© Soaroir 31/1/09
imagem/bonobos
Para ser seguida me apressei em partir
com as ninfas de Paixãoville
e atendi aos recitais na fonte dos desejos.
Diante dos altares e hóstias bisei améns
ao falo verde. Depois do amanhecido entufei
e boiei como um naco de pão umedecido.
Na tona segui a Natureza para a desova
e acordei entre (os) gritos dos animais.
sábado, janeiro 31, 2009
Em Outras Palavras
ou "Seu Chamamento"
© Soaroir 30/1/09
(para a amiga e poeta Sunny Lóra)
seu chamamento é mavioso como o canto das cotovias
chilreio melodioso contornando o silêncio
nos meus campos outrora plantados de trigo.
Não sei como voar baixo ou ciscar
entre a amiúde vadiagem do justo com o joio.
Minha silhueta rubra abala e espanta
a maioria dos quero-queros do lagamar.
Este estio, meiga cotovia, ainda há de passar...
logo que eu aprenda a pousar nos gravetos
e do meio das ervas dispersas
e alheadas palavras alçar meu vôo.
© Soaroir 30/1/09
(para a amiga e poeta Sunny Lóra)
seu chamamento é mavioso como o canto das cotovias
chilreio melodioso contornando o silêncio
nos meus campos outrora plantados de trigo.
Não sei como voar baixo ou ciscar
entre a amiúde vadiagem do justo com o joio.
Minha silhueta rubra abala e espanta
a maioria dos quero-queros do lagamar.
Este estio, meiga cotovia, ainda há de passar...
logo que eu aprenda a pousar nos gravetos
e do meio das ervas dispersas
e alheadas palavras alçar meu vôo.
Tocante
(ou Deficientes)
© Soaroir Jan/2009
imagem google/"arte com os dedos"
“Proibido Tocar”
em escrita vulgar e em braile –
ao pé da tela no museu.
Como um convalescente
o cego recuou sem ver a obra.
Armou-se de cavalete e tinta
e debaixo de seus dedos viu nascer
seu próprio quadro.
© Soaroir Jan/2009
imagem google/"arte com os dedos"
“Proibido Tocar”
em escrita vulgar e em braile –
ao pé da tela no museu.
Como um convalescente
o cego recuou sem ver a obra.
Armou-se de cavalete e tinta
e debaixo de seus dedos viu nascer
seu próprio quadro.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Versos Verdes Fritos
(ou Verso em vinha d´alho)
© Soaroir 25/1/09
ISBN 978-85-366-1563-9
Entra na panela uma pitada de pimenta e sal
Enquanto engrossa o molho eu refogo um verso
desgrudo do fundo com uma colher de pau
o consolado alimento ensopado na garganta.
Talhadas a cutelo as desossadas vísceras
me berram do alguidar como se poetas fossem
a acrescentar ao caldo da molheira alfaiada
rimas marinadas em especiarias finas.
Benigna resiliência em salmoura conservada
Condimentada nutrição do espírito e alma
descongelada levo ao fogo de um fogão
e ante aos perfumados vapores me ergo boquiaberta.
Sobre a mesa estico as rendas da Madeira (¹)
alinho os pratos e acimo as taças cheias
Num discreto gesto temperado ao alho e óleo
eu saúdo o bardo que povoa (a) minha cabeceira.
(¹) Ilha da Madeira
" VERSOS VERDES FRITOS"
© Soaroir 25/1/09
ISBN 978-85-366-1563-9
Entra na panela uma pitada de pimenta e sal
Enquanto engrossa o molho eu refogo um verso
desgrudo do fundo com uma colher de pau
o consolado alimento ensopado na garganta.
Talhadas a cutelo as desossadas vísceras
me berram do alguidar como se poetas fossem
a acrescentar ao caldo da molheira alfaiada
rimas marinadas em especiarias finas.
Benigna resiliência em salmoura conservada
Condimentada nutrição do espírito e alma
descongelada levo ao fogo de um fogão
e ante aos perfumados vapores me ergo boquiaberta.
Sobre a mesa estico as rendas da Madeira (¹)
alinho os pratos e acimo as taças cheias
Num discreto gesto temperado ao alho e óleo
eu saúdo o bardo que povoa (a) minha cabeceira.
(¹) Ilha da Madeira
2º LUGAR POEMA
LIVRE
SOAROIR DE CAMPOS" VERSOS VERDES FRITOS"
PROJETO DELICATTA IV
http://asincertezasdacor.blogspot.com.br/2009/11/premio-delicatta-editora-scortecci.html
segunda-feira, janeiro 26, 2009
By the Dusk
"Ao Entardecer"© Soaroir de Campos
(free translation to "Poemhunters")
the universe halts by the dusk
maritacas¹ take refuge everywhere
dogs asleep round their tails
mimosas readying for the Monday
the universe halts by the dusk
young waiting for (their) sunrise
elder heading their twilight
preachers praying for their souls
the universe halts by the dusk
for the columbina returns to its nest
ships bend their masts
and the soul encloses in cloisters
the universe halts by the dusk
before Maguetas’ palette
AO ENTARDECER...
© Soaroir Maria de Campos
o universo pára ao entardecer
maritacas se refugiam em qualquer lugar
os cães adormecem enroscados à cauda
a dormideira se prepara para a segunda-feira
o universo pára ao entardecer
jovens ansiando pelo novo sol
velhos cabeceando seu crepúsculo
padres orando por suas almas
o universo pára ao entardecer
para a rolinha retornar ao ninho
as naus vergarem seus mastros
o âmago encerrar-se em claustros
o universo pára ao entardecer...
ante a paleta de Maguetas/poeta.
