by Soaroir
31/12/08
"Sua ligação é muito importante para Nós"
Ligue 0800 para ligação direta e gratuita
Em seguida acesse as letras 238
Peça o ramal 53787
Se a linha estiver congestionada
Deixe o seu pedido de ano novo
Ou a reclamação do velho
No ramal 73376
Não se preocupe com o tempo
Tudo estará sendo gravado
E se a espera ultrapassar 1 ano
É só entrar com um processo
perante 3387.
mote: (Desejos de Ano Novo)
quarta-feira, dezembro 31, 2008
Vate encantado!
--------------------------------------------------------------------------------
Citação de: Ronaldo Rhusso em 30/Dez/08 19:41
Citação de: Soaroir em 30/Dez/08 11:36
...de tí não me esquecerei...
"Em Cima da Hora
by Soaroir 30/12/08
De Amargo à Sunny
T tita a Victória
E outros com X e Z
Aqui fizemos história
Amizade pra valer
Mais um ano de poesia
Que nunca vamos esquecer.
Feliz 2009 para todos! "
Vate encantado!
Textos deste bom kilate
Encantam os corações;
Aumentam muito as razões
De querer seguir, qual Vate!
Pra tristeza é um cheque-mate!
Olhem que nem me esforcei,
Pois que nessa nossa "grei"
Que chamamos de Recanto
Encontramos esse encanto...
Juro, não me esquecerei!
Ronaldo Rhusso
Poeta, que catita poesia... Salut - cheers mate!
Soaroir
Citação de: Ronaldo Rhusso em 30/Dez/08 19:41
Citação de: Soaroir em 30/Dez/08 11:36
...de tí não me esquecerei...
"Em Cima da Hora
by Soaroir 30/12/08
De Amargo à Sunny
T tita a Victória
E outros com X e Z
Aqui fizemos história
Amizade pra valer
Mais um ano de poesia
Que nunca vamos esquecer.
Feliz 2009 para todos! "
Vate encantado!
Textos deste bom kilate
Encantam os corações;
Aumentam muito as razões
De querer seguir, qual Vate!
Pra tristeza é um cheque-mate!
Olhem que nem me esforcei,
Pois que nessa nossa "grei"
Que chamamos de Recanto
Encontramos esse encanto...
Juro, não me esquecerei!
Ronaldo Rhusso
Poeta, que catita poesia... Salut - cheers mate!
Soaroir
terça-feira, dezembro 30, 2008
... de tí não me esquecerei...
Em Cima da Hora
by Soaroir 30/12/08
De Amargo à Sunny
T tita a Victória
E outros com X e Z
Aqui fizemos história
Amizade pra valer
Mais um ano de poesia
Que nunca vamos esquecer.
Feliz 2009 a todos!
Para o mote: É de tí que não me esquecerei.
"Desenho toda a calçada.Acaba o giz, tem tijolo de construção.
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
...queria até que pudesses me ver.
És parte ainda do que me faz forte."
Mariah Bonitah
by Soaroir 30/12/08
De Amargo à Sunny
T tita a Victória
E outros com X e Z
Aqui fizemos história
Amizade pra valer
Mais um ano de poesia
Que nunca vamos esquecer.
Feliz 2009 a todos!
Para o mote: É de tí que não me esquecerei.
"Desenho toda a calçada.Acaba o giz, tem tijolo de construção.
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
...queria até que pudesses me ver.
És parte ainda do que me faz forte."
Mariah Bonitah
... e por falar em amor...
by Soaroir
29/12/08
Ainda que se ame pela internet
Numa tela colorida sobre um atril
O amor de “second life” não é real
Falta o perfume e o toque febril.
Ainda que se acabe o tempo
A lua, como a carruagem aberta
E o lampião de gás, o amor ao vivo
Há de resistir na fina pena do poeta.
------------x--------------
...e por falar em amor...
"Se for para com seu homem, a mulher trata como cabelo.
Num dia prende, no outro solta,
num dia alisa, no outro enrola,
dá uma cortada quando precisa ,
numa semana amacia, na outra é só jogar de lado
e ele fica ótimo!
O que elas não suportam é ficar careca."
Mote:
"A palavra AMOR é sempre um frasco pequeno demais para conter o caudal irrefreável que a provoca"
Marina Colasanti
in E por falar em amor", pg.77
29/12/08
Ainda que se ame pela internet
Numa tela colorida sobre um atril
O amor de “second life” não é real
Falta o perfume e o toque febril.
Ainda que se acabe o tempo
A lua, como a carruagem aberta
E o lampião de gás, o amor ao vivo
Há de resistir na fina pena do poeta.
------------x--------------
...e por falar em amor...
"Se for para com seu homem, a mulher trata como cabelo.
Num dia prende, no outro solta,
num dia alisa, no outro enrola,
dá uma cortada quando precisa ,
numa semana amacia, na outra é só jogar de lado
e ele fica ótimo!
O que elas não suportam é ficar careca."
Mote:
"A palavra AMOR é sempre um frasco pequeno demais para conter o caudal irrefreável que a provoca"
Marina Colasanti
in E por falar em amor", pg.77
Direito Adquirido
(rascunho - especie de resposta ao poema Tempo, de Adélia Prado)
by Soaroir 28/12/08
Como muita gente eu venho vindo
Não chego a ser uma estrela cadente
um carro possante ou água nas vertentes
embora veja o horizonte se distanciando
Continuo pra frente, correndo, mais andando,
e olhando os passantes; os chegantes ignorantes
da faca e do queijo que têm nas jovens mãos;
de seus poderes, dos riscos e das fomes do mundo.
Não sou mais “moça”, “tia”. Agora sou “dona”.
O “Veja bem mocinha...” Já vai longe. Ainda bem.
Agora de cadeira, modéstia à parte, nessa arte
do nascer e viver garanto o meu direito adquirido
de envelhecer, ser ranzinza ou tolerante
com os famintos que logo-logo me chamarão de “vó”.
Mote: "Não quero faca, nem queijo. Quero a fome."
"Tempo"
Adélia Prado
A mim que desde a infância venho vindo
como se o meu destino
fosse o exato destino de uma estrela
apelam incríveis coisas:
pintar as unhas, descobrir a nuca,
piscar os olhos, beber.
Tomo o nome de Deus num vão.
Descobri que a seu tempo
vão me chorar e esquecer.
Vinte anos mais vinte é o que tenho,
mulher ocidental que se fosse homem
amaria chamar-se Eliud Jonathan.
Neste exato momento do dia vinte de julho
de mil novecentos e setenta e seis,
o céu é bruma, está frio, estou feia,
acabo de receber um beijo pelo correio.
Quarenta anos: não quero faca nem queijo. Quero a fome
by Soaroir 28/12/08
Como muita gente eu venho vindo
Não chego a ser uma estrela cadente
um carro possante ou água nas vertentes
embora veja o horizonte se distanciando
Continuo pra frente, correndo, mais andando,
e olhando os passantes; os chegantes ignorantes
da faca e do queijo que têm nas jovens mãos;
de seus poderes, dos riscos e das fomes do mundo.
Não sou mais “moça”, “tia”. Agora sou “dona”.
O “Veja bem mocinha...” Já vai longe. Ainda bem.
Agora de cadeira, modéstia à parte, nessa arte
do nascer e viver garanto o meu direito adquirido
de envelhecer, ser ranzinza ou tolerante
com os famintos que logo-logo me chamarão de “vó”.
Mote: "Não quero faca, nem queijo. Quero a fome."
"Tempo"
Adélia Prado
A mim que desde a infância venho vindo
como se o meu destino
fosse o exato destino de uma estrela
apelam incríveis coisas:
pintar as unhas, descobrir a nuca,
piscar os olhos, beber.
Tomo o nome de Deus num vão.
Descobri que a seu tempo
vão me chorar e esquecer.
Vinte anos mais vinte é o que tenho,
mulher ocidental que se fosse homem
amaria chamar-se Eliud Jonathan.
Neste exato momento do dia vinte de julho
de mil novecentos e setenta e seis,
o céu é bruma, está frio, estou feia,
acabo de receber um beijo pelo correio.
