Quando em vida almas penadas
Vêm jogar-me às mãos cheias
Suas pobrezas e maus fados
Refundidos em marginal criação
Oh Deus... Tantas paixões descabidas...
Que dor!
Tantos que não contam nada
Calam-se. Acostumam-se ao fastio
Vísceras comendo vísceras
Sem falos, flatos nem fezes,
Sincronicidades ou futuro
Coração e cabeça
Desbancados pelos piolhos
Envergonhada, eu
Estendo-lhe uma empada
Que dor!
Ávida mão de fome
Enquanto sem cor a outra
Segura seu cobertor.
Terno sorriso
Diz-me obrigado.
Por tão pouco, por nada!
Que dor...
Um fragmento de Fernando Pessoa
(Cancioneiro)
Poesia! Nada! A hora desce
Sem qualidade ou emoção.
Meu coração o que é que esquece?
Se é o que eu sinto que foi vão,
Por que me dói o coração?
Mote para hoje por Ronaldo Rhusso:
"Por que me dói o coração?"
terça-feira, outubro 14, 2008
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