São Paulo/SP-Br - Out.30/2007
(free translation to "Poemhunters")
entardecer no Amaralina/Soaroir 2014
the universe halts by the dusk
maritacas¹ take refuge everywhere
dogs asleep round their tails
mimosas readying for the Monday
the universe halts by the dusk
young waiting for (their) sunrise
elder heading their twilight
preachers praying for their souls
the universe halts by the dusk
for the columbina returns to its nest
ships bend their masts
and the soul encloses in cloisters
the universe halts by the dusk
before Maguetas’ palette
AO ENTARDECER...
© Soaroir Maria de Campos
o universo pára ao entardecer
maritacas se refugiam em qualquer lugar
os cães adormecem enroscados à cauda
a dormideira se prepara para a segunda-feira
o universo pára ao entardecer
jovens ansiando pelo novo sol
velhos cabeceando seu crepúsculo
padres orando por suas almas
o universo pára ao entardecer
para a rolinha retornar ao ninho
as naus vergarem seus mastros
o âmago encerrar-se em claustros
o universo pára ao entardecer...
ante a paleta de Maguetas/poeta.
São Paulo/SP-Br - Out.30/2007
Crônica de Paixão
De Marília L. Paixão
Publicação autorizada pela autora.
"TALENTO SEM LIMITES – vários nomes apontados pelos dedos dos meus olhos
Escritor número um deste texto? Você! Escritor número dois?! Vocês! E o número três, quem é? Todos nós! Rs...
Aqui vou eu iniciando este especial de notícias sobre grandes, novos ou velhos escritores modernos que tem mostrado a cara no recanto. Já adianto que têm aparecido umas belezinhas de novos e uma fantástica safra de \"experientes\". Eu fico na categoria dos bestas com o imaginário sucesso minimizado e por isso tomei a iniciativa de ficar escolhendo uns pelos dedos dos meus olhos enquanto leio.
Dei sorte de fazer um tempo para ler em dias que por aqui passaram uma carreata de grandes talentos e aqui vou eu começando pela poesia bucólica de Soaroir: Na casa da minha infância e dela mesmo: Quem é você? E em termos de poesia Zélia Nicolodi é um nome que não se pode esquecer. Amei \"Graça e trapaça\", mas qualquer poesia dela é para ler e reler e guardar o nome dela dentro de você.
Mas se \"A primeira impressão é a que fica\" fique também com Terezinha Pasqualotto falando de Curitiba. Eu nunca vi forma tão fina de elogiar uma cidade. Tem coisas que são uma verdadeira \"Lição de vida\" e a este texto do Moacir Silva Papacosta eu chamaria de receita imperdível. Só não pode fugir da Zélia Freire mesmo ela dizendo que é para fazer como fez o Sátiro e leia: \"E quem sou eu para duvidar?\" De autoria desta grande pensadora.
Eu é que não duvido! Afinal, como escreveu Rill de Mello, há tantas \"Palavras para semear\" E Rill abomina o preconceito com força e raça! Mas será que a \"Felicidade tem preço? Nos pergunta Francisquine. \"Será o mundo dos espertos\"?\" Este já é da Dany Ziroldo. Mas e você? Andou respondendo a essas perguntas? \"Você consegue se ver sem beleza?\"Ah! Essa pergunta bacana fui eu quem fiz! Rs... Não respondeu?! Ainda dá tempo!
Você já invejou ser ave? Gomes da Silveira já e deixou no título: \"Invejei ser ave.\" Que inveja boa! Podem conferir! Aproveita para conferir também \"Percepções sem pretensões\" do Ivan Sanches. Mas se você gosta de ironia a Belaflor deixou várias na crônica \"Ironizando\" sobre política, futebol e música. Mas se na hora de ler der branco, leia \"Quando escrever dá branco\" do Prado Vinícius.
Meu pensamento preferido foi o da Macris: Egoísmo/ódio/fraternidade.
E da Brisa Northeast temos o \"limite da palavra\" Será que cheguei no limite deste texto? Vou chamá-lo de talento sem limites, que dessa forma se eu tiver ultrapassado espero que a maioria me perdoe. Estou apenas procurando ser transparente e também gostei muito da \"Transparência\" da Maria Dilma Ponte de Brito. Um texto super atual e interessante neste mundo em que não existe mais privacidade. E claro, nem preciso citar o texto \"the best\" da Fátima Irene por que todos já sabem que ela é the best! Mas confirmar com carinho não custa. Não vi pelo site ainda é a nova entrevista da Malu. Será que ela gripou? Vê se sara, sô! Ou então você terá que ouvir O ENSANDECER DOS PÁSSAROS - PARA PESSOAS ESPECIAIS mais de uma vez."
(Paixão - não poderia melhor identificar uma amiga das letras que, com tanto carinho, nos incentiva a continuar. De minha parte agradeço a menção e solicito sua autorização para publicar sua linda crônica de amor (com o devido crédito) em meu “Pote de Poesias. Se concordar, pf me envie : Soaroir@terra.com.br . Grande abraço)
Assunto: a crônica que vc pediu
Nome: Marília L Paixão
E-mail: mlopesp2@gmail.com
Publicação autorizada pela autora.
"TALENTO SEM LIMITES – vários nomes apontados pelos dedos dos meus olhos
Escritor número um deste texto? Você! Escritor número dois?! Vocês! E o número três, quem é? Todos nós! Rs...
Aqui vou eu iniciando este especial de notícias sobre grandes, novos ou velhos escritores modernos que tem mostrado a cara no recanto. Já adianto que têm aparecido umas belezinhas de novos e uma fantástica safra de \"experientes\". Eu fico na categoria dos bestas com o imaginário sucesso minimizado e por isso tomei a iniciativa de ficar escolhendo uns pelos dedos dos meus olhos enquanto leio.