Quarenta anos: não quero faca nem queijo. Quero a fome
Dueto Repente
ANNA RIBEIRO
e Soaroir
28/12/08
DA FARINHA SE MATA A FOME
da criação e do homem
NO GOSTO DA TAPIOCA
pura ou na paçoca
NA BOCA MEU AMOR TEM NOME
e honroso agnome
TROCO FACA,QUEIJO,FOME
e tudo (com) que se come
POR BEIJO NA BOCA
sedenta (do meu homem.)
e Soaroir
28/12/08
DA FARINHA SE MATA A FOME
da criação e do homem
NO GOSTO DA TAPIOCA
pura ou na paçoca
NA BOCA MEU AMOR TEM NOME
e honroso agnome
TROCO FACA,QUEIJO,FOME
e tudo (com) que se come
POR BEIJO NA BOCA
sedenta (do meu homem.)
sábado, dezembro 27, 2008
Poesia para a Cidade de São Paulo
Aqui Moro
Foto e texto by Soaroir
27/12/08
Av. Paulista 2008
Se o sinhô não tá lembrado
dá licença de contá
o que Adoniran fez por cá.
Com poesia e lealdade
ele cantou esta cidade
quando chuva era só garoa
sem alagos e crueldade.
Como eu não sei cantar
e meus versos são passatempo
digo nesses de pé quebrado
sem nenhum medo de errar
o que é hoje esse lugar:
Minha cidade é grande
Eu é que fico pequena
Diante dela.
Minha cidade é rica
Eu é que sou pobre
Mera bagatela
Minha cidade é séria
Eu é que sou bufana
Só balela
Minha cidade dá proventos
Eu é que não aproveito
Fico banguela
Minha cidade é segura
Eu é que não agüento
Tanta tramela
Minha cidade é boa
Eu é que não presto
Para viver nela.
Mote: "Minha Cidade"
DESCRIÇÃO DA CIDADE DA BAHIA
( Gregório de Matos)
"A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha.
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
Que a vida do vizinho ou da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça ou ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés de homens nobres,
Postas nas palmas toda a picardia.
Estupendas usinas nos mercados,
Todos os que não furtam, muito pobres.
E eis aqui a cidade da Bahia."
Foto e texto by Soaroir
27/12/08
Av. Paulista 2008
Se o sinhô não tá lembrado
dá licença de contá
o que Adoniran fez por cá.
Com poesia e lealdade
ele cantou esta cidade
quando chuva era só garoa
sem alagos e crueldade.
Como eu não sei cantar
e meus versos são passatempo
digo nesses de pé quebrado
sem nenhum medo de errar
o que é hoje esse lugar:
Minha cidade é grande
Eu é que fico pequena
Diante dela.
Minha cidade é rica
Eu é que sou pobre
Mera bagatela
Minha cidade é séria
Eu é que sou bufana
Só balela
Minha cidade dá proventos
Eu é que não aproveito
Fico banguela
Minha cidade é segura
Eu é que não agüento
Tanta tramela
Minha cidade é boa
Eu é que não presto
Para viver nela.
Mote: "Minha Cidade"
DESCRIÇÃO DA CIDADE DA BAHIA
( Gregório de Matos)
"A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha.
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
Que a vida do vizinho ou da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça ou ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés de homens nobres,
Postas nas palmas toda a picardia.
Estupendas usinas nos mercados,
Todos os que não furtam, muito pobres.
E eis aqui a cidade da Bahia."
Saneamento Básico
considerando q é "on-line" - eis um primeiro rascunho:
Saneamento Básico
"Começar de Novo"
by Soaroir
Desprezar a todos, mesmo se não verdade
Fazer-me de esquisita, esquecida
tratar tudo com descaso
Mudar de atitude, agir com indiferença
Arrotar caviar. Valorizar meu angu inato
Verei gente, quiçá o mundo me chamando
respeitosamente "senhora"
Não saberão mais quem sou
Escolho então qualquer identidade
As rotas e as rasgadas incinero-as
Troco de personagem e roupagem
Descarto a autopiedade do ano velho
- Começar de novo no ano novo -
Mesmo que não seja verdade
Falcatruo a mente, minto para muita gente
Assim, no próximo ano não haverá quem
nem jeito de provar - coitada, ela endoidou
mudou, resolveu ser diferente.
Mote: Começar de Novo
"O Natal passou e um novo ano está chegando
Alguns de nós estarão agradecidos com tudo que viveram até aqui
Outros talvez, queiram uma nova chance
Tentar outros caminhos Quem sabe ... Um novo começo!"
Saneamento Básico
"Começar de Novo"
by Soaroir
Desprezar a todos, mesmo se não verdade
Fazer-me de esquisita, esquecida
tratar tudo com descaso
Mudar de atitude, agir com indiferença
Arrotar caviar. Valorizar meu angu inato
Verei gente, quiçá o mundo me chamando
respeitosamente "senhora"
Não saberão mais quem sou
Escolho então qualquer identidade
As rotas e as rasgadas incinero-as
Troco de personagem e roupagem
Descarto a autopiedade do ano velho
- Começar de novo no ano novo -
Mesmo que não seja verdade
Falcatruo a mente, minto para muita gente
Assim, no próximo ano não haverá quem
nem jeito de provar - coitada, ela endoidou
mudou, resolveu ser diferente.
Mote: Começar de Novo
"O Natal passou e um novo ano está chegando
Alguns de nós estarão agradecidos com tudo que viveram até aqui
Outros talvez, queiram uma nova chance
Tentar outros caminhos Quem sabe ... Um novo começo!"
Perdão Rasgado
© Soaroir de Campos
Dez 25/2008
“Perdão Mestre, eu sou apenas
um homem ignorante”
eu não soube nada dos enxovais
do nascimento nem da morte
diante das intempéries eu me agasalhei
quando tive sede eu bebi
faminta eu quebrei imagens
duvidei, negociei e pequei
me arrependi
ofereci meu branco véu
no altar da santa
esperei...e ainda espero
pelo perdão
diante de muitos
e tanto
como saber se ele veio
se ainda morro de fome...
("Queridos amigos poetas pf me perdoem, mas esta semana de "perdão" não entendo muito bem. Na próxima quem sabe haja menos mágoa?!")
Dez 25/2008
“Perdão Mestre, eu sou apenas
um homem ignorante”
eu não soube nada dos enxovais
do nascimento nem da morte
diante das intempéries eu me agasalhei
quando tive sede eu bebi
faminta eu quebrei imagens
duvidei, negociei e pequei
me arrependi
ofereci meu branco véu
no altar da santa
esperei...e ainda espero
pelo perdão
diante de muitos
e tanto
como saber se ele veio
se ainda morro de fome...
("Queridos amigos poetas pf me perdoem, mas esta semana de "perdão" não entendo muito bem. Na próxima quem sabe haja menos mágoa?!")
Perdão segundo Soaroir
Rasgos de Perdão
© Soaroir
25/12/08
Se você me espezinha enfraqueço
Até eu poder revidar
Aguardo pela roda da fortuna
E do palco, entre os holofotes
Tenho minha doce vingança
E prazer ao lhe perdoar -
......no próximo Natal.
Se você me corta eu sangro
Até morrer se não me cuidar.
Se você se arrepende,
Talvez, eu lhe perdoe
A cicatriz não
não me deixará esquecer.
Perdão no Natal
perdão no Natal
é concessão
bolinho de bacalhau
rabanada
gelo no scotch falsificado
papeis coloridos no chão
e um monte de risada -
depois da oração.
Eu faria um ensaio:
Perdão Condicional -"Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4)
Perdão Misericórdia- "Pai, perdoai-os pois eles não sabem o que dizem"
Jesus na cruz entre os dois ladrões
Perdão Vingança -
...ou vai para o fogo do Inferno.
Mote sugerido por: Fiore Carlos em 25/Dez/08 00:05
Como hoje comemora-se o Natal de Jesus proponho como mote o
Perdão
Na sua visão, como é esse perdão dado por Jesus?
