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segunda-feira, junho 23, 2008

Apodos do tempo

© Soaroir 22/6/08


jovens, queremos tudo e nada

sobre tudo achamos, tudo fazemos - correndo.

estabanadas anatomias de ruidosas alegrias

medos singulares - sonolentos.

não nos perturbam as sílabas,

nem as desembestadas estrepas,

das carnívoras falas às enxurradas de abismos.

sex - sexagenários, na garupa do tempo

com seu serrote em prumo, vamos

alertos, com menos pressa, mais pausas

pé ante pé e lupa

esmiuçando vogais, escolhendo frases

primordiando o verbo.

esquisitas transigências com o tempo

em tempo de sua escassez e alegria externa

lentos, gota a gota, vamos -

estalagmites em direção ao céu.



Mote por Gabriel Rubinger Betti:
um imenso abismo
no qual nos atiramos
ébrios de amor...

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