Dei sorte de fazer um tempo para ler em dias que por aqui passaram uma carreata de grandes talentos e aqui vou eu começando pela poesia bucólica de Soaroir: Na casa da minha infância e dela mesmo: Quem é você? E em termos de poesia Zélia Nicolodi é um nome que não se pode esquecer. Amei \"Graça e trapaça\", mas qualquer poesia dela é para ler e reler e guardar o nome dela dentro de você.
Mas se \"A primeira impressão é a que fica\" fique também com Terezinha Pasqualotto falando de Curitiba. Eu nunca vi forma tão fina de elogiar uma cidade. Tem coisas que são uma verdadeira \"Lição de vida\" e a este texto do Moacir Silva Papacosta eu chamaria de receita imperdível. Só não pode fugir da Zélia Freire mesmo ela dizendo que é para fazer como fez o Sátiro e leia: \"E quem sou eu para duvidar?\" De autoria desta grande pensadora.
Eu é que não duvido! Afinal, como escreveu Rill de Mello, há tantas \"Palavras para semear\" E Rill abomina o preconceito com força e raça! Mas será que a \"Felicidade tem preço? Nos pergunta Francisquine. \"Será o mundo dos espertos\"?\" Este já é da Dany Ziroldo. Mas e você? Andou respondendo a essas perguntas? \"Você consegue se ver sem beleza?\"Ah! Essa pergunta bacana fui eu quem fiz! Rs... Não respondeu?! Ainda dá tempo!
Você já invejou ser ave? Gomes da Silveira já e deixou no título: \"Invejei ser ave.\" Que inveja boa! Podem conferir! Aproveita para conferir também \"Percepções sem pretensões\" do Ivan Sanches. Mas se você gosta de ironia a Belaflor deixou várias na crônica \"Ironizando\" sobre política, futebol e música. Mas se na hora de ler der branco, leia \"Quando escrever dá branco\" do Prado Vinícius.
Meu pensamento preferido foi o da Macris: Egoísmo/ódio/fraternidade.
E da Brisa Northeast temos o \"limite da palavra\" Será que cheguei no limite deste texto? Vou chamá-lo de talento sem limites, que dessa forma se eu tiver ultrapassado espero que a maioria me perdoe. Estou apenas procurando ser transparente e também gostei muito da \"Transparência\" da Maria Dilma Ponte de Brito. Um texto super atual e interessante neste mundo em que não existe mais privacidade. E claro, nem preciso citar o texto \"the best\" da Fátima Irene por que todos já sabem que ela é the best! Mas confirmar com carinho não custa. Não vi pelo site ainda é a nova entrevista da Malu. Será que ela gripou? Vê se sara, sô! Ou então você terá que ouvir O ENSANDECER DOS PÁSSAROS - PARA PESSOAS ESPECIAIS mais de uma vez."
(Paixão - não poderia melhor identificar uma amiga das letras que, com tanto carinho, nos incentiva a continuar. De minha parte agradeço a menção e solicito sua autorização para publicar sua linda crônica de amor (com o devido crédito) em meu “Pote de Poesias. Se concordar, pf me envie : Soaroir@terra.com.br . Grande abraço)
Assunto: a crônica que vc pediu
Nome: Marília L Paixão
E-mail: mlopesp2@gmail.com
sábado, janeiro 24, 2009
Não Corra Atrás das Borboletas
© Soaroir de Campos
São Paulo, 24/01/2009
Não faz muito tempo eu conheci a cativante Butterfly.
Em sua jornada, talvez cansada ou em vôo errante, pousou no meu vitral,
um palmo ou mais acima do meu pequeno jardim suspenso.
Fiquei admirada com tanta iridescência, sorri parada.
Sem outra reação, dei uma piscadela como saudação.
Ela, com as radiantes escamas e especial deferência
retribuiu contra o vidro respingado e me disse
pelas antenas arredondadas em código de borboletas:
— Agora tenho que partir. A vida é muito curta para ficar
choramingando por aqui em seu jardim.
Sem promessas, agradeceu a acolhida e se foi,
mesmo com meia asa descamada por um colecionador.
São Paulo, 24/01/2009
Não faz muito tempo eu conheci a cativante Butterfly.
Em sua jornada, talvez cansada ou em vôo errante, pousou no meu vitral,
um palmo ou mais acima do meu pequeno jardim suspenso.
Fiquei admirada com tanta iridescência, sorri parada.
Sem outra reação, dei uma piscadela como saudação.
Ela, com as radiantes escamas e especial deferência
retribuiu contra o vidro respingado e me disse
pelas antenas arredondadas em código de borboletas:
— Agora tenho que partir. A vida é muito curta para ficar
choramingando por aqui em seu jardim.
Sem promessas, agradeceu a acolhida e se foi,
mesmo com meia asa descamada por um colecionador.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
O salmão
By Soaroir 19/1/09
Nasce e deixa o rio,
volta do mar
na própria ocasião.
Mote:
"A NATUREZA SEGUE SUAS PRÓPRIAS REGRAS : Desta maneira você tem que estar preparado para súbitas mudanças no outono, o gelo escorregadio no inverno, a estação das flores na primavera, a sede e as chuvas de verão. Em cada uma dessas estações, aproveite o que há de melhor, e não reclame de suas características."
Paulo Coelho.
Por : Mariah Bonitah
Nasce e deixa o rio,
volta do mar
na própria ocasião.
Mote:
"A NATUREZA SEGUE SUAS PRÓPRIAS REGRAS : Desta maneira você tem que estar preparado para súbitas mudanças no outono, o gelo escorregadio no inverno, a estação das flores na primavera, a sede e as chuvas de verão. Em cada uma dessas estações, aproveite o que há de melhor, e não reclame de suas características."