© Soaroir
25/12/08
Se você me espezinha enfraqueço
Até eu poder revidar
Aguardo pela roda da fortuna
E do palco, entre os holofotes
Tenho minha doce vingança
E prazer ao lhe perdoar -
......no próximo Natal.
Se você me corta eu sangro
Até morrer se não me cuidar.
Se você se arrepende,
Talvez, eu lhe perdoe
A cicatriz não
não me deixará esquecer.
Perdão no Natal
perdão no Natal
é concessão
bolinho de bacalhau
rabanada
gelo no scotch falsificado
papeis coloridos no chão
e um monte de risada -
depois da oração.
Eu faria um ensaio:
Perdão Condicional -"Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4)
Perdão Misericórdia- "Pai, perdoai-os pois eles não sabem o que dizem"
Jesus na cruz entre os dois ladrões
Perdão Vingança -
...ou vai para o fogo do Inferno.
Mote sugerido por: Fiore Carlos em 25/Dez/08 00:05
Como hoje comemora-se o Natal de Jesus proponho como mote o
Perdão
Na sua visão, como é esse perdão dado por Jesus?
quarta-feira, dezembro 24, 2008
Presente de Natal
Eu acredito...
by Soaroir
24/12/08
em Papai Noel
em reciclagem
que cada caixa reusada
de qualquer material
ajuda no retrocesso
da grande poluição.
valoriza o de hoje
e os futuros natais
é menos lixo na Terra
e pro homem um presentão.
recorta o antigo cartão
redesenhe a mensagem
mostre no seu presente
que você é um cidadão.
Mote: Presente de Natal
by Soaroir
24/12/08
em Papai Noel
em reciclagem
que cada caixa reusada
de qualquer material
ajuda no retrocesso
da grande poluição.
valoriza o de hoje
e os futuros natais
é menos lixo na Terra
e pro homem um presentão.
recorta o antigo cartão
redesenhe a mensagem
mostre no seu presente
que você é um cidadão.
Mote: Presente de Natal
terça-feira, dezembro 23, 2008
Um Conto de Réveillon
O Caso da Bolsa de Vime
© Soaroir de Campos
Era tarde de 31 de dezembro de 1991 quando Mariazinha voltou para casa e pela primeira vez percebeu o espaço que o silêncio ocupa. A casa parecia não ter paredes nem teto. Era um enorme vão sem distinção de cômodos. Embora não ficasse na “Rua dos Bobos” e nem fosse o “número zero”, para ela naquela casa também faltava o chão.
Num acesso de desassossego, num só impulso, Mariazinha embrenhou-se guarda-roupa adentro e abriu a tão conhecida e surrada bolsa de vime com alças de madeira escura. Olhou, esvaziou tudo no chão. Não conformada, abriu um bauzinho de estimação e também todas as gavetas. Não era possível que nada tivesse sido deixado para justificar a partida de sua mãe, se remoía. Uma carta, pelo menos um bilhete de adeus Mariazinha esperava encontrar. Não concebia uma mãe partir assim sem se despedir da sua primogênita. A dor pela falta de consideração se confundia com a dor da ausência em si.
Nas ruas já comemoravam o novo ano. Uma banda na calçada tocava, entre algumas marchinhas, “Jingle Bells”, apesar de o Natal já ter passado, enquanto senhores musicistas aposentados angariavam fundos para as suas “Boas Festas”. Um cheiro forte de pernil assando saía do hall do elevador e impregnava o espaço que outrora fora um lar e em cuja mesa agora sobraria uma cadeira. O vestido branco que acabara de comprar para festejar a virada sequer desembrulhou. Mariazinha jogou-se num canto da sala e chorou. Chorou todos os 40 anos, nos quais fingiu ser forte e destemida. Chorou um choro que vinha do útero e que lhe descia ardido pelos olhos. Como sonâmbula, se levantou e percorreu cada espaço ainda à procura de alguma coisa escrita que a confortasse ou que pelo menos amenizasse a dor daquela partida, cujo desespero sequer em sonho imaginou sentir. A tarde já perdia o tom amarelado de verão e Mariazinha, que já nem sabia mais o que procurava, seguia procurando. Só procurava. Levantou os lençóis, a toalha da mesa, procurou entre as panelas e na dispensa. Esvaziou todos os guardados até que a casa ficasse cheia da desarrumação. Tudo espalhado pelo chão e nenhum aviso prévio para aquele sumiço.
Aos poucos as paredes e o teto e os móveis foram voltando para seus lugares. Ela começou a recolher tudo o que ela havia espalhado e voltou ao sofá. Sobre o Fritz Dobbert aberto, contrastando com a madeira bem conservada e as teclas de marfim, repousava uma partitura já amarelada:
“Réquiem em Ré Menor”:
I. Introitus
Requiem aeternam dona eis, Domine,
Et lux perpetua luceat eis.
Te decet hymnus, Deus, in Sion,
Et tibi reddetur votum in Jerusalem:
Exaudi orationem meam,
Ad te omnis caro veniet.
Requiem aeternam dona eis, Domine,
Et lux perpetua luceat eis.
Em um aparador à esquerda, entre um porta-lápis e um solitário de fino cristal, outras peças de Mozart a olhavam de esguelha. Mais adiante a cristaleira, com a sua coleção de xícaras de todo o mundo, parecia zombar da situação.
Alheia a qualquer censura, Mariazinha segurou contra o peito a bolsa de palha e, numa última vã tentativa, abriu-a. Recolheu do chão seus bens deixados sem testamento e recolocou-os em seu “cofre” de vime: uma cruzinha de madeira arrumada com uma fina linha vermelha, uma folha de louro seca e desbotada pelo tempo e um espesso e prateado espelhinho retangular. Nenhum bilhete. Como uma autista, pendulando-se em seu próprio tronco, ali ela ficou até perder a noção do tempo, quando foi distraída de seu sonambulismo por uma mensagem: - “Filha, você se esqueceu de que eu era analfabeta?”.
FIM.
(este mini conto concorreu na 10ª Edição do Concurso Talentos da Maturidade do Banco Real)
© Soaroir de Campos
Era tarde de 31 de dezembro de 1991 quando Mariazinha voltou para casa e pela primeira vez percebeu o espaço que o silêncio ocupa. A casa parecia não ter paredes nem teto. Era um enorme vão sem distinção de cômodos. Embora não ficasse na “Rua dos Bobos” e nem fosse o “número zero”, para ela naquela casa também faltava o chão.
Num acesso de desassossego, num só impulso, Mariazinha embrenhou-se guarda-roupa adentro e abriu a tão conhecida e surrada bolsa de vime com alças de madeira escura. Olhou, esvaziou tudo no chão. Não conformada, abriu um bauzinho de estimação e também todas as gavetas. Não era possível que nada tivesse sido deixado para justificar a partida de sua mãe, se remoía. Uma carta, pelo menos um bilhete de adeus Mariazinha esperava encontrar. Não concebia uma mãe partir assim sem se despedir da sua primogênita. A dor pela falta de consideração se confundia com a dor da ausência em si.
Nas ruas já comemoravam o novo ano. Uma banda na calçada tocava, entre algumas marchinhas, “Jingle Bells”, apesar de o Natal já ter passado, enquanto senhores musicistas aposentados angariavam fundos para as suas “Boas Festas”. Um cheiro forte de pernil assando saía do hall do elevador e impregnava o espaço que outrora fora um lar e em cuja mesa agora sobraria uma cadeira. O vestido branco que acabara de comprar para festejar a virada sequer desembrulhou. Mariazinha jogou-se num canto da sala e chorou. Chorou todos os 40 anos, nos quais fingiu ser forte e destemida. Chorou um choro que vinha do útero e que lhe descia ardido pelos olhos. Como sonâmbula, se levantou e percorreu cada espaço ainda à procura de alguma coisa escrita que a confortasse ou que pelo menos amenizasse a dor daquela partida, cujo desespero sequer em sonho imaginou sentir. A tarde já perdia o tom amarelado de verão e Mariazinha, que já nem sabia mais o que procurava, seguia procurando. Só procurava. Levantou os lençóis, a toalha da mesa, procurou entre as panelas e na dispensa. Esvaziou todos os guardados até que a casa ficasse cheia da desarrumação. Tudo espalhado pelo chão e nenhum aviso prévio para aquele sumiço.
