©Soaroir Maria de Campos
mote do dia 23/05/08 “A Queimada”
Goethe, Lêdo Ivo, Byron,
E outros lordes “emos”
Queimem os fingidores de tantos “eus”
Saiam da primeira – partam para outras
Terceiras, pessoas causadoras
Dos males de nosso século.
Queimem estrôncios – soltem os fogos
Nos ofícios de artifícios dos senados
Romanos atualizados;
Capem CPM e F’s arrotadas;
Vomitem as poesias ensalivadas,
Mulheres frutas e pais desalmados.
Queimem tudo o que puderem;
O terno do casamento,
O vestido de noiva,
O convite da formatura,
A rosa da namorada murcha,
E o diploma das cotas.
Queimem tudo –
Não doem seus corações, só à poesia
Para a diferença das células tronco,
Na alquímica comédia dos tempos;
De resto, retirem os 4720 versos rimados
Em tercetos e guiados pelo espírito de Virgilio –
O resto... queimem... ante o Inferno
...e a presença de Dante.
sábado, maio 24, 2008
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2 comentários:
Muito boa tarde Soaroir, belo e sábio poema... Nossa evolução implica na destruição do passado, ou seja, para nascermos temos que esquecer o mundo de ontem... Parabéns! E que Deus nos abençoe... Sempre...
24/05/2008 17h15 - Jacó Filho
Queime-se tudo que não presta, a poesia sublime é o que resta. Abrçs.
29/05/2008 13h13 - HLuna
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