Paulo Coelho.
Por : Mariah Bonitah
... Se não, não se faz um samba não
Soaroir 18/1/09
"Samba da Bênção
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes / Baden Powell
Cantado
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não
Falado
Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão
Cantado
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não
Falado
Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba
Cantado
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
Falado
Eu, por exemplo, o capitão do mato
Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A bênção, Sinhô, a benção, Cartola
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Cyro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes
Sambistas do Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parceiro cem por cento
Você que une a ação ao sentimento
E ao pensamento
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos
Não és um só, és tantos como
O meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá! A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus
Cantado
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração"
O mote era fazer um samba
mas deu muita confusão
foi então que eu cai fora
e não fiz meu samba não...
in: http://recantodasletras.uol.com.br/forum/index.php?topic=4566.45
"Samba da Bênção
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes / Baden Powell
Cantado
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não
Falado
Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão
Cantado
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não
Falado
Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba
Cantado
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
Falado
Eu, por exemplo, o capitão do mato
Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A bênção, Sinhô, a benção, Cartola
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Cyro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes
Sambistas do Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parceiro cem por cento
Você que une a ação ao sentimento
E ao pensamento
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos
Não és um só, és tantos como
O meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá! A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus
Cantado
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração"
O mote era fazer um samba
mas deu muita confusão
foi então que eu cai fora
e não fiz meu samba não...
in: http://recantodasletras.uol.com.br/forum/index.php?topic=4566.45
Dor de cotovelo
17/1/09
... dói...!
Mote "Dor de cotovelo"
... dói...!
Mote "Dor de cotovelo"
Doideiras de Mulher
Soaroir 15/1/09
Logo cedo infantis
Mais tarde adolescentes
Depois de noiva e mulher
$ão de fato fascinante$..!
Mote:
"Toda mulher é doida. Impossível não ser.
A gente nasce com um dispositivo interno
que nos informa desde cedo que, sem amor
a vida não vale a pena se vivida.
MULHER, ESSA DOIDA FASCINANTE.
Trecho da crônica Doidas & Santas
de Martha Medeiros"
Logo cedo infantis
Mais tarde adolescentes
Depois de noiva e mulher
$ão de fato fascinante$..!
Mote:
"Toda mulher é doida. Impossível não ser.
A gente nasce com um dispositivo interno
que nos informa desde cedo que, sem amor
a vida não vale a pena se vivida.
MULHER, ESSA DOIDA FASCINANTE.
Trecho da crônica Doidas & Santas
de Martha Medeiros"
É muito pra cabeça...
by Soaroir
14/1/09
imagem google
Pensamento é como pingo de chuva,
depende dos ventos.
Mote: "O Pensamento"
14/1/09
imagem google
Pensamento é como pingo de chuva,
depende dos ventos.
Mote: "O Pensamento"
Amei-te. Não te amo agora.
Soaroir 13/1/09
Perdida, eu te encontrei sob as touceiras de um oásis
Entre miragens, me descrevias dunas e vidas em tundras
Tateias cansada. Confusa beduína a sede te enfraquece -
Justo à beirada de teus jardins - desfaleces
Ante o “poço do juramento” - amando mais a sombra
Do que as tâmaras de Negev.
Mote: "Amar Você"
Perdida, eu te encontrei sob as touceiras de um oásis
Entre miragens, me descrevias dunas e vidas em tundras
Tateias cansada. Confusa beduína a sede te enfraquece -
Justo à beirada de teus jardins - desfaleces
Ante o “poço do juramento” - amando mais a sombra
Do que as tâmaras de Negev.
Mote: "Amar Você"
Lenços de Gaze
by Soaroir 11/1/09
imagem google
Tudo vai dar certo
Faixa em tiras -
Gaza transparente
Cobrindo cabeças
Nos templos.
Mote: "Não se preocupe, Deus está no controle"
imagem google
Tudo vai dar certo
Faixa em tiras -
Gaza transparente
Cobrindo cabeças
Nos templos.
Mote: "Não se preocupe, Deus está no controle"
domingo, janeiro 11, 2009
Animal de Estimação
(reencontrando o passado)
Soaroir 10/1/09
imagem:justdog
Como o patinho feio,
Meu passado era vira-lata
Quando presente.
Virou um Labrador Retriever.
Caçamos juntos.
Se mergulho, me segue,
Se me escondo, espera.
Odeia ficar sozinho...
Sempre me acompanha.
Mote: "Reencontrando o passado"
Soaroir 10/1/09
imagem:justdog
Como o patinho feio,
Meu passado era vira-lata
Quando presente.
Virou um Labrador Retriever.
Caçamos juntos.
Se mergulho, me segue,
Se me escondo, espera.
Odeia ficar sozinho...
Sempre me acompanha.
Mote: "Reencontrando o passado"
Paciência Cantada
Paciência...!
by Soaroir
9/1/09
Seja gentil com os amigos emplumados
pois um pato/marreco pode ser a mãe de alguém.
Seja gentil com seus amigos do pântano
onde o tempo/clima é muito, muito úmido.
Você pode achar que esse (isto) é o fim.
E é.
adaptação do trecho de uma musiquinha popular:
"Be kind to your fair feathered friends
for a duck may be somebody’s mother.
Be kind to your friends in the swamp,
where the weather is very damp.
You may think that this is the end.
Well it is.."
Mote: O Exercício da Paciência
"A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se vestires mais roupas conforme o inverno aumenta, tal frio não te poderá afetar. De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; tais injúrias não poderão afetar a tua mente. "
(Leonardo da Vinci)
by Soaroir
9/1/09
Seja gentil com os amigos emplumados
pois um pato/marreco pode ser a mãe de alguém.
