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terça-feira, abril 21, 2009

A Casa Solitária

ou (Carunchos)
By Soaroir de Campos
21/4/09

poesia composta "on-line" para
o Recanto das Letras


Versão II
embora quanto mais mexa mais afunde...:


A casa – pilha de livros em movimento
Desde quando move não se sabe,
Nem se ouve –
Carunchosauros devorando em surdina
As estantes cheias do escritor
Solitário de leitores
Para o futuro infinito ele, aos carunchos
Segue cevando e a casa empilhada dele.


................xxxxxxxxxxxxxx..............


A casa – tem uma pilha em movimento

Desde quando move

Não se sabe, nem se ouve -

Carunchosauros devoradores

Devoram as estantes cheias

Do escritor sem leitor

Da casa desabitada

Ele e os carunchos - Segue cevando

A casa apinhada (empilhada) dele.


MOTE: A casa solitária

"...sei de algumas casas solitárias,
[longe da estrada,
que a um ladrão agradariam -

Trancadas com tábuas,
janelas a despencar,
convidam a um pórtico,
possível de ser escalado
[a dois:

Um alcança as ferramentas,
enquanto o outro espia
para saber se a casa está
[adormecida:

Olhos de antigamente
não são fáceis de surpreender!

Alta noite, quanta ordem na cozinha,
onde o relógio soa!
Mas, pode-se travar seu tic-tac,
que o ratos não latem;
nem as paredes falam.

Tudo silenciará.

Entreaberto, um par de óculos
[estremece,
um almanaque vigia;
foi o tapete que piscou
ou foi uma estrela inquieta? ..."


A Casa Solitária"
in Poemas de Emily Dickinson
pg. 86 - Clássicos Universais

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