by Soaroir de campos
27/6/09
Há uma concocção estranha nas substâncias deste sábado. Uma sensação gasosa que suga a coragem e extorque o ideário do cavalo alado, do cão de guarda e da andorinha que sempre faz verão no inverno. Tudo parado, enrodilhado, silencioso.Desapossaram as barafundas das manhãs do sétimo dia. Nem o beija-flor hoje apareceu para beber da água açucarada pendurada na varanda. Os feirantes, proibidos de berrar suas laranjas e seus tomates, negociam como se no Concilio de Trento. O dono não foi ao parque com sua cadela de estimação - e ela nem reclamou como de costume.
Happy ever after (felizes para sempre) não cabe no resíduo impróprio para a consumação deste dia. É só mais um dia, mas parece, de alguma forma, alterado ou estragado. Pode ser por que a borboleta não voou na África e nem a asa branca bateu asas no sertão, ou porque o Jackson errou na dose do marketing e saiu sem trancar a porta, agora aberta para a saudade, de sua poesia e performance...
sábado, junho 27, 2009
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Um comentário:
Dez, com a emoção mais sublime. Soaroir: vi este garoto nascer musicalmente, ainda no tempo da tv preto e branco no Brasil, há 35 anos (1974). Sua voz, sua dança e seus clipes parecem realmente imortais. Tua crônica, luz artística em palco triste, chega perto da grandeza dele.
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 28/06/2009 15:38
para o texto: Jackson - de Cinco a Dez (T1670328)
6/29/2009 8:59 AM
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