Seja gentil com seus amigos do pântano
onde o tempo/clima é muito, muito úmido.
Você pode achar que esse (isto) é o fim.
E é.
adaptação do trecho de uma musiquinha popular:
"Be kind to your fair feathered friends
for a duck may be somebody’s mother.
Be kind to your friends in the swamp,
where the weather is very damp.
You may think that this is the end.
Well it is.."
Mote: O Exercício da Paciência
"A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se vestires mais roupas conforme o inverno aumenta, tal frio não te poderá afetar. De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; tais injúrias não poderão afetar a tua mente. "
(Leonardo da Vinci)
O Mar de Caymmi
só um ensaio
Soaroir 8/1/09
odolfiaba, doce iaba, adoiá
salve as tuas forças
canta quem é marinheiro
e os que não vivem no mar
Caymmi, como bom brasileiro
e protegido de Yemanjá
para nós deixou seus pontos
entre as relíquias de seu terreiro
...antes d’ele voltar pro mar
Mote: O MAR
"É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar..."
Será mesmo doce morrer no mar?
Pois se a água do mar é salgada...
..............................................
"O mar quando chega na praia
É bonito, é bonito, o mar..."
(trechos das músicas de Dorival Caimmi)
Soaroir 8/1/09
odolfiaba, doce iaba, adoiá
salve as tuas forças
canta quem é marinheiro
e os que não vivem no mar
Caymmi, como bom brasileiro
e protegido de Yemanjá
para nós deixou seus pontos
entre as relíquias de seu terreiro
...antes d’ele voltar pro mar
Mote: O MAR
"É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar..."
Será mesmo doce morrer no mar?
Pois se a água do mar é salgada...
..............................................
"O mar quando chega na praia
É bonito, é bonito, o mar..."
(trechos das músicas de Dorival Caimmi)
Virgindades
Soaroir 7/1/09
Se não tens a alma pura,
não leias a minha
nas linguas que conheci -
expressão do meu falar –
dia e noite,
noite e dia
quando eu te esperava!...
e vinhas
meu amor,
ardentemente...
Tua boca sensual me alucinava...
teus pelos selvagens,
ainda mistério
e eu tão pura!...
Não pecava a alma...
entregava o meu corpo
ao teu resplendente...
entre (de) lança-perfumes.
Mote: Na Boca / Pessoas Bastante Puras
"Na Boca"
(ManuelBandeira)
Sempre tristíssimas estas cantigas de carnaval
Paixão
Ciúme
Dor daquilo que não se pode dizer
Felizmente existe o álcool na vida
e nos três dias de carnaval éter de lança-perfume
Quem me dera ser como o rapaz desvairado!
O ano passado ele parava diante das mulheres bonitas
e gritava pedindo o esguicho de cloretilo:
- Na boca! Na boca!
Umas davam-lhe as costas com repugnância
outras porém faziam-lhe a vontade.
Ainda existem mulheres bastante puras para fazer vontade aos viciados
Dorinha meu amor...
Se ela fosse bastante pura eu iria agora gritar-lhe como o outro:
______[- Na boca! Na boca!"
"Quando li este poema pela primeira vez sofri um grande impacto. Foi nele que senti a grande profundidade da poesia. Temos aí, em poucas linhas, uma grande história de amor, com cenas para rir, para chorar, para pensar. Tudo ao som das cantigas de carnaval.
Proponho que o mote seja o próprio título Na Boca. Mas para facilitar, também proponho que seja feita uma reflexão sobre o que Bandeira quis dizer sobre se a Dorinha fosse bastante pura."
Jiimi
Se não tens a alma pura,
não leias a minha
nas linguas que conheci -
expressão do meu falar –
dia e noite,
noite e dia
quando eu te esperava!...
e vinhas
meu amor,
ardentemente...
Tua boca sensual me alucinava...
teus pelos selvagens,
ainda mistério
e eu tão pura!...
Não pecava a alma...
entregava o meu corpo
ao teu resplendente...
entre (de) lança-perfumes.
Mote: Na Boca / Pessoas Bastante Puras
"Na Boca"
(ManuelBandeira)
Sempre tristíssimas estas cantigas de carnaval
Paixão
Ciúme
Dor daquilo que não se pode dizer
Felizmente existe o álcool na vida
e nos três dias de carnaval éter de lança-perfume
Quem me dera ser como o rapaz desvairado!
O ano passado ele parava diante das mulheres bonitas
e gritava pedindo o esguicho de cloretilo:
- Na boca! Na boca!
Umas davam-lhe as costas com repugnância
outras porém faziam-lhe a vontade.
Ainda existem mulheres bastante puras para fazer vontade aos viciados
Dorinha meu amor...
Se ela fosse bastante pura eu iria agora gritar-lhe como o outro:
______[- Na boca! Na boca!"
"Quando li este poema pela primeira vez sofri um grande impacto. Foi nele que senti a grande profundidade da poesia. Temos aí, em poucas linhas, uma grande história de amor, com cenas para rir, para chorar, para pensar. Tudo ao som das cantigas de carnaval.
Proponho que o mote seja o próprio título Na Boca. Mas para facilitar, também proponho que seja feita uma reflexão sobre o que Bandeira quis dizer sobre se a Dorinha fosse bastante pura."
