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sábado, maio 17, 2008

O Tédio

© Soaroir Maio 17/08

Quando a sombra do tédio de mim se aproxima
Refletindo, escura, em minhas telas,
Por ventura em branco,
Abro todas as cortinas, janelas e quantos forem os vãos
Aonde a luz possa espantar tal assombração.
Mas se for noite, sem lua e sem estrelas,
Logo acendo outras chamas que alumiem
Minhas pinturas e minhas fotografias
Minha paleta repleta e todos os meus esboços.
E ainda,
Tenho num canto um velho candeeiro
Para que se por dinheiro me faltar a luz
Eu deite nas linhas de muitas laudas
As entediantes pautas do fastio.




Mote do dia : Tédio
Olavo Bilac

Sobre minh'alma, como sobre um trono,
Senhor brutal, pesa o aborrecimento.
Como tardas em vir, último outono,
Lançar-me as folhas últimas ao vento!

Oh! dormir no silêncio e no abandono,
Só, sem um sonho, sem um pensamento,
E, no letargo do aniquilamento,
Ter, ó pedra, a quietude do teu sono!

Oh! deixar de sonhar o que não vejo!
Ter o sangue gelado, e a carne fria!
E, de uma luz crepuscular velada,

Deixar a alma dormir sem um desejo,
Ampla, fúnebre, lúgubre, vazia
Como uma catedral abandonada
!...

Um comentário:

Anônimo disse...

Sabe,a melancolia sempre fez parte de mim,ou melhor,aqueles momentos de melancolia advindos de lembranças,reflexões,coisas que todos nós sentimos.E quem ama escritos,consegue transmitir aos outros esses momentos e você o fez com uma particular mestria. Esses momentos são os momentos"fortes"do poeta. Sinceramente,amei e por isso apenas lhe dar os meus parabéns. Um abraço de Portugal para você e que tenha um excelente dia.
Enviado por jose duarte em 21/05/2008 08:14