Aos poucos as paredes e o teto e os móveis foram voltando para seus lugares. Ela começou a recolher tudo o que ela havia espalhado e voltou ao sofá. Sobre o Fritz Dobbert aberto, contrastando com a madeira bem conservada e as teclas de marfim, repousava uma partitura já amarelada:
“Réquiem em Ré Menor”:
I. Introitus
Requiem aeternam dona eis, Domine,
Et lux perpetua luceat eis.
Te decet hymnus, Deus, in Sion,
Et tibi reddetur votum in Jerusalem:
Exaudi orationem meam,
Ad te omnis caro veniet.
Requiem aeternam dona eis, Domine,
Et lux perpetua luceat eis.
Em um aparador à esquerda, entre um porta-lápis e um solitário de fino cristal, outras peças de Mozart a olhavam de esguelha. Mais adiante a cristaleira, com a sua coleção de xícaras de todo o mundo, parecia zombar da situação.
Alheia a qualquer censura, Mariazinha segurou contra o peito a bolsa de palha e, numa última vã tentativa, abriu-a. Recolheu do chão seus bens deixados sem testamento e recolocou-os em seu “cofre” de vime: uma cruzinha de madeira arrumada com uma fina linha vermelha, uma folha de louro seca e desbotada pelo tempo e um espesso e prateado espelhinho retangular. Nenhum bilhete. Como uma autista, pendulando-se em seu próprio tronco, ali ela ficou até perder a noção do tempo, quando foi distraída de seu sonambulismo por uma mensagem: - “Filha, você se esqueceu de que eu era analfabeta?”.
FIM.
(este mini conto concorreu na 10ª Edição do Concurso Talentos da Maturidade do Banco Real)
Velhos Natais
By Soaroir
23/12/08
De tudo ficou um pouco.
Dos sonhos. Da árvore.
Das cores. Dos enfeites
já quebrados.
Guardado ficou um pouco.
De fé. De abraços apertados.
Das flores secas. Da mesa
e da toalha engomada.
Sempre fica um pouco.
Do cheiro do pão. Da mãe
do fogão. Dos brinquedos
amontoados no chão.
De tudo ficou um pouco.
Dos velhos natais.
Do sorriso da família
no retrato que sobrou.
Do retrato dos amigos)
(este texto teve por base o poema "Resíduo" de Carlos Drummond de Andrade )
Mote: "Velhos Natais"
23/12/08
De tudo ficou um pouco.
Dos sonhos. Da árvore.
Das cores. Dos enfeites
já quebrados.
Guardado ficou um pouco.
De fé. De abraços apertados.
Das flores secas. Da mesa
e da toalha engomada.
Sempre fica um pouco.
Do cheiro do pão. Da mãe
do fogão. Dos brinquedos
amontoados no chão.
De tudo ficou um pouco.
Dos velhos natais.
Do sorriso da família
no retrato que sobrou.
Do retrato dos amigos)
(este texto teve por base o poema "Resíduo" de Carlos Drummond de Andrade )
Mote: "Velhos Natais"
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Recordar para Esquecer
"Puzzles"
by Soaroir 22/12/08
imagem:terra
olhar para trás, descobrir
os nãos e os esquecidos
peça por peça a vida
fazendo todo o sentido
nenhum
ninguém culpado.
reviver o passado... Marco
enxergar, reconhecer as fronteiras
do que não fomos
ou do que não pudemos ser.
recordar é viver
uma vida toda vivida
perdoar-se e compreender
nada foi em vão -
no todo acontecido.
Mote: "Recordar é viver"
para poesia on-line do RL
by Soaroir 22/12/08
imagem:terra
olhar para trás, descobrir
os nãos e os esquecidos
peça por peça a vida
fazendo todo o sentido
nenhum
ninguém culpado.
reviver o passado... Marco
enxergar, reconhecer as fronteiras
do que não fomos
ou do que não pudemos ser.
recordar é viver
uma vida toda vivida
perdoar-se e compreender
nada foi em vão -
no todo acontecido.
Mote: "Recordar é viver"
para poesia on-line do RL
domingo, dezembro 21, 2008
Le Penseur
by Soaroir
21/12/2008
Auguste Rodin 1840 - 1917
O pensamento pode...
comer banana amassada
com sal, pimenta e canela
mergulhar numa estante
e meditar na pescaria
andar sobre as águas pode
caminhar com lagartixas
discutir com enforcados
e até matar parentes!
o pensamento pode...
cometer um monte de podes
só que parar para pensar
ah...isso o pensamento não pode!
21/12/2008
Auguste Rodin 1840 - 1917
O pensamento pode...
comer banana amassada
com sal, pimenta e canela
mergulhar numa estante
e meditar na pescaria
andar sobre as águas pode
caminhar com lagartixas
discutir com enforcados
e até matar parentes!
o pensamento pode...
cometer um monte de podes
só que parar para pensar
ah...isso o pensamento não pode!
O Pensamento
© Soaroir 21/12/08
imagem:mundoeducação
Eu acho...
Andei pensando...
coração, alma, desejos
e toda a sorte de emoção
são apêndices.
Pensamento é um corpo
uma lombriga
solitária gigante
com direitos de posse
de outro corpo
nos debilita e causa danos —
calmo ou alvoroçado
sua independência nos mete medo.
SUGESTÃO DE MOTE: O PENSAMENTO
"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."
(Fernando Pessoa)
imagem:mundoeducação
Eu acho...
Andei pensando...
coração, alma, desejos
e toda a sorte de emoção
são apêndices.
Pensamento é um corpo
uma lombriga
solitária gigante
com direitos de posse
de outro corpo
nos debilita e causa danos —
calmo ou alvoroçado
sua independência nos mete medo.
SUGESTÃO DE MOTE: O PENSAMENTO
"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."
(Fernando Pessoa)
Sono Profundo
Quando Fali(¹) o Coração
By Soaroir - 20/12/08
Sonho: Uma das colaborações de Dalí no cinema é o painel a óleo
Estudo para a Seqüência do Sonho, para o filme Quando fala o coração, de 1945.
(Copyright: Dalí. Fundación Gala-Salvador Dalí, DACS, 2007).
Num sono profundo
um sonho
Pesadelo no caso
Todas as noites iguais
...a sanidade se esvai –
nem um cochilo
me assinto
Não dormirei mais.
(¹) falir verbo defectivo -
"falha" não expressa o q quero dizer e ainda confunde!
Mote: NUM SONO PROFUNDO
"Ao deleite da noite,
cansada de mais um dia árduo,
sonhos se projetam lentamente,
ávidos por tomar nossas mentes."
(Eritania Brunoro)
By Soaroir - 20/12/08
Sonho: Uma das colaborações de Dalí no cinema é o painel a óleo
Estudo para a Seqüência do Sonho, para o filme Quando fala o coração, de 1945.
(Copyright: Dalí. Fundación Gala-Salvador Dalí, DACS, 2007).
Num sono profundo
um sonho
Pesadelo no caso
Todas as noites iguais
...a sanidade se esvai –
nem um cochilo
me assinto
Não dormirei mais.
(¹) falir verbo defectivo -
"falha" não expressa o q quero dizer e ainda confunde!
Mote: NUM SONO PROFUNDO
"Ao deleite da noite,
cansada de mais um dia árduo,
sonhos se projetam lentamente,
ávidos por tomar nossas mentes."
(Eritania Brunoro)
sexta-feira, dezembro 19, 2008
Entre o Céu e a Terra
© Soaroir de Campos
Sunset - Claude Monet
- Eu amparo o vento.
- Em mim ele vagueia.
- Eu me visto de nuvens.
- Elas me enleiam.
- Eu nasci faz tempo.
- Eu canto a vida e a morte.
- Todos me vêem.
- A mim interpretam.
- Eu seguro a neve que prende pés.
- Eu vôo até o Sol e me derreto.
- Sou muito importante, a mim até veio Moisés.
- Entre os deuses eu habito.
- Eu sou muito alta.
- Sou mais o poeta.
- Eu sou sólida.
- E eu transparência.