Jiimi
sábado, janeiro 10, 2009
A FUVEST e a MATEMÁTICA
Culpado é o Português
©Soaroir - co-autoria Tucalipe
10/1/09
Em 2007, pela terceira vez, o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, ouviu pessoas de todas as faixas etárias buscando mapear o analfabetismo funcional – num paralelo com o mundo das letras, esse conceito identifica pessoas que sabem ler palavras, mas são incapazes de escrever uma carta. [...] (¹)
Agora imaginem “Fronteiras” como tema para a redação do vestibular. Que viagem deve ter sido...E na matemática então? Que diabo é 50% off ou sale que a gente vê por ai? Sem contar aqueles “serviços de utilidade pública” que mandam a gente prestar atenção nos juros “embutidos”. Convenhamos. Pensar que o mais próximo que chegamos destas expressões é o off-set, mortandela e seus similares, calcular os juros “embutidos” e juros compostos seria o mesmo que contar para um brasileiro a seguinte piada:
Um escocês, um irlandês e um britânico estão num táxi quando este perde o controle e cai num barranco. Momentos antes do táxi bater matando todos, os passageiros gritam suas últimas palavras: o britânico “Deus salve a Rainha!”. O irlandês “Deus salve a Irlanda!”. O escocês “Pelo amor de Deus, desliga o taxímetro!”. Entendeu? Pois é.
E então se chega numa prova de matemática, e encontra-se a bissetriz. Ai me lembro das “Comédias Para Se Ler Na Escola” do Veríssimo, bissetriz....Bissetriz é o quê? A primeira coisa que me vem à mente é um xingamento. "Lá vai a Bissetriz.” Ou ainda , parece que bissetriz é uma atriz que por ainda não ser tão famosa precisa fazer o papel da donzela em perigo e da capanga do vilão ao mesmo tempo. E o seno? Seno é aquela região da Cidade dos Tangentes onde todas as construções têm ângulos obtusos. “Ontem fui ao Seno e arrumei uma tangente para vir pra cá.”
Fibonacci era um antigo pintor que ajudou Da Vinci a fazer suas criações, enquanto Laplace é o nome dum famoso shopping center na França.
Temos que carregar dois Houaiss “no pulso”. Um para o português, e outro para o matematiquês. Dois dicionários, sim.
Quem não se lembra da Tia Fanegundes² que sempre dizia que “A matemática é a língua universal”?. Só que esqueceram de incluir no currículo esse bendito idioma. Enquanto não tivermos uma Academia Brasileira dos Números, ou similar, o matematiquês será uma língua estranhíssima para nós lusotupininquins.
“Matematizar é um exercício de gerar nexos com a realidade”. Ai jogo a literatura. Sem matemática não teríamos como contar as sílabas tônicas/poéticas e determinar se uma palavra acaba sendo (pro)(par)oxítona ou não. Determinar um verso se alexandrino ou em redondilha maior seria impossível sem matematização.
Estamos na rabeira dos rankings da compreensão - o cofator de pascal é o um complemento da bolsa de valores determinando a correção monetária das ações de Van’t Hoff que são administradas por um cossecante. Você tem alguma sobrejeção sobre o que eu disse...?
Como a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa (a² + b² = c²), então vamos traçar a assíntota e acabar com essa mantissa.
nb: Nada disso aconteceria se efetivamente tivéssemos sidos colonizados pelos Holandeses – se assim fosse , agora eu estaria me preparando para entrar na Neu Universiteit van Maurits van Oranje.Instead.
¹ "portaldoestudante"
² Expressão do meu Prof. Ângelo - biologia do Curso etapa
©Soaroir - co-autoria Tucalipe
10/1/09
Em 2007, pela terceira vez, o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, ouviu pessoas de todas as faixas etárias buscando mapear o analfabetismo funcional – num paralelo com o mundo das letras, esse conceito identifica pessoas que sabem ler palavras, mas são incapazes de escrever uma carta. [...] (¹)
Agora imaginem “Fronteiras” como tema para a redação do vestibular. Que viagem deve ter sido...E na matemática então? Que diabo é 50% off ou sale que a gente vê por ai? Sem contar aqueles “serviços de utilidade pública” que mandam a gente prestar atenção nos juros “embutidos”. Convenhamos. Pensar que o mais próximo que chegamos destas expressões é o off-set, mortandela e seus similares, calcular os juros “embutidos” e juros compostos seria o mesmo que contar para um brasileiro a seguinte piada:
Um escocês, um irlandês e um britânico estão num táxi quando este perde o controle e cai num barranco. Momentos antes do táxi bater matando todos, os passageiros gritam suas últimas palavras: o britânico “Deus salve a Rainha!”. O irlandês “Deus salve a Irlanda!”. O escocês “Pelo amor de Deus, desliga o taxímetro!”. Entendeu? Pois é.
E então se chega numa prova de matemática, e encontra-se a bissetriz. Ai me lembro das “Comédias Para Se Ler Na Escola” do Veríssimo, bissetriz....Bissetriz é o quê? A primeira coisa que me vem à mente é um xingamento. "Lá vai a Bissetriz.” Ou ainda , parece que bissetriz é uma atriz que por ainda não ser tão famosa precisa fazer o papel da donzela em perigo e da capanga do vilão ao mesmo tempo. E o seno? Seno é aquela região da Cidade dos Tangentes onde todas as construções têm ângulos obtusos. “Ontem fui ao Seno e arrumei uma tangente para vir pra cá.”
Fibonacci era um antigo pintor que ajudou Da Vinci a fazer suas criações, enquanto Laplace é o nome dum famoso shopping center na França.
Temos que carregar dois Houaiss “no pulso”. Um para o português, e outro para o matematiquês. Dois dicionários, sim.
Quem não se lembra da Tia Fanegundes² que sempre dizia que “A matemática é a língua universal”?. Só que esqueceram de incluir no currículo esse bendito idioma. Enquanto não tivermos uma Academia Brasileira dos Números, ou similar, o matematiquês será uma língua estranhíssima para nós lusotupininquins.
