© Soaroir 28/5/09
Art by:Robert Dash
Assassinem os cântaros rítmicos
Queimem todas as palavras
Espraiem todas as letras
Entre o largo, o adágio e o alegro
Ainda assim a poesia vive, respira
E sai da mais hermética das talhas lacrada
E voa, e sobrevoa e pausa, e pousa
Como pousam os quero-queros
E os socós, e as garças pousam
Nos alagados. Até aos montes
Para cegos, para mudos, surdos
............e analfabetos viverem-na.
Mote: "Sempre haverá poesia!"
"Não digas que esgotou seu tesouro,
que temas faltam, emudeceu a lira.
Poderá não haver poetas,
mas sempre haverá poesia!
Enquanto as ondas de luz
a um beijo
palpitem inflamadas;
enquanto o sol em nuvens despedaçadas
de fogo e ouro seja visão;
enquanto o ar em seu seio carregue
perfumes e harmonias;
enquanto haja no mundo a primavera,
haverá poesia!"
Gustavo A. Bécquer - poeta espanhol(1836-1870)
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