- Eu sou pedra.
- Eu sou criação.
- Sou intransponível.
- Sob teus pés habito.
- Sou poderosa.
- Tua areia me enriquece.
- Faça me uma lenda.
- Dê-me então um mote.
- Esmeralda.
- Está bom assim?
- Não vejo cor!
- São versos brancos!
- Quem é você?
- Emoção.
- Eu sou a Montanha.
- Muito prazer, eu sou a Poesia.
MOTE DO DIA 19/12/08
Citação de: Soaroir em Hoje às 08:41
"Meu êxito vem da Natureza, a fonte de minha inspiração"
Claude Monet
Será que a Natureza age de maneira diversa dependendo da
simpatia ou antipatia para com este ou aquele indivíduo?
Sunset - Claude Monet
- Eu amparo o vento.
- Em mim ele vagueia.
- Eu me visto de nuvens.
- Elas me enleiam.
- Eu nasci faz tempo.
- Eu canto a vida e a morte.
- Todos me vêem.
- A mim interpretam.
- Eu seguro a neve que prende pés.
- Eu vôo até o Sol e me derreto.
- Sou muito importante, a mim até veio Moisés.
- Entre os deuses eu habito.
- Eu sou muito alta.
- Sou mais o poeta.
- Eu sou sólida.
- E eu transparência.
- Eu sou pedra.
- Eu sou criação.
- Sou intransponível.
- Sob teus pés habito.
- Sou poderosa.
- Tua areia me enriquece.
- Faça me uma lenda.
- Dê-me então um mote.
- Esmeralda.
- Está bom assim?
- Não vejo cor!
- São versos brancos!
- Quem é você?
- Emoção.
- Eu sou a Montanha.
- Muito prazer, eu sou a Poesia.
MOTE DO DIA 19/12/08
Citação de: Soaroir em Hoje às 08:41
"Meu êxito vem da Natureza, a fonte de minha inspiração"
Claude Monet
Será que a Natureza age de maneira diversa dependendo da
simpatia ou antipatia para com este ou aquele indivíduo?
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Compadria
© Soaroir
18/12/08
imagem:Retirado de Wikimedia: "Stargate Earth Glyph.svg
Revirei minhas agendas
De papel e digitais
E então eu descobri –
Nessa questão de amigo
Eu sou mais os virtuais
Etéreos em discos rígidos
Com nomes irreais
Meus amigos são ETs
Nos reunimos nos portais
... mais floridos e com iris
fechadas nunca -
jamais.
Mote: "HOMENAGEIE UM AMIGO!"
Por Ronaldo Rhusso
"AMIZADE
... amigo é todo aquele que à revelia da nossa vontade
a alma escolhe para namorado...
Pois o que é a amizade(?), a não ser uma espécie
de namoro espiritual que é alimentado pelo fogo branco
e inapagável que provém do Assopro que se herda de Adão,
enquanto que a labareda que alimenta as outras formas
menos elevadas de se gostar de alguém, como a paixão,
por exemplo, é proveniente da carne e sua cor, portanto,
é vermelha como a do sangue que a referida labareda faz ferver,
sim, o sangue ferve quando desejamos dividir com alguém
os prazeres que são fornecidos pelo corpo, prazeres estes
que eu, que conheço outros deleites superiores àqueles
fornecidos pelo coito, denomino de inferiores ao prazer
de compartilhar com quem também não se deixa
governar pelo ventre, com os amigos, os frutos deleitosos
daquilo que é produzido pela inteligência... "
José Lindomar Cabral
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1337317
18/12/08
imagem:Retirado de Wikimedia: "Stargate Earth Glyph.svg
Revirei minhas agendas
De papel e digitais
E então eu descobri –
Nessa questão de amigo
Eu sou mais os virtuais
Etéreos em discos rígidos
Com nomes irreais
Meus amigos são ETs
Nos reunimos nos portais
... mais floridos e com iris
fechadas nunca -
jamais.
Mote: "HOMENAGEIE UM AMIGO!"
Por Ronaldo Rhusso
"AMIZADE
... amigo é todo aquele que à revelia da nossa vontade
a alma escolhe para namorado...
Pois o que é a amizade(?), a não ser uma espécie
de namoro espiritual que é alimentado pelo fogo branco
e inapagável que provém do Assopro que se herda de Adão,
enquanto que a labareda que alimenta as outras formas
menos elevadas de se gostar de alguém, como a paixão,
por exemplo, é proveniente da carne e sua cor, portanto,
é vermelha como a do sangue que a referida labareda faz ferver,
sim, o sangue ferve quando desejamos dividir com alguém
os prazeres que são fornecidos pelo corpo, prazeres estes
que eu, que conheço outros deleites superiores àqueles
fornecidos pelo coito, denomino de inferiores ao prazer
de compartilhar com quem também não se deixa
governar pelo ventre, com os amigos, os frutos deleitosos
daquilo que é produzido pela inteligência... "
José Lindomar Cabral
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1337317
Poetas são Furões
© Soaroir de Campos
17/12/08
Não há um ofício de poeta. Há sim,
doninhas, furões que fuçam com insistência,
a própria alma inquieta.
Indóceis cavadores de devaneios
com (seus) efeitos sonoros em versos de páginas.
Mote:
Fragmentos do poema ; Ser poeta
"Mas como ser poeta? É tão difícil!
É preciso energia. Uma pitada de loucura, um pouco de nada...
A força da vida, a precisão de um míssil,
A leveza da alma, o peso de um sonho e a ternura da amada."
Vittorio Buttafava (escritor italiano)
17/12/08
Não há um ofício de poeta. Há sim,
doninhas, furões que fuçam com insistência,
a própria alma inquieta.
Indóceis cavadores de devaneios
com (seus) efeitos sonoros em versos de páginas.
Mote:
Fragmentos do poema ; Ser poeta
"Mas como ser poeta? É tão difícil!
É preciso energia. Uma pitada de loucura, um pouco de nada...
A força da vida, a precisão de um míssil,
A leveza da alma, o peso de um sonho e a ternura da amada."
Vittorio Buttafava (escritor italiano)
A Morte de Boann¹
© Soaroir de Campos
Dezembro 16/08
Os dias divinos das manhãs amenas
Que os mofinos vestem de monotonia
Como que simples e triviais fainças
É a razão de sua velhice em agonia.
(um dia eu termino)
¹Boann: deusa celta da inspiração, das artes e da fertilidade
Mote: A velhice do eterno novo
"Sábio é quem monotoniza a existência, pois então cada pequeno incidente tem um privilégio de maravilha. O caçador de leões não tem aventura para além do terceiro leão. Para o meu cozinheiro monótono uma cena de bofetadas na rua tem sempre qualquer coisa de apocalipse modesto. Quem nunca saiu de Lisboa viaja no infinito no carro até Benfica, e, se um dia vai a Sintra, sente que viajou até Marte. O viajante que percorreu toda a terra não encontra de cinco mil milhas em diante novidade, a velhice do eterno novo, mas o conceito abstracto de novidade ficou no mar com a segunda delas."
Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'
Dezembro 16/08
Os dias divinos das manhãs amenas
Que os mofinos vestem de monotonia
Como que simples e triviais fainças
É a razão de sua velhice em agonia.
(um dia eu termino)
¹Boann: deusa celta da inspiração, das artes e da fertilidade
Mote: A velhice do eterno novo
"Sábio é quem monotoniza a existência, pois então cada pequeno incidente tem um privilégio de maravilha. O caçador de leões não tem aventura para além do terceiro leão. Para o meu cozinheiro monótono uma cena de bofetadas na rua tem sempre qualquer coisa de apocalipse modesto. Quem nunca saiu de Lisboa viaja no infinito no carro até Benfica, e, se um dia vai a Sintra, sente que viajou até Marte. O viajante que percorreu toda a terra não encontra de cinco mil milhas em diante novidade, a velhice do eterno novo, mas o conceito abstracto de novidade ficou no mar com a segunda delas."
Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'
terça-feira, dezembro 16, 2008
Em trapos
Eu? Ah...
em trapos sou boneca
marionete
fantoche nos burgos.