“Matematizar é um exercício de gerar nexos com a realidade”. Ai jogo a literatura. Sem matemática não teríamos como contar as sílabas tônicas/poéticas e determinar se uma palavra acaba sendo (pro)(par)oxítona ou não. Determinar um verso se alexandrino ou em redondilha maior seria impossível sem matematização.
Estamos na rabeira dos rankings da compreensão - o cofator de pascal é o um complemento da bolsa de valores determinando a correção monetária das ações de Van’t Hoff que são administradas por um cossecante. Você tem alguma sobrejeção sobre o que eu disse...?
Como a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa (a² + b² = c²), então vamos traçar a assíntota e acabar com essa mantissa.
nb: Nada disso aconteceria se efetivamente tivéssemos sidos colonizados pelos Holandeses – se assim fosse , agora eu estaria me preparando para entrar na Neu Universiteit van Maurits van Oranje.Instead.
¹ "portaldoestudante"
² Expressão do meu Prof. Ângelo - biologia do Curso etapa
terça-feira, janeiro 06, 2009
...e por todo caminho eu abraçar-te-ei
Libelulas de Maggy Aguirre
e-book com música portuguesa
PPS c música:www.pote-de-poesias.com/ebooks/1370941.pps
...e por todo o caminho
eu abraçar-te-ei
© Soaroir 23/8/08
separa aquele vinho.
aquele, merlot
compatível com a nossa safra.
sobre a mesa, estende a mais fina toalha de linho.
te enfeita.
e a casa, toda de florais e castiçais.
já me vou ancorar em meu porto
por favor, nem uma beleza rejeita.
eu, te levarei como “ si fueras (lleva a) un niño”
pela mão, nos braços, no colo
entre os invejáveis imortais
de Algarve até ao Minho
... e pelo caminho
eu abraçar-te-ei.
no mais,
separa nada do que juntos já tivemos.
da poesia, eu cá me encarrego
para atravessarmos os portais.
... e por todo o caminho
eu abraçar-te-ei.
para Poesia On-Line do RL
mote por Sunny Lóra:
"Vida com Sabedoria"
de mentirinha
Soaroir
6/1/09
imagem:castelejo
A não ser que a verdade tenha nervos e afins
Mentira não é monopólio de poetas e criancinhas
Poesias e pinturas até às fábulas dos Grimm
Todas cheias de verdades não passam de mentirinhas.
Sorrindo, digo “bom dia” para o desconhecido na praça
“vai passar” - chorando conforto o moribundo ancião
Tudo verdade – na realidade mentira, trapaça
Para (com) o insustentável peso da (mais) real ficção.
Mote: " A Mentira e a Verdade"
"A mentira é uma verdade que esqueceu de acontecer."
Mário Quintana
6/1/09
imagem:castelejo
A não ser que a verdade tenha nervos e afins
Mentira não é monopólio de poetas e criancinhas
Poesias e pinturas até às fábulas dos Grimm
Todas cheias de verdades não passam de mentirinhas.
Sorrindo, digo “bom dia” para o desconhecido na praça
“vai passar” - chorando conforto o moribundo ancião
Tudo verdade – na realidade mentira, trapaça
Para (com) o insustentável peso da (mais) real ficção.
Mote: " A Mentira e a Verdade"
"A mentira é uma verdade que esqueceu de acontecer."
Mário Quintana
Soaroir x Clarice Lispector
"Amar os outros é a única salvação individual que conheço:
ninguém estará perdido se der amor e às vezes
receber amor em troca."
Clarice Lispector
Clarice, perdão. Meu maior desamparo foi quando mais amei os outros.
Soaroir 5/1/2009
"Suponho que me entender não é uma
questão de inteligência, e sim de sentir,
de entrar em contato...Ou toca ,ou não toca."
(Clarice Lispector)
ninguém estará perdido se der amor e às vezes
receber amor em troca."
Clarice Lispector
Clarice, perdão. Meu maior desamparo foi quando mais amei os outros.
Soaroir 5/1/2009
"Suponho que me entender não é uma
questão de inteligência, e sim de sentir,
de entrar em contato...Ou toca ,ou não toca."
(Clarice Lispector)
Esperando Respostas
Soaroir 5/1/09
imagem google
O que mais a mim molesta
Quando acabo de escrever
É a falta de resposta
De quem não aprendeu ler.
Sigo em frente o meu caminho
Nenhuma vaia há que me turbe
Entre um whiskey e um vinho
Não me importo com esta urbe
Se há pergunta pra fazer
É pra quê biblioteca -
Sem incentivo pra escrever
Pra quê... ter mais bibliotecas?
Mote do dia:
"Enquanto eu tiver perguntas, e não houver respostas...continuarei a escrever."
Clerice Lispector
imagem google
O que mais a mim molesta
Quando acabo de escrever
É a falta de resposta
De quem não aprendeu ler.
Sigo em frente o meu caminho
Nenhuma vaia há que me turbe
Entre um whiskey e um vinho
Não me importo com esta urbe
Se há pergunta pra fazer
É pra quê biblioteca -
Sem incentivo pra escrever
Pra quê... ter mais bibliotecas?
Mote do dia:
"Enquanto eu tiver perguntas, e não houver respostas...continuarei a escrever."
Clerice Lispector
O Fôlego do Ser
© Soaroir de Campos
4/1/09
a reforma íntima do ser
Eu, como se intrusa grama seca
Desmaranhada das farpas do arame
Da cancela que guarda ovelhas
E das caprichosas altas cercas
Contorno sob a lua as sendas
Passagens, furtivas brechas
Em farfalhas pelo vento norte
Saúdo a vida – esta maior prenda.
Arribo-me do vau dos empecilhos
Enredadas rotas de barro e de silício
Adentro a lama, se preciso, o lodo
Sorvendo gole-a-gole cada brilho
Apesar de ancinhos e de rodos.
