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sexta-feira, maio 02, 2008

Fragmentos

Soaroir 02/05/08


Sou velha como uma borboleta,
nova como um carvalho,
ladina como um pé de couve.
Escrevo porque gosto,
se quer sei muito bem fazê-lo.
Vou passando a limpo os rabiscos do tempo.
Nesse meio tempo esvazio gavetas e armários
que ontem estiveram repletos de papéis,
especialmente o de ignorante tolo;
vou arquivando o psicótico e cortando
as relações do neurótico com o perverso.
Amanhã poderei ser
simplesmente tola.


Mote: Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.
Clarice Lispector

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, como me revejo e sinto...


A SEIVA