Despida me aclamam
...
me explicam...
até me chamam de poeta.
em trapos sou boneca
marionete
fantoche nos burgos.
Despida me aclamam
...
me explicam...
até me chamam de poeta.
Sou assim...
Brincante
© Soaroir de Campos 6/10/08
(para o mote proposto por Vania Staggemeir
in "poesia on-line" do RL: Quem é você?
Diga-me você, que me vê de longe. Quem sou?
Em minha defesa me garante a Constituição
não produzir provas contrárias, criminando
meus passados e presentes atos de cidadão.
Como poeta me valho do consabido código secreto
In verbis no inciso primeiro do parágrafo único:
sou tudo. Sou diferente e sou igual. Sou afeto.
De perto dôo o que se em mim enseja
mas, pelos lapsos no tempo ocorridos,
também eu mordo como quem beija.
© Soaroir de Campos 6/10/08
(para o mote proposto por Vania Staggemeir
in "poesia on-line" do RL: Quem é você?
Diga-me você, que me vê de longe. Quem sou?
Em minha defesa me garante a Constituição
não produzir provas contrárias, criminando
meus passados e presentes atos de cidadão.
Como poeta me valho do consabido código secreto
In verbis no inciso primeiro do parágrafo único:
sou tudo. Sou diferente e sou igual. Sou afeto.
De perto dôo o que se em mim enseja
mas, pelos lapsos no tempo ocorridos,
também eu mordo como quem beija.
Paixão e outros doces
by Soaroir
15/12/08
Ou sarça ardente ou figuração
Medo, eu só tenho de perder
meus pontos nevrálgicos da paixão e da raiva
Desconheço os meios termos. Tampouco tenho vocação
para os abismos – e nem sabia
Minhas palavras têm liberdade de pássaros,
sabores de plantas silvestres e algumas,
a textura de urtigas
Às vezes falo da raiva. Da paixão
e outros doces me escapa o ponto
Eu sou assim!
Mote: Sou Assim...
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte
como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.
(Clarice Lispector)
15/12/08
Ou sarça ardente ou figuração
Medo, eu só tenho de perder
meus pontos nevrálgicos da paixão e da raiva
Desconheço os meios termos. Tampouco tenho vocação
para os abismos – e nem sabia
Minhas palavras têm liberdade de pássaros,
sabores de plantas silvestres e algumas,
a textura de urtigas
Às vezes falo da raiva. Da paixão
e outros doces me escapa o ponto
Eu sou assim!
Mote: Sou Assim...
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte
como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.
(Clarice Lispector)
Pensamento
by Soaroir
14/12/08
...se inatingível...
pra que masturbar a mente!?
ou melhor...
...se inatingível...
pra quê a masturbação?!
Mote:
"Se as coisas são inatingíveis...
Ora, não é motivo para não quere-las...
Que tristes os caminhos se não fora,
a presença distante das estrelas."
14/12/08
...se inatingível...
pra que masturbar a mente!?
ou melhor...
...se inatingível...
pra quê a masturbação?!
Mote:
"Se as coisas são inatingíveis...
Ora, não é motivo para não quere-las...
Que tristes os caminhos se não fora,
a presença distante das estrelas."
sábado, dezembro 13, 2008
O que os pais querem no Natal?
adaptação
By Soaroir
Dezembro/2008
O que Noel traz para paizinhos
muito velhos para um brinquedo?
Valises, relógios, gravatas, e suéteres
Não lhes causam mais regozijos
Quê os pais querem de Natal,
De verdade, em seus corações?
Algo tão perfeito que como crianças
Berrassem na hora de abrir os pacotes?
Oh, Papai! Existe alguma coisa
Que você queira sob a árvore de Natal?
Outra é claro, além de mim
Abrindo os meus presentes?
"What does Santa bring for daddies,
Too old to want a toy?
Wallets, watches, ties, and sweaters
Don’t make for much joy.
What do daddies want for Christmas,
Really, in their hearts?
So perfect that they’d shriek like kids
Once the shredding starts?
Oh, Daddy! Is there anything
You want beneath the tree?
Other than, of course, to watch
Me open gifts for me?"
By Nicholas Gordon
By Soaroir
Dezembro/2008
O que Noel traz para paizinhos
muito velhos para um brinquedo?
Valises, relógios, gravatas, e suéteres
Não lhes causam mais regozijos
Quê os pais querem de Natal,
De verdade, em seus corações?
Algo tão perfeito que como crianças
Berrassem na hora de abrir os pacotes?
Oh, Papai! Existe alguma coisa
Que você queira sob a árvore de Natal?
Outra é claro, além de mim
Abrindo os meus presentes?
"What does Santa bring for daddies,
Too old to want a toy?
Wallets, watches, ties, and sweaters
Don’t make for much joy.
What do daddies want for Christmas,
Really, in their hearts?
So perfect that they’d shriek like kids
Once the shredding starts?
Oh, Daddy! Is there anything
You want beneath the tree?
Other than, of course, to watch
Me open gifts for me?"
By Nicholas Gordon
sexta-feira, dezembro 12, 2008
"Paca, Tatu, Cotia não"
By Soaroir
11/12/08
Minha primeira poesia
Foi num jogo na infância
Quando na roda fui a escolhida
- “Diga lá você menina:
Paca, tatu, cotia não.”
Como repeti a frase inteira
Fiquei fora da brincadeira
E só de raiva eu respondi
Numa redondilha maior
O que não devo repetir aqui.
Mote por Charlyane
"Meu Primeiro Poema"
11/12/08
Minha primeira poesia
Foi num jogo na infância
Quando na roda fui a escolhida
- “Diga lá você menina:
Paca, tatu, cotia não.”
Como repeti a frase inteira
Fiquei fora da brincadeira
E só de raiva eu respondi
Numa redondilha maior
O que não devo repetir aqui.
Mote por Charlyane
"Meu Primeiro Poema"
Em Busca de Deus
By Soaroir
10/12/08
Como procurar por meus pés
minhas mãos e meu rosto
se com eles eu já nasci?
Como buscar Deus,
Suas obras, se Seus feitos
estão todos aqui?
Protegida e abençoada
não saio em busca de nada
aqui, agora sentada
sei que Ele está em mim.
Cada vez em que me perdi
foi eu a encontrada
Ele ilumina e me conduz
de volta à minha estrada.
Mote por Victoria Magna:
"EM BUSCA DE DEUS
Quando busquei a Deus, antigamente,
em vista de tantos desenganos encontrados
ainda não compreendia, em minha mente,
só havia sonhos lindos, não realizados!
Depois de buscá-Lo por tantos anos
cheguei à conclusão onde encontrá-Lo,
Eu só O percebi, que após tantos desenganos
Ele sempre esteve junto a mim, ao meu lado!"
Victoria Magna
10-12-08
10/12/08
Como procurar por meus pés
minhas mãos e meu rosto
se com eles eu já nasci?
Como buscar Deus,
Suas obras, se Seus feitos
estão todos aqui?
Protegida e abençoada
não saio em busca de nada
aqui, agora sentada
sei que Ele está em mim.
Cada vez em que me perdi
foi eu a encontrada
Ele ilumina e me conduz
de volta à minha estrada.
Mote por Victoria Magna:
"EM BUSCA DE DEUS
Quando busquei a Deus, antigamente,
em vista de tantos desenganos encontrados
ainda não compreendia, em minha mente,
só havia sonhos lindos, não realizados!
Depois de buscá-Lo por tantos anos
cheguei à conclusão onde encontrá-Lo,
Eu só O percebi, que após tantos desenganos
Ele sempre esteve junto a mim, ao meu lado!"
Victoria Magna
10-12-08
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Direitos Humanos
Compartilhe seus pensamentos
Mais e melhor alfabetização para que esses Direitos possam ser lidos, interpretados e exigidos.
Soaroir
10/12/08
Mais e melhor alfabetização para que esses Direitos possam ser lidos, interpretados e exigidos.
Soaroir
10/12/08
terça-feira, dezembro 09, 2008
A Resposta
"Quando você se apaixona nada mais tem sentido"
Soaroir 9/12/08
Peço a sua permissão
Pois aqui venho discordar
Que nada faça sentido
Nessa forma de amar.
