Por Soaroir de Campos
25/6/09
Há condolência e piedade, disfarçado desprezo, às vezes,
enquanto amarelam as vias de fato e fanam as cores
reais, como as do veleiro que abandona a terra crua e dura,
em direção a alto mar, aventurando-se em diferentes tempestades,
que não aquelas que, inevitáveis, encara-se sobre os ombros,
ao longe, vestidas em impertinentes chitas, ignoradas.
E passamos ao largo e evitamos. Se não, jogamos uma moeda,
que um sem nome, cartão de aniversário ou de Natal recolhe
e implora por um cobertor, por menor que seja. É só para este inverno.
O próximo ele não consegue, não tem como enxergar.
Acata-se, mas para onde enviar, se sua caixa não tem (um) código postal?
sexta-feira, junho 26, 2009
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