Mote sugerido por Kate Weiss:
"Nem a tristeza, nem a desilusão
Nem a incerteza, nem a solidão
Nada me impedirá de sorrir.
Nem o medo, nem a depressão,
Pôr mais que sofra meu coração,
Nada me impedirá de sonhar.
Nem o desespero, nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa,
Nada me impedirá de viver."
Fragmento do poema : "Poema da Prosperidade”
publicado pela primeira vez em 1994 no livro
“A Reforma Íntima do Ser" – Vol. 1
Autor :LUIZINHO BASTOS
4/1/09
a reforma íntima do ser
Eu, como se intrusa grama seca
Desmaranhada das farpas do arame
Da cancela que guarda ovelhas
E das caprichosas altas cercas
Contorno sob a lua as sendas
Passagens, furtivas brechas
Em farfalhas pelo vento norte
Saúdo a vida – esta maior prenda.
Arribo-me do vau dos empecilhos
Enredadas rotas de barro e de silício
Adentro a lama, se preciso, o lodo
Sorvendo gole-a-gole cada brilho
Apesar de ancinhos e de rodos.
Mote sugerido por Kate Weiss:
"Nem a tristeza, nem a desilusão
Nem a incerteza, nem a solidão
Nada me impedirá de sorrir.
Nem o medo, nem a depressão,
Pôr mais que sofra meu coração,
Nada me impedirá de sonhar.
Nem o desespero, nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa,
Nada me impedirá de viver."
Fragmento do poema : "Poema da Prosperidade”
publicado pela primeira vez em 1994 no livro
“A Reforma Íntima do Ser" – Vol. 1
Autor :LUIZINHO BASTOS
sábado, janeiro 03, 2009
Três vezes eu te renego
- Poema sobre a Recusa -
© Soaroir de Campos
3/1/09
Aldemir Martins
Gazeante memória que como pássaros
migra para convenientes pastagens
deixando para trás o campo seco
que um dia fértil os acolheu
e proveu-lhes ninho.
Três vezes eu te renego desmemória
pelo tempo que, se para alguns pouco,
entretanto bastante foi o dormir em concha
roçando as coxas e beijando as costas;
enroscando os pés nas noites frias
e refrescando os dias de tempo quente.
Por esta recusa em enxergar os prós
e por te enlear somente aos contras
guincho como um texugo alvoroçado
recusando-me a esquecer de te lembrar
de que um dia guardaste amor de quem,
talvez, ainda ame em paralelo.
Mote:POEMA SOBRE A RECUSA
"Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda."
In "Vozes e Olhares Femininos"
Maria Tereza Horta -
Edições Afrontamento – Porto – 2001
© Soaroir de Campos
3/1/09
Aldemir Martins
Gazeante memória que como pássaros
migra para convenientes pastagens
deixando para trás o campo seco
que um dia fértil os acolheu
e proveu-lhes ninho.
Três vezes eu te renego desmemória
pelo tempo que, se para alguns pouco,
entretanto bastante foi o dormir em concha
roçando as coxas e beijando as costas;
enroscando os pés nas noites frias
e refrescando os dias de tempo quente.
Por esta recusa em enxergar os prós
e por te enlear somente aos contras
guincho como um texugo alvoroçado
recusando-me a esquecer de te lembrar
de que um dia guardaste amor de quem,
talvez, ainda ame em paralelo.
Mote:POEMA SOBRE A RECUSA
"Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda."
In "Vozes e Olhares Femininos"
Maria Tereza Horta -
Edições Afrontamento – Porto – 2001
Descartes
Soaroir
2/1/09
Caridade é um jardim
de infância. Ciranda.
Cirandinha e meias voltas.
mote: Caridade
"A caridade cobre com um véu os defeitos do homem."
(René Descartes )
2/1/09
Caridade é um jardim
de infância. Ciranda.
Cirandinha e meias voltas.
mote: Caridade
"A caridade cobre com um véu os defeitos do homem."
(René Descartes )
quinta-feira, janeiro 01, 2009
Conquistação
© Soaroir de Campos
Janeiro 01, 2009
Esse paladar...
por revolução
direito de inovar
Trambolhada poesia,
minha conquistação
Versos e anos velhos
enxutos, toscos,
sofisticados também
no novo que se inicia.
Afinal de contas,
tudo é imaginação...
Filha de rosa com alecrim
venci, venci! Cheguei aqui...
Diz-me bem cedo o bem-te-vi:
- Sua poesia sai de si -
sai se si. Sem eira nem boca
brada por fibras de freixo
e trepadeiras.
- Pelos figos da figueira...
Xô, passarinho!
Mote: "Cada dia é um dia a mais a ser conquistado."
Agradeço por tudo que tive de bom na passagem de mais um ano em minha vida!
FELIZ ANO NOVO A TODOS! Sunny Lóra
Janeiro 01, 2009
Esse paladar...
por revolução
direito de inovar
Trambolhada poesia,
minha conquistação
Versos e anos velhos
enxutos, toscos,
sofisticados também
no novo que se inicia.
Afinal de contas,
tudo é imaginação...
Filha de rosa com alecrim
venci, venci! Cheguei aqui...
Diz-me bem cedo o bem-te-vi:
- Sua poesia sai de si -
sai se si. Sem eira nem boca
brada por fibras de freixo
e trepadeiras.
- Pelos figos da figueira...
Xô, passarinho!
Mote: "Cada dia é um dia a mais a ser conquistado."
Agradeço por tudo que tive de bom na passagem de mais um ano em minha vida!
FELIZ ANO NOVO A TODOS! Sunny Lóra
Assinar:
Postagens (Atom)