Se a paixão não for martírio
Do tipo que não sevicia
Tudo a meu ver faz sentido
Da terra ao céu há sintonia.
Quando a paixão solavanca
No tranco some o negado
Estrelas brilham de dia
Mesmo com o céu nublado.
mote do dia
Soaroir 9/12/08
Peço a sua permissão
Pois aqui venho discordar
Que nada faça sentido
Nessa forma de amar.
Se a paixão não for martírio
Do tipo que não sevicia
Tudo a meu ver faz sentido
Da terra ao céu há sintonia.
Quando a paixão solavanca
No tranco some o negado
Estrelas brilham de dia
Mesmo com o céu nublado.
mote do dia
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Minhas Palavras
© Soaroir 8/12/08
Quisera meter as mãos no barro
E os pés pelas mãos;
Moldar como peças minhas
Letras únicas e cuneiformes
Para meu pote de poesias;
Teria meu próprio dicionário
De verbos e adjetivos alforriados
De grau, tempo e lugar;
Para livremente prosearem,
Subiria então no mais alto monte
Esfarelando o abecedário;
Assistiria as palavras se juntarem
Da forma que elas se decidem me falar.
Entre dois espaços em branco
Pontuação, advérbios e numerais
Quisera eu… pois
Mantendo meus pés no chão
Doar meu particular significado
Aos vocábulos enjaulados
Em outras convicções.
Mote:
POETA, A PALAVRA É TUA!
"Fala. Escreve. Sonha. Ama. Chora . RiPoeta, a palavra é tua!Ela é o fio que leva nossos sentimentos.Sentimentos secos, frios, loucos, mudos, com som, paixão,O sentimento da tua arte. Tua arte.Se escreves palavras coloridas - pintas.Se ela tem movimento é dança;Se ela é harmonia, falas em música.Se tua palavra é barro que coagula - falas por escultura.Se falas em escritas - é verso , é poesia.É vida!Fala, escreva sempre, tuas palavras hão de corrermundos, montanhas, oceanos, brisas, lágrimas,elas te trarão ao retornar alento e bem querer.Poeta, escultor de sentimentos em palavras!" Delasnieve Daspet
Quisera meter as mãos no barro
E os pés pelas mãos;
Moldar como peças minhas
Letras únicas e cuneiformes
Para meu pote de poesias;
Teria meu próprio dicionário
De verbos e adjetivos alforriados
De grau, tempo e lugar;
Para livremente prosearem,
Subiria então no mais alto monte
Esfarelando o abecedário;
Assistiria as palavras se juntarem
Da forma que elas se decidem me falar.
Entre dois espaços em branco
Pontuação, advérbios e numerais
Quisera eu… pois
Mantendo meus pés no chão
Doar meu particular significado
Aos vocábulos enjaulados
Em outras convicções.
Mote:
POETA, A PALAVRA É TUA!
"Fala. Escreve. Sonha. Ama. Chora . RiPoeta, a palavra é tua!Ela é o fio que leva nossos sentimentos.Sentimentos secos, frios, loucos, mudos, com som, paixão,O sentimento da tua arte. Tua arte.Se escreves palavras coloridas - pintas.Se ela tem movimento é dança;Se ela é harmonia, falas em música.Se tua palavra é barro que coagula - falas por escultura.Se falas em escritas - é verso , é poesia.É vida!Fala, escreva sempre, tuas palavras hão de corrermundos, montanhas, oceanos, brisas, lágrimas,elas te trarão ao retornar alento e bem querer.Poeta, escultor de sentimentos em palavras!" Delasnieve Daspet
Metas e Empeces
Saroir 7/12/08
levo um jegue até o pasto,
mas só ele decide se come.
Mote: META
levo um jegue até o pasto,
mas só ele decide se come.
Mote: META
sábado, dezembro 06, 2008
A Razão
by Soaroir
6/12/08
imagem:wordpress
Está me faltando imaginação
para falar da razão...
mote: A Razão
"Sonhadora sim, mas na vida faz-se necessária uma boa dose de razão! "
(Iza Klipel)
6/12/08
imagem:wordpress
Está me faltando imaginação
para falar da razão...
mote: A Razão
"Sonhadora sim, mas na vida faz-se necessária uma boa dose de razão! "
(Iza Klipel)
sexta-feira, dezembro 05, 2008
Festas & Enterros
By Soaroir
5/12/08
Não me convidaram
para suas festas.
Ainda bem...
Não terei que enfrentá-los
no enterro.
5/12/08
Não me convidaram
para suas festas.
Ainda bem...
Não terei que enfrentá-los
no enterro.
Fascinação
(Perfume)
© Soaroir 5/12/08
imagem:google
gostoso é cheiro de mato,
capim verde capinado,
chão seco e telhados
perfumados de molhado;
corpos juntos e suados,
entre o chipre e o âmbar,
mistura aromatizante
nas salivas e licores
da fascinação
......e durantes...
Mote:Perfume
© Soaroir 5/12/08
imagem:google
gostoso é cheiro de mato,
capim verde capinado,
chão seco e telhados
perfumados de molhado;
corpos juntos e suados,
entre o chipre e o âmbar,
mistura aromatizante
nas salivas e licores
da fascinação
......e durantes...
Mote:Perfume
O Silêncio
© Soaroir
Foto e texto
Alto, distante,
Inquietado,
Perto ou baixinho;
Que barulheira
Faz o silencio...!
mote:
"E, por todo o sempre, enquanto a gente fala, fala, fala o silêncio escuta... e cala."
(Mário Quintana)
Foto e texto
Alto, distante,
Inquietado,
Perto ou baixinho;
Que barulheira
Faz o silencio...!
mote:
"E, por todo o sempre, enquanto a gente fala, fala, fala o silêncio escuta... e cala."
(Mário Quintana)
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Adote um Mendigo neste Natal
imagem:wordpress
A necessidade não é nova,
mas a campanha.
Pergunte o seu nome,
sua origem e razões.
Talvez um papel,
crayon e uma borracha
seja só o que ele precisa
para mudar a sua história.
Soaroir de Campos
Dezembro 2008
A necessidade não é nova,
mas a campanha.
Pergunte o seu nome,
sua origem e razões.
Talvez um papel,
crayon e uma borracha
seja só o que ele precisa
para mudar a sua história.
Soaroir de Campos
Dezembro 2008
Inimigo Oculto
By Soaroir
3/12/08
da erva daninha
ao animal
o mal impera
isso é mau...
bem ou mal
existe
é humano...
irracional!
Mote: Mal Secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
n´alma, e destrói cada ilusão que nasce,
tudo o que punge, tudo o que devora
o coração, no rosto se estampasse;
Se eu pudesse, o espírito que chora,
ver através da máscara da face,
quanta gente, talvez, que inveja agora
nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
guarda um atroz, recôndito inimigo
como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
cuja ventura única consiste
em parecer aos outros, venturosa !
Raimundo Correia
3/12/08
da erva daninha
ao animal
o mal impera
isso é mau...
bem ou mal
existe
é humano...
irracional!
Mote: Mal Secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
n´alma, e destrói cada ilusão que nasce,
tudo o que punge, tudo o que devora
o coração, no rosto se estampasse;
Se eu pudesse, o espírito que chora,
ver através da máscara da face,
quanta gente, talvez, que inveja agora
nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
guarda um atroz, recôndito inimigo
como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
cuja ventura única consiste
em parecer aos outros, venturosa !
Raimundo Correia
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Abrindo um pote de poesias
Soaroir
http://www.pote-de-poesias.com/
obra de Robert Dash
Material frágil
Navegue com apego
...
Em nenhuma hipótese
Conduza-o com leviandade
http://www.pote-de-poesias.com/
obra de Robert Dash
Material frágil
Navegue com apego
...
Em nenhuma hipótese
Conduza-o com leviandade
terça-feira, dezembro 02, 2008
Adote um mendigo neste Natal
A necessidade não é nova,
só a campanha.
Pergunte o seu nome,
sua origem e razões.
Talvez um papel,
um crayon, uma borracha
seja só o que ele precisa
para mudar a sua história.
