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terça-feira, janeiro 06, 2009

O Fôlego do Ser

© Soaroir de Campos
4/1/09
                              a reforma íntima do ser


Eu, como se intrusa grama seca

Desmaranhada das farpas do arame

Da cancela que guarda ovelhas

E das caprichosas altas cercas

Contorno sob a lua as sendas

Passagens, furtivas brechas

Em farfalhas pelo vento norte

Saúdo a vida – esta maior prenda.

Arribo-me do vau dos empecilhos

Enredadas rotas de barro e de silício

Adentro a lama, se preciso, o lodo

Sorvendo gole-a-gole cada brilho

Apesar de ancinhos e de rodos.


Mote sugerido por Kate Weiss:
"
Nem a tristeza, nem a desilusão
Nem a incerteza, nem a solidão
Nada me impedirá de sorrir.

Nem o medo, nem a depressão,
Pôr mais que sofra meu coração,
Nada me impedirá de sonhar.

Nem o desespero, nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa,
Nada me impedirá de viver."


Fragmento do poema : "Poema da Prosperidade”
publicado pela primeira vez em 1994 no livro
“A Reforma Íntima do Ser" – Vol. 1

Autor :LUIZINHO BASTOS

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