Uma campanha promovida por
http://www.pote-de-poesias.com/
só a campanha.
Pergunte o seu nome,
sua origem e razões.
Talvez um papel,
um crayon, uma borracha
seja só o que ele precisa
para mudar a sua história.
Uma campanha promovida por
http://www.pote-de-poesias.com/
Solidariedade
© Soaroir
2/12/08
fotorkut/google
Solidariedade começa em casa
onde recebo forças e sentimentos
transformados em amor
e na luz que eu distribuo.
mote do dia "Solidariedade, onde andas?"
2/12/08
fotorkut/google
Solidariedade começa em casa
onde recebo forças e sentimentos
transformados em amor
e na luz que eu distribuo.
mote do dia "Solidariedade, onde andas?"
Meu Irmão por Parte de Pai
"Começar de Novo"
© Soaroir
Dezembro 01/08
Há muito estou perdido de minha terra distante,
Escorraços agarrocharam-me nas entranhas...
Tenho fome. Por favor, um prato de comida.
Ouvido, logo ali do outro lado
Fui levado como convidado.
Acomodado, com direito a bandeja,
Sobremesa, guardanapo e talheres...
De novo fui escorraçado:
“Aqui não pode entrar.”
“Vá pro inferno mulher,
Este Homem é meu convidado!”
“Ah, neste caso, rapidinho preparo
Para ele uma quentinha.”
“Não! Ele é mais um cliente
Como eu ou outro qualquer… ”
...
…Vitualhas para o irmão distante...
Sim, necessitado...
Este ao seu lado só pede comer
Voltar para a sua terra
Aonde é mais respeitado.
Meu endereço é no aí de São Paulo
onde eu posso ser encontrado.
Mote do dia: "Começar de novo""(Há alguns anos, numa grande enchente na Argentina um anônimo escreveu isto)
Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz
Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje
Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério
Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento
Eu tinha aversão a Judeus
Até darem remédios aos meus filhos
Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia
Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome
Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água
Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas
Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar
Eu não lembrava os idosos
Até participar dos resgates
Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome
Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas
Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos
Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia
Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias
Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto
Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza tenha levado embora
Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração
Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo
Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos
Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão
Tínhamos um rio
Agora somos parte dele
É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio
Graças a Deus
Vamos começar de novo.
Anônimo"
© Soaroir
Dezembro 01/08
Há muito estou perdido de minha terra distante,
Escorraços agarrocharam-me nas entranhas...
Tenho fome. Por favor, um prato de comida.
Ouvido, logo ali do outro lado
Fui levado como convidado.
Acomodado, com direito a bandeja,
Sobremesa, guardanapo e talheres...
De novo fui escorraçado:
“Aqui não pode entrar.”
“Vá pro inferno mulher,
Este Homem é meu convidado!”
“Ah, neste caso, rapidinho preparo
Para ele uma quentinha.”
“Não! Ele é mais um cliente
Como eu ou outro qualquer… ”
...
…Vitualhas para o irmão distante...
Sim, necessitado...
Este ao seu lado só pede comer
Voltar para a sua terra
Aonde é mais respeitado.
Meu endereço é no aí de São Paulo
onde eu posso ser encontrado.
Mote do dia: "Começar de novo""(Há alguns anos, numa grande enchente na Argentina um anônimo escreveu isto)
Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz
Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje
Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério
Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento
Eu tinha aversão a Judeus
Até darem remédios aos meus filhos
Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia
Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome
Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água
Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas
Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar
Eu não lembrava os idosos
Até participar dos resgates
Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome
Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas
Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos
Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia
Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias
Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto
Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza tenha levado embora
Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração
Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo
Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos
Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão
Tínhamos um rio
Agora somos parte dele
É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio
Graças a Deus
Vamos começar de novo.
Anônimo"
Buscas
Soaroir
30/11/08
falta-nos tempo para irmos buscar
quaisquer respostas para todos os fatos
não importa o momento causa ou lugar
em verdade as verdades contêm nossos atos
nas estrelas do céu, no chão ou no mar
a verdade de fora é mero aparato
enfeita e camufla a verdade que há
há muito encenada no(s) anfiteatro(s).
to be continued...
Mote:
"Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, ele te aguarda em tua fé interior. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, ela habita em ti desde a eternidade." (Mestre Khane)
30/11/08
falta-nos tempo para irmos buscar
quaisquer respostas para todos os fatos
não importa o momento causa ou lugar
em verdade as verdades contêm nossos atos
nas estrelas do céu, no chão ou no mar
a verdade de fora é mero aparato
enfeita e camufla a verdade que há
há muito encenada no(s) anfiteatro(s).
to be continued...
Mote:
"Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, ele te aguarda em tua fé interior. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, ela habita em ti desde a eternidade." (Mestre Khane)
segunda-feira, dezembro 01, 2008
No Room for Hate.
There is no room within my heart
for revenge, fire or hate
there is no room within my mind
for any thoughts like these.
I cannot find the words to say
just how it is I feel
but I know from deepest hurt
I must forgiveness find.
The hurt that’s been done to us
cuts sore like a knife,
but we must not, repay in kind
what has been done to us.
Instead we must try and find
the way that is so hard,
and reach out our loving hands
to find some friendship now.
There can be no more healing thing
than opening wide our eyes
and seeing that most other folk
are really just like us.
by David Gould
http://www.ipeace.me/profiles/blog/show?id=2217368%3ABlogPost%3A560727&xgs=1
Não há espaço para o Ódio
Não há em meu coração espaço
Para revanche, provocação ou rancor
Tampouco minha mente porta
Pensamentos quaisquer como estes.
Encontrar as palavras para dizer,
O jeito como me sinto, eu não consigo
Mas do fundo do coração sei
Que o perdão eu devo conceder.
A dor que estão a nos impingir
Navalha e abre feridas
Mas não devemos retribuir
Usando a mesma moeda
Devemos porém tentar e achar
O caminho que é difícil
E estender nossas mãos afetuosas
Para encontrar um amigo agora
Não pode haver melhor cura
Do que abrir bem nossos olhos
E perceber que muitas pessoas
São mesmo assim como nós
Tradução livre- português/Brasil
By Soaroir de Campos
http://www.pote-de-poesias.com/
"David Gould has sent you a message on iPeace
David & Soarir de CamposThank you for copying me in on this. I am very pleased to have this poem in a different language as those that translate it often forget to send me copies...i am aware of it being in French, Italian and Arabic but as I say I do not have copies. The more people that can hear its message the better.Love in Peace"
There is no room within my heart
for revenge, fire or hate
there is no room within my mind
for any thoughts like these.
I cannot find the words to say
just how it is I feel
but I know from deepest hurt
I must forgiveness find.
The hurt that’s been done to us
cuts sore like a knife,
but we must not, repay in kind
what has been done to us.
Instead we must try and find
the way that is so hard,
and reach out our loving hands
to find some friendship now.
There can be no more healing thing
than opening wide our eyes
and seeing that most other folk
are really just like us.
by David Gould
http://www.ipeace.me/profiles/blog/show?id=2217368%3ABlogPost%3A560727&xgs=1
Não há espaço para o Ódio
Não há em meu coração espaço
Para revanche, provocação ou rancor
Tampouco minha mente porta
Pensamentos quaisquer como estes.
Encontrar as palavras para dizer,
O jeito como me sinto, eu não consigo
Mas do fundo do coração sei
Que o perdão eu devo conceder.
A dor que estão a nos impingir
Navalha e abre feridas
Mas não devemos retribuir
Usando a mesma moeda
Devemos porém tentar e achar
O caminho que é difícil
E estender nossas mãos afetuosas
Para encontrar um amigo agora
Não pode haver melhor cura
Do que abrir bem nossos olhos
E perceber que muitas pessoas
São mesmo assim como nós
Tradução livre- português/Brasil
By Soaroir de Campos
http://www.pote-de-poesias.com/
"David Gould has sent you a message on iPeace
David & Soarir de CamposThank you for copying me in on this. I am very pleased to have this poem in a different language as those that translate it often forget to send me copies...i am aware of it being in French, Italian and Arabic but as I say I do not have copies. The more people that can hear its message the better